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terça-feira

Município verde azul: Arbóreo estabelece critérios para implantação e cronograma de plantio

Utilizando o software livre QuantumGis versão 2.4.0 e o complemento OpenLayers Plugin, foram selecionadas aleatoriamente parcelas distribuídas pela área urbana compostas por quadras para a realização do estabelecimento de critérios para implantação e cronograma de plantio por ruas para o município de Catanduva-SP.



Entenda como funciona:

Os municípios inscritos no Verde Azul recebem uma nota ambiental, que varia de 0 (zero) a 100 (cem) e avalia o seu desempenho em 10 (dez) diretivas. São avaliadas ações nas áreas de esgoto tratado, resíduos sólidos, biodiversidade, arborização urbana, educação ambiental, cidade sustentável, gestão das águas, qualidade do ar, estrutura ambiental e conselho ambiental.
Lançado em junho de 2007, o Município Verde Azul tem como principal proposta descentralizar a agenda ambiental paulista, ganhando eficiência na gestão ambiental e valorizando a base da sociedade e garante à administração municipal a prioridade na captação de recursos do Governo do Estado, por meio do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (FECOP).

Fonte: Gazeta de Piracicaba, 12/12/2014.

sexta-feira

Registros de Manaus-AM

Nos dias 8,9 e 10 estive em Manaus para alguns compromissos, rever amigos e familiares. Nesta ocasião realizei alguns registros fotográficos na bela e simpática capital amazonense. Fiquei muito feliz em ver que um projeto apresentado pelo Prof. Demóstenes da ESALQ/USP já existe no Brasil! 
Árvores dividindo espaço com veículos ruas como em diversos países da Europa! 
São belíssimos exemplares de Oiti (Licania tomentosa), Mangueiras (Mangifera indica), pau-pretinho (Cenostigma tocantinum), etc. 

Registro nas proximidades do Teatro Amazonas, onde pedestres se protegiam dos raios solares do meio-dia na sobra de uma mangueira (Mangifera indica)

 
 
 Oitizeiros (Licania tomentosa) e outras espécies arbóreas plantadas em via pública, um exemplo de convivência harmoniosa entre árvores e veículos.
Oitizeiros (Licania tomentosa) e um belíssimo exemplar de mogno (Swietenia macrophylla) plantados próximo ao teatro amazonas.
 Exemplar de mangueira (Mangifera indica) plantado em via pública.
Exemplar de pau-pretinho (Cenostigma tocantinum) plantado em via pública.
 Floração de pau-pretinho (Cenostigma tocantinum)
Avenida com frondosos oitizeiros (Licania tomentosa)

Parabéns Manaus! Multiplique este exemplo. Agradeço também aos amigos Heitor Rodrigues Liberato Jr. e Mª Eliane Ramos F. de Souza pela hospitalidade. Sou muito grato.

quarta-feira

Arborização nas capitais brasileiras






Fonte: IBGE, 2012.

Amarrio e tutoramento da muda

Muitas prefeituras recomendam evitar amarrar as árvores e mudas com materiais que possam causar estrangulamento (arames, fios de nylon), no entanto não é o que presenciamos, infelizmente.
O tutor tem a função de proteger a muda da quebra pelo vento e sustentá-la no berço de plantio.   
 O tutor deve ser constituído de material resistente, possuir uma ponta em forma de cunha, para facilitar a sua fixação no solo. Deve-se colocá-los sem prejudicar o torrão e fixá-los no solo em uma profundidade superior a 50 cm, e sua altura não necessita superar a da muda. 
 Deve-se amarrar a muda ao tutor com uma fita de borracha ou sisal em forma de "8 deitado". 
Essa forma de adesão sustenta a muda, evita o contato direto entre a muda o tutor, além de permitir o crescimento em diâmetro, sem provocar o estrangulamento do caule. 
 Não utilize arames, fios de nylon, ou outro tipo de material não elástico de difícil decomposição.

quinta-feira

Arborização de rodovias

 A arborização de rodovias compreende preparo do solo, escolha do espaçamento, abertura das covas, adubação, combate às formigas, plantio, tutoramento, proteção e manutenção.

Preparo do solo - O preparo do solo na faixa de domínio deve-se restringir a uma roçada. Se necessário, pode-se preparar o terreno com escarificadores ou sub-soladores.
Não se deve capinar nem passar grades aradoras, pois provocam um grande revolvimento do solo, expondo-o à erosão. Isso é particularmente importante em locais onde a declividade do terreno é no sentido da pista de rolamento.
Não se deve queimar a área ou ainda deixar tocos expostos, pois são elementos desagradáveis quando visíveis nas margens das rodovias. Deve-se arrancá-los com destocadores, ou então rebaixá-los, com machado ou motosserra, o que é mais aconselhável.
Durante o preparo do solo deve-se procurar conservar toda planta útil. Os taludes de cortes e aterros devem ter rampas suaves, de no máximo 2:1, para oferecer condições apropriadas ao desenvolvimento da vegetação.
Escolha do espaçamento - O espaçamento entre as plantas varia com o seu porte. Deve-se deixar espaço suficiente para que as plantas completem o seu pleno desenvolvimento, sem que haja grande competição por água, luz e nutrientes. 
As árvores, normalmente, ficam espaçadas 3x3 m (árvores de copas pequenas) até 10x10 m (árvores de copas grandes). Os arbustos, em geral, distanciam-se desde 0,5x0,5 m (arbusto-anão), até 2x2 m (arbusto alto).
Não há regra a seguir em termos de espaçamento entre plantas, cabendo ao paisagista decidir sobre o modo mais adequado de distribuir as árvores e os arbustos, para melhor composição da paisagem.

Abertura de covas - Antes de sua abertura, as covas devem ser marcadas com estacas, que permitam dispor adequadamente as plantas, de acordo com o plantio que se quer realizar. Uma vez definida a melhor distribuição das plantas, faz-se a abertura das covas.
Seu tamanho varia de 0,5x0,5x0,5 m até 1x1x1 m, de acordo com as características do solo e do tamanho do torrão que acompanha as mudas, principalmente aquelas aproveitadas de regeneração natural. De modo geral, a arborização na faixa de domínio é feita em terrenos pobres e, muitas vezes, em subsolo, uma vez que a camada superficial é usada na construção da estrada. Desta forma, recomenda-se que a cova tenha as dimensões de 1x1x1 m.

Adubação - A adubação deveria se basear em amostras do solo e em função da espécie a ser plantada. No entanto, o caráter linear de trabalho e o desconhecimento das necessidades da maioria das espécies utilizadas levam à adoção de uma adubação padrão, salvo quando o solo der mostras de precisar de suplementação ou a exigência da espécie em questão for bem conhecida. Por isso, recomenda-se adubação orgânica, mineral e calagem em dosagem bem generalizada.
A adubação que se mistura com a terra de enchimento da cova é, principalmente, feita com composto orgânico, na proporção de duas partes de terra para uma parte de composto.
Podem-se usar, também, 20 L de composto orgânico, 100 g de NPK 6-30-6 e 200 g de calcário dolomítico por cova, sendo este material misturado com a terra retirada da cova.
Outros tipos de adubação podem ser feitos; no entanto, salienta-se a importância da colocação dessa mistura na cova logo após o seu preparo, deixando-a em repouso por um período de, no mínimo 15 dias.
Os taludes de cortes e aterros normalmente apresentam-se com a terra de subsolo, sem matéria orgânica e pobre quimicamente; muitas vezes é necessário acrescentar terra mais rica em matéria orgânica e adubos minerais.

Combate às formigas - O combate as formigas-cortadeiras, saúvas e quenquéns, é operação imprescindível para o sucesso do revestimento vegetal de uma rodovia. Ele deve ser realizado antes, durante e após o plantio. Essa operação pode ser feita com iscas granuladas.

Plantio - O plantio de blocos de árvores da mesma espécie é anti-estético, devendo-se plantar maior número de espécies, a fim de permitir contraste entre cores, formas e folhagens. Além disso, o plantio de uma única espécie, num bloco, pode favorecer o aparecimento e a proliferação de pragas e doenças.
Ao efetuar o plantio, certificar-se de que a faixa de domínio esteja devidamente cercada. Não se pode conceber um trabalho de ornamentação vegetal da faixa rodoviária sem primeiramente cercá-la.
As mudas de espécies arbóreas/arbustivas devem ter altura superior a 1,80 m e diâmetro, à altura do peito, maior que 2,5 cm, pois as mudas, uma vez plantadas na faixa de domínio, ficam expostas a muitas condições adversas, sendo praticamente impossível dar a assistência que mudas pequenas requerem.
Após o plantio, fazer uma bacia em volta da muda, cobrindo com uma camada de palha ou material semelhante, para diminuir a evaporação da água do solo e reter maior quantidade de água das chuvas.
Para os revestimentos dos taludes de corte e aterro, pode-se usar diversos tipos de gramíneas e leguminosas. Ao plantar gramas, pode-se utilizar placas de plantas vivas; no caso de sementes de gramas ou capins, pode-se distribuí-las a lanço ou pela hidrossemeadura. Os bambus e as taquaras são plantados usando-se estacas, preparadas de seus colmos. No caso de leguminosas com amplo sistema radicular, são geralmente empregadas mudas ou placas e, raramente, a semeadura direta.
A melhor época do ano para fazer o plantio é no início da estação chuvosa, variável de acordo com a região.

Tutoramento - O tutoramento consiste em colocar estacas individuais ao lado de cada muda, onde elas são amarradas, para que não sofram com a ação do vento. Essas estacas devem ter a altura da muda e o diâmetro maior que 5 cm, devendo ser enterradas, aproximadamente 50 cm no solo e fixadas solidamente. De preferência, a base das estacas deve ser tratada com preservativos de madeira, visando aumentar sua vida útil.
As mudas devem ser amarradas ao tutor com material que não danifique o tronco da árvore, sendo preferidos aqueles que se degradam com o tempo, como o sisal e a corda; nunca se deve usar arame. Os amarrilhos, que devem ter a forma de um oito deitado, devem ser substituídos periodicamente.

Proteção - Além da faixa de domínio estar devidamente cercada, outro cuidado que se deve ter é com os incêndios. Deve-se fazer aceiros em toda a extensão da rodovia, para se evitar a ocorrência ou a propagação de incêndios, que são grandes inimigos da arborização rodoviária.
Esses aceiros devem ter largura que varie de 2 a 5 m, ou mesmo mais, dependendo da altura da vegetação da faixa. De 500 em 500 m deve-se fazer um outro aceiro, perpendicular à pista de rolamento, com o mesmo objetivo.

Manutenção - A arborização rodoviária quase não necessita de manutenção. Durante os primeiros anos após o plantio devem-se vistoriar os amarrilhos da planta ao tutor e, se necessário, substituí-los adequadamente.
O combate às formigas é operação imprescindível que deve ser realizada periodicamente, no mínimo de seis em seis meses.
Os aceiros devem ser limpos a cada ano e sempre após o período chuvoso, antes da estação normal de fogo em cada região.
Muitas vezes, há a necessidade de se fazer uma roçada no sub-bosque da faixa de domínio. Essa operação pode se tornar perigosa por dois motivos: primeiro, por danificar o tronco das mudas plantadas e, segundo, por aumentar a quantidade de material combustível. Recomenda-se retirar o material roçado das faixas, para diminuir o risco de incêndios.

Fonte: Paiva, Haroldo Nogueira. Arborização em rodovias - Viçosa: UFV, 30p. (Cadernos didáticos; 84) 2001.

domingo

CONCEITOS DE ARBORIZAÇÃO URBANA


A árvore é o vegetal mais presente na vida e no ciclo histórico do homem. No inicio, era usada como combustível para alimentar as fogueiras dentro das cavernas, passando posteriormente, a ser usado como arma de caça, implemento agrícola, componente das casas e, hoje, está inserido no cotidiano do homem em vários momentos e nas mais diversas formas. Porém, a inserção da árvore no contexto urbano é muito recente na história dos povos.
A arborização urbana diz respeito aos elementos vegetais de porte arbóreo dentro da cidade. As árvores plantadas, em calçadas, fazem parte da arborização urbana, assim como parques e praças sem caracterizar Áreas de Preservação Permanente (APP) e podem ser subdivididos em áreas verdes de uso público lazer e particular. A arborização urbana é de vital importância principalmente nos grandes centros urbanos. 
Com uma área verde na cidade, a temperatura é mais baixa, evitando as ilhas de calor, que se formam rapidamente em grandes metrópoles com urbanização intensa como São Paulo e Rio de Janeiro no Brasil, e Nova Iorque, Pequim entre outras.  Geralmente, as ilhas de calor são formadas pela concentração de concreto, pela escassez de áreas verdes e pelo elevado nível de poluição ocasionado, na maioria das vezes, pelos veículos que circulam pela cidade. Portanto, a arborização é de grande importância para a população de uma cidade, pois melhora a qualidade do ar, reduz a propagação do som, e diminui em cerca de 10%, o nível de material particulado.

O que é arborização urbana:
  
De acordo com SANTOS (1997):
Compreende-se como arborização urbana o conjunto de terras públicas e particulares com cobertura arbórea que uma cidade apresenta. Ou seja, são todo e qualquer local que tenha uma árvore plantada no perímetro urbano da cidade. Seja ela uma área pública, semi- pública ou particular, bosque, mata ciliar e outros desde que dentro da área urbana.
Pode-se dizer que arborização urbana é o conjunto de árvores localizadas no perímetro urbano de uma cidade. Embora muitos achem que arborização urbana é apenas aquela plantada  pelos órgãos públicos, o conceito inclui também florestas nativas remanescentes no perímetro urbano. E as árvores de componentes da paisagem antrópica tais como árvores de seus jardins e pomares domésticos.

A importância da arborização urbana:

Microclima:
No caso do ambiente urbano, verifica-se que o acelerado crescimento demográfico, conjugado a outras variáveis do espaço urbano, contribuem de forma significativa nas alterações dos elementos climáticos. A cidade imprime modificações nos parâmetros de superfície e da atmosfera que por sua vez, conduzem a uma alteração no balanço de energia.
Todos os elementos paisagísticos devem ser cuidadosamente tratados a fim de trazer benefícios que interferirão no projeto integrado, visando à melhoria da qualidade do ar, o sombreamento da edificação e adjacências, o controle da ventilação e da umidade. A maior parte da carga térmica de uma edificação provém da radiação solar e da temperatura do ar exterior, sendo necessário um rigoroso controle dos elementos microclimáticos para eliminar o excesso de energia que tornaria inóspito o ambiente construído.
Todo este fenômeno pode ter um diferencial térmico bastante significativo em relação a locais mais arborizados, visto que as árvores interceptam, refletem, absorvem e trans a radiação solar. Uma adequada arborização e uma boa ventilação constituem dois elementos fundamentais para a obtenção do conforto térmico para o clima tropical úmido.

Saúde:
A área verde tem função de se constituir em um espaço social e coletivo, sendo importante para a manutenção da qualidade de vida, por facilitar o acesso de todos, independentemente da classe social, promove integração entre os homens.  A (OMS) recomenda que as cidades tenham, no mínimo, 12 metros quadrados de área verde por habitante, e também como agentes antimicrobianos. Agem ainda contra a poluição atmosférica, sonora e visual.
Têm considerável potencial de remoção de partículas e gases poluentes da atmosfera, e em pesquisas experimentais foram constatados que as cortinas vegetais foram capazes de diminuir em 10% o teor de poeira do ar.
O excessivo som urbano proveniente do tráfego, equipamento, indústrias e construções interfere na comunicação, lazer e descanso das pessoas podendo afetá-las psicológica ou fisiologicamente.

Arborização urbana no mundo:

Segundo os autores Santos e Teixeira (2001), a inserção da árvore no contexto urbano é muito recente na história dos povos, relata que até 1700, este componente vegetal era vista apenas como integrante das florestas que circundavam as cidades, mas os pesquisadores da época já iniciavam estudos sobre a dinâmica de desenvolvimento das árvores nos jardins botânicos em toda a Europa. É a partir de 1800, através da iniciativa pioneira das cidades de Londres e Paris, com seus squares e boulevars, respectivamente, que as árvores foram, definitivamente, introduzidas na malha urbana.
O desenvolvimento urbano na Europa iniciou-se na metade do século XV e o aparecimento da vegetação em espaços públicos ocorreu no século XVII.
Toda cidade importante na Europa, a partir do século XVII, construiu seu passeio ajardinado e arborizado.
 Não só pela beleza ou estética, mas por necessidade para amenizar os problemas causados pela excessiva impermeabilização do solo e materiais que aumentam a amplitude térmica nas cidades.

Arborização urbana no Brasil:

Lorenzi (1998 e 2002) apresentou 704 espécies de árvores nativas brasileiras e também  informações importantes para aqueles interessados em reproduzi-las, tais como onde obtê-las, como preparar suas sementes,  tempo de germinação e produção das mudas, além da indicação de quais são as espécies adequadas para a arborização urbana. Também comentou quais delas produzem frutos que podem atrair a avifauna para a área urbana, já que essas normalmente se distanciam em procura de alimentos.
Lorenzi (2002) também explicou que as plantas nativas do território brasileiro estão ligadas a história e ao desenvolvimento econômico e social do país. Para o autor a mais antiga relação é com o próprio nome da nação Brasil, de origem do nome da árvore conhecida popularmente como pau-brasil, e cientificamente como Caesalpinia echinata Lam. Ele reforça ainda que, as árvores nativas que existiam nas ruas, avenidas, praças e jardins das cidades brasileiras eram trazidos de outros países. Trata-se de espécies conhecidas exóticas apesar de o Brasil possuir a flora arbórea mais diversificada do mundo. Ele incentiva o uso de espécies nativas para a prática da arborização, porém, vale ressaltar que nem todas as espécies estão aptas a serem instaladas nas cidades, pois muitas delas apresentam porte de copa muito elevado, e possui raízes volumosas, dão frutos de grandes portes e estão sujeitas a rompimento ou quebra de galhos com facilidade trazendo riscos á população.
O sistema capitalista visa que consumamos cada vez mais, e com isso o ser humano nas cidades vai se distanciando dos vegetais em troca da modernidade, ou seja, cortam as árvores para construir e ampliar as suas residências para obter mais conforto.
Em nosso país, a cidade do Recife foi o primeiro núcleo urbano a dispor de arborização de rua, em pleno século XVII, sendo retomada esta atividade, no século XIX, com forte influencia européia (SANTOS; TEIXEIRA, 2001).
Com o surgimento de grande número populacional nos centros urbanos e também das indústrias, as cidades passaram apresentar estrutura e elementos que substituíram as vegetações tais como: asfaltos, edificações, concretos, estruturas metálicas e vidros entre outros elementos que elevam a temperatura causando desconforto nas pessoas, por isso (SANTOS; TEIXEIRA, 2001), aborda que a presença do verde foi necessária no meio urbano, entre tanto não ocorreu um desenvolvimento esperado da mesma, pois as condições para seu desenvolvimento eram inadequadas, devido a carência de técnicos específicos.
No Brasil, nos três primeiro séculos, foi uma simples colônia portuguesa, com pequenas aglomerações. É importante lembrar que a própria cultura portuguesa não valorizava a arborização urbana (SCHUCH, 2006).
No Recife, no período de ocupação holandesa, houve uma tentativa de reproduzir características próprias de cidades européias, sendo que foram plantadas muitas palmeiras e laranjeiras no pátio do palácio do governador (SCHUCH, 2006).
Nos anos de 1930 e 1940 e no período posterior á segunda Guerra Mundial, o Brasil apresentou um aumento razoável da classe média da população:
 Foi na época em que ocorreram mudanças na paisagem, Roberto Burle Marx considerado o pai do paisagismo tropical, artista plástico, pintor e escultor inovaram a paisagem urbana, fazendo nas paisagens urbanas formas diferentes. Fazia uma ligação entre as plantas e os homens, sempre em perfeita harmonia. Foi ele quem projetou vários jardins no Brasil e no exterior, tais como o prédio das Organizações das Nações Unidas (ONU) em Nova York, o jardim das Nações em Viena, o Aterro do Flamengo, o Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, o Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte (SCHUCH, 2006).
O clima urbano é muito diferente do ambiente natural, a amplitude térmica, o regime pluviométrico, balanço hídrico, a umidade do ar, a ocorrência de geadas, granizos e vendavais precisam ser considerados. Nas cidades, devido ao grande número de pavimentações que não permitem o escoamento das águas, resíduos sólidos, despejados tanto das residências como das indústrias poluem e comprometem o solo urbano. Quanto à qualidade do ar, esta fica comprometida pela combustão de veículos automotores e pela emissão de poluentes devido às atividades industriais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 5ª edição. São Paulo: Gaia, 1998.
LORENZI, Harri, Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, São Paulo: Editora Plantarum, 1998.
 LORENZI, Harri, Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. 3ª edição. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, 2002.
MENDONÇA. Francisco de Assis. Geografia e Meio Ambiente. 8ª edição. São Paulo: contexto 2005. 4. Caminhos de Geografia. O Ambientalismo geográfico engajado na transformação da realidade (segundo momento).
PINHEIRO, Jairo Augusto Nogueira. Artigo: Arborização Urbana, publicado em 02/10/2008 graduado em Meteorologia na UFPA. Disponível em http://www.webartigos.com/articles/9812/1/Arborizacao-Urbana/pagina1.html.  Acesso em 20/11/2010.
SANTOS, Paulo José Ferreira. A PERCEPÇÃO DOS MORADORES SOBRE A ARBORIZAÇÃO DE RONDONÓPOLIS-MT UFMT 1997. Monografia (Especialização em Educação Ambiental) – DEGEO/ICHS/ Universidade Federal de Mato Grosso, 1997.
SANTOS, Nara Rejane Zamberlan dos, TEIXEIRA, Italo Filippi. Arborização de Vias Públicas: Ambiente X Vegetação. Santa Cruz do Sul: Clube da Árvore 2001
SCHUCH, Mara Ione Sarturi. ARBORIZAÇÃO URBANA: UMA CONTRIBUIÇÃO Á QUALIDADE DE VIDA COM USO DE GEOTECNOLOGIA. Dissertação (Mestrado em Geomática) - Universidade Federal de Santa Maria-RS, 2006. Disponível em http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1088 acesso em 26/10/2010.

Fonte: http://www.webartigos.com/artigos/conceitos-de-arborizacao-urbana/99622/

terça-feira

População de SP pode denunciar descaso com árvores

Prefeitura retirou toco de árvore da praça João Mendes após questionamento do Terra. Foto: Devanir Amâncio/vc repórter
Prefeitura retirou toco de árvore da praça João Mendes após questionamento do Terra

Os moradores da capital paulista podem informar, denunciar e solicitar manutenção preventiva, poda e até a retirada de árvores em risco de queda, em todas as regiões da cidade de São Paulo.
Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, há três canais oficiais para direcionar esse tipo de solicitação: pelo telefone 156, comparecendo às Praças de Atendimento das Subprefeituras ou pela internet, através do sac.prefeitura.sp.gov.br.
Responsável pelos quase 2 milhões de árvores em locais públicos de São Paulo, a secretaria confirma já ter "cuidado" de mais de 350 mil árvores em áreas urbanas nos últimos três anos. No entanto, ainda é possível encontrar muitos problemas, sobretudo na região central da cidade.
Localizadas em lugares distintos, três árvores podem servir de exemplo: um alecrim, que chegou a ficar oco no largo do Arouche; na praça Doutor João Mendes, do que era para ser uma tipuana, sobrou somente o toco; e, na alameda Barão de Limeira, uma tela com arame farpado asfixia o crescimento de um fícus benjamim. Os flagras foram registrados por Devanir Amâncio, que vive na cidade.
Apesar de responsável pelas áreas verdes de São Paulo, a secretaria deixa para cada subprefeitura fiscalizar e cuidar de seu espaço, regionalmente. E são elas, as subprefeituras, por meio de seus engenheiros agrônomos, que identificam as áreas que precisam de manutenção e solicitam um parecer técnico da Secretaria do Verde e Meio Ambiente para executar os serviços de manutenção.
Questionada pelo Terra sobre as árvores fotografadas pelo internauta, a Subprefeitura da Sé informou que uma forte chuva no mês de maio derrubou a árvore da praça João Mendes cair, deixando somente o tronco, que foi retirado na última sexta-feira. Em seu lugar, agora existe um pau-ferro.
Sobre as dois outros casos, o orgão afirmou que o arame farpado e a tela que envolviam a árvore na alameda Barão de Limeira também foram retirados após contato do Terra e que, aparentemente, foram colocados ao redor da árvore em um ato de vandalismo. O alecrim do largo do Arouche foi removido, pois corria o risco de cair, garantiu a subprefeitura. No espaço, foi colocado um pau-brasil.

sexta-feira

Pesquisa comprova: áreas arborizadas contribuem para o bem-estar físico e mental

Fonte: Protal Fator Brasil

Espaços verdes valorizam as paisagens urbanas e podem ser determinantes na escolha de ruas, bairros e cidades para se viver ou fazer uma visita turística. Além disso, as áreas arborizadas também contribuem para o bem-estar físico e mental. A conclusão faz parte do Relatório Global divulgado pela Husqvarna – multinacional sueca líder em equipamentos para o manejo de áreas vedes – que reúne as tendências e os assuntos atuais dentro da jardinagem e paisagismo.
A pesquisa foi realizada com mais de 3.500 pessoas de sete países, entre moradores e especialistas. Seguem alguns destaques abaixo:A maioria dos entrevistados acredita que se exercitaria mais se tivesse acesso a uma área verde mais próxima de casa ou do trabalho. 87% dos entrevistados acreditam que ter acesso a um local com árvores e plantas poderia ter um efeito positivo sobre a vizinhança ou espírito de comunidade.
“O documento evidencia que em todo o mundo as pessoas buscam cada vez mais qualidade de vida. E mesmo preferindo as cidades ao campo para se estabelecerem, elas continuam valorizando espaços verdes e bem conservados, sejam eles públicos ou privados, e locais que combinem o melhor dos dois mundos”, explica Graziela Lourensoni, gerente de marketing e Produtos da Husqvarna, destacando que o objetivo da multinacional é justamente conscientizar para a importância da vegetação nos espaços urbanos, apontando o crescimento demográfico das cidades como uma tendência em todo o mundo e a necessidade de assegurar que esse desenvolvimento seja sustentável e garanta ambientes mais atrativos para as pessoas.
Já no aspecto ambiental, áreas com vegetação ajudam a combater as ilhas de calor, reduzir o escoamento das águas pluviais e melhorar a qualidade do ar, combatendo uma das maiores desvantagens de se viver em área urbana que é o excesso de poluição.
Não basta ser verde, tem que cuidar. Ao contrário de outros espaços da cidade, estes exigem um cuidado mais regular. Caso não ocorra, o efeito é oposto e imediato. Ao invés de valorizar, a área pode ser depreciada e afastar os moradores/visitantes.
Neste sentido, por ser uma das razões que impedem a criação de mais áreas verdes nas cidades, é importante observar que existem produtos no mercado que facilitam a manutenção, como cortadores de grama, podadores de galhos, roçadeiras, sopradores e até motosserras. “Esses produtos podem ser encontrados tanto para uso doméstico, para pequenos reparos, como para uso profissional, com tecnologia e alto desempenho e produtividade. Além disso, existem máquinas que permitem economia de até 20% no consumo de combustível e redução de até 60% nas emissões de poluentes”, finaliza Graziela Lourensoni. 

Perfil - O Grupo Husqvarna é o maior fabricante global de equipamentos para manejo de áreas verdes, incluindo motosserras, roçadeiras, cortadores de grama e tratores. O Grupo também é líder no mercado europeu de produtos para irrigação doméstica e um dos líderes mundiais em equipamentos de corte e ferramentas diamantadas para indústria de pedras e construção. Os produtos da Husqvarna atendem desde consumidores ocasionais até profissionais e são vendidos em revendas autorizadas e distribuidores em mais de cem países. Em 2011, o grupo totalizou cerca de 15.700 funcionários e obteve receita líquida de 30 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 4 bilhões). [www.husqvarna.com.br | 0800-7732377]. 

terça-feira

Arborização urbana: Critérios técnicos

Por Diego de Toledo Lima da Silva - AtibaiaNews
 
A questão da arborização urbana é sempre o reflexo da relação entre o homem e a natureza, e pode ser vista como uma tentativa de ordenar o entorno com base em uma paisagem natural. O modo como ela é projetada e construída reflete uma cultura, que é o resultado da observação que se tem do ambiente e também da experiência individual ou coletiva com relação a ele (BONAMETTI, 2003).

Para Pivetta & Silva Filho (2002), a arborização de ruas e avenidas é um componente muito importante da arborização urbana, porém, pouco reconhecido, do ponto de vista técnico e administrativo, devendo ser encarado como um dos componentes do plano de desenvolvimento e expansão dos municípios.

Toledo (2012) aponta que faltam 15 milhões de árvores nas cidades brasileiras e que duas em cada três moradias brasileiras possuem uma árvore na sua proximidade. Os números estimados, com base na pesquisa de indicadores urbanos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), também indicam que 25% dos municípios brasileiros não apresentam nenhum tipo de arborização urbana nas proximidades de metade dos domicílios. Ressalta-se que os indicadores são quantitativos, portanto, não apontando a qualidade da arborização e os possíveis conflitos existentes.
Arborização urbana e conflitos

Muitos são os problemas causados do confronto de árvores inadequadas com equipamentos urbanos, como fiações elétricas, encanamentos, calhas, calçamentos, muros, postes de iluminação, etc. Estes problemas são muito comuns de serem visualizados e causam, na maioria das vezes, um manejo inadequado e prejudicial às árvores (RODRIGUES et al., 2002).

Segundo a PMSP (2005), em vias públicas, para que não haja ocupação conflitante no mesmo espaço, é necessário, antes da elaboração do projeto:

- Consultar os órgãos responsáveis pelo licenciamento de obras e instalação de equipamentos em vias públicas;

- Levantar a situação existente nos logradouros envolvidos, incluindo informações como a vegetação arbórea, as características da via (expressa, local, secundária, principal); as instalações, equipamentos e mobiliários urbanos subterrâneos e aéreos (como rede de água, de esgoto, de eletricidade, cabos, fibras óticas, telefones públicos, placas de sinalização viária/trânsito, entre outros); e o recuo das edificações.

Neto et al. (2010) explana que sob a égide da conservação da natureza em áreas urbanas e também como forma de ampliar a construção de espaços menos hostis nas cidades, tem-se a necessidade de estudar as árvores de ruas e sua compatibilidade com as calçadas para possibilitar maior qualidade de vida e estender as oportunidades de acesso a todos os cidadãos.

Portanto, a escolha da espécie a ser plantada no ambiente urbano é o aspecto mais importante a ser considerado. Para isso é extremamente importante que seja considerado o espaço disponível que se tem, considerando a presença ou ausência de fiação aérea e de outros equipamentos urbanos, largura da calçada e recuo predial. Dependendo desse espaço, a escolha ficará vinculada ao conhecimento do porte da espécie a ser utilizada (RODRIGUES et al., 2002).

Conforme Pivetta & Silva Filho (2002), a arborização bem planejada é muito importante, independentemente do porte da cidade, pois é muito mais fácil implantar quando se tem um planejamento, caso contrário, passa a ter um caráter de remediação, à medida que tenta se encaixar dentro das condições já existentes e solucionar problemas de toda ordem.
Critérios básicos

A PMSP (2005) elenca os preceitos básicos para arborização em vias públicas:
1) Estabelecimento de canteiros e faixas permeáveis
Em volta das árvores plantadas deverá ser adotada uma área permeável, seja na forma de canteiro, faixa ou piso drenante, que permita a infiltração de água e a aeração do solo. As dimensões recomendadas para essas áreas não impermeabilizadas, sempre que as características dos passeios ou canteiros centrais o permitirem, deverão ser de 2,0 m² (metros quadrado) para árvores de copa pequena (diâmetro em torno de 8,0 m) e de 3,0 m² para árvores de copa grande (diâmetro em torno de 8,0 m). O espaço livre mínimo para o trânsito de pedestre em passeios públicos deverá ser 1,20 m, conforme Norma Brasileira Regulamentadora - NBR 9050/94.

2) Definição das espécies
A partir da análise do local, serão escolhidas as espécies adequadas para o plantio no logradouro público, bem como será definido o seu espaçamento. Para efeito da aplicação destas normas, as espécies são caracterizadas como:

- Nativas ou exóticas de pequeno porte (até 5,0 m de altura) ou arbustivas conduzidas;
- Nativas ou exóticas de médio porte (5,0 a 10,0 m de altura);
- Nativas ou exóticas de grande porte (maior que 10,0 m de altura).
3) Largura das calçadas
Os planos diretores e legislação das cidades determinam calçadas de diferentes estruturas, ou seja, a construção das calçadas no país não segue um padrão, dependendo da política, história e economia do local (NETO et al., 2010). Miranda (1970) traz um quadro com a indicação do porte das árvores baseado na largura das ruas e calçadas. Para ruas estreitas (largura menor que 7,0 m), calçadas com largura inferior a 3,0 m, somado à ausência de recuo das edificações, o autor não recomenda o plantio de árvores.

Já a PMSP (2005) não recomenda o plantio de árvores em calçadas com largura inferior a 1,50 m. Para arborização das vias, a mesma recomenda a largura mínima dos passeios de 2,40 m em locais onde não é obrigatório o recuo das edificações em relação ao alinhamento, e de 1,50 m nos locais onde esse recuo for obrigatório.

4) Outros critérios básicos de distanciamento
- Em relação à esquina: distância de 5,0 m;
- Postes: 3,0 a 5,0 m, dependendo do porte da árvore;
- Hidrantes: 1,0 a 3,0 m, dependendo do porte da árvore;
- Instalações subterrâneas: 1,0 m;
- Ramais de ligações subterrâneas: 1,0 a 3,0 m, dependendo do porte da árvore;
- Mobiliário urbano: 2,0 a 3,0 m, dependendo do porte da árvore;
- Galerias: 1,0 m;
- Caixa de inspeção: 2,0 a 3,0 m, dependendo do porte da árvore;
- Fachadas de edificação: 2,4 a 3,0 m, dependendo do porte da árvore;
- Transformadores: 5,0 a 12,0 m, dependendo do porte da árvore;
- Espécies arbóreas: 5,0 a 12,0 m, dependendo do porte da árvore.
Além disso, devem ser evitadas interferências com o cone de iluminação e não obstruir a visão dos usuários em relação às placas de identificação e sinalização.
Influência da vegetação nas fundações

A capacidade da vegetação em causar aumento ou redução volumétrica no solo e, consequentemente, danos às estruturas depende de uma série de fatores, que incluem o tipo de vegetação (sistema de raízes muito variado, desde elemento central profundo a vários elementos praticamente horizontais e subhorizontais superficiais), solo, condições do nível de água, clima, tipo de fundação e sua distância da vegetação. A interação entre estes fatores é complexa (MILITITSKY et al., 2008).

As raízes extraem água do solo para manter seu crescimento e vitalidade, modificando o teor de umidade do solo se comparado com o local onde as raízes não estão presentes. Em solos argilosos as variações em teor de umidade provocam mudanças volumétricas; consequentemente, qualquer fundação localizada na área afetada apresentará movimento e provavelmente patologia da edificação por causa de recalques localizados. Este movimento das fundações pode ser cíclico, em base sazonal, recalque progressivo onde a vegetação estabelece um déficit permanente de umidade, ou expansão progressiva, quando a vegetação é posteriormente removida (ELDRIDGE, 1976 apud MILITITSKY et al., 2008).

Alguns autores trazem números relacionados aos danos causados por vegetação nas estruturas:

- Nos EUA, os danos registrados em razão de efeitos das vegetação são maiores que os causados por enchentes, furacões e terremotos, embora menos espetaculares. Holtz (1983) cita valores anuais de perdas da ordem de 1,8 bilhão de dólares no EUA, pagos pelas seguradoras;


- Driscoll (1983) aponta custos dos problemas decorrentes de danos às fundações no período de 1971-1980 no Reino Unido foi estimado em 250 milhões de libras, dos quais 35% diretamente atribuídos a movimentos do solo causados por árvores.

No Brasil, o registro de dados sistemáticos ainda é inexistente, mas é comum encontrarmos danos ocasionados pela vegetação nas estruturas nos jornais locais, principalmente nas estruturas leves. Segundo Milititsky et al. (2008), após a ocorrência do problema são poucas as soluções possíveis, podendo requerer a remoção de árvores e reabilitação do sítio.
Considerações finais

É importante que a política municipal de arborização urbana seja conduzida por pessoal técnico e capacitado, com um arcabouço legal e jurídico, além de investimentos suficientes para subsidiar as ações e atividades.

A educação ambiental abordando assuntos específicos, relacionados ao tema “arborização urbana”, é muito importante, devendo ser executada na escola ou na comunidade, criando um elo de valorização e responsabilidade nas pessoas com as árvores da cidade. Cita-se a possibilidade do aproveitamento da organização social de associações de bairros e moradores, grupos informais e outros, facilitando a execução deste trabalho, que necessita ser pensado num contexto de médio e longo prazo, conjuntamente com as ações de campo do programa de arborização urbana.

É importante frisar que as árvores urbanas são de responsabilidade do poder público, até mesmo as plantadas nas calçadas por moradores em frente de suas casas. Logo, plantio, poda ou remoção devem ser feitos por setor responsável da prefeitura, que possui equipe técnica para realizá-los (ARRUDA, 2011).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E DICAS DE LEITURA


ARRUDA, G. O. S. F. A importância do planejamento na arborização urbana. In: SB Rural, Ed. 66, 30 de junho de 2011. Disponível em: <200.19.105.229/pagina/SBRural%2066%20ed.pdf>. Acesso em: 30 Maio 2012.
BONAMETTI, J. H. Arborização urbana. In: Terra e Cultura, Ano XIX, nº 36, p. 51-55, 2003. Disponível em:. Acesso em: 30 Maio 2012.
DRISCOLL, R. The influence of vegetation on the swelling and shrinking of clay soils in Britain. In: SYMPOSIUM – THE INFLUENCE OF VEGETATION ON THE SWELLING AND SHRINKING OF SOILS. London: ICE, Sept. 1983. Proceedings… pp. 93-106.
HOLTZ, W. G. The influence of vegetation of the swelling and shrinking in the United States of America. In: SYMPOSIUM – THE INFLUENCE OF VEGETATION ON THE SWELLING AND SHRINKING OF SOILS. London: ICE, Sept. 1983. Proceedings… pp. 159-163.
MILITITSKY, J.; CONSOLI, N. C.; SCHNAID, F. Patologia das fundações. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. 207p.
NETO, E. V. L. et al. Arborização de ruas e acessibilidade no bairro centro de Curitiba – PR. In: REVSBAU, Piracicaba – SP, v. 5, n. 4, p. 40-56, 2010. Disponível em: . Acesso em: 29 Maio 2012.
PIVETTA, K. F. L. & SILVA FILHO, D. F. Boletim Acadêmico – Arborização urbana. Jaboticabal: UNESP/FCAV/FUNEP, 2002. 69p. Disponível em: . Acesso em: 29 Maio 2012.
TOLEDO, J. R. (2012) Uma árvore, um voto. Disponível em: . Acesso em: 30 Maio 2012.
MANUAIS E GUIAS
MIRANDA, M. A. L. Arborização de vias públicas. Campinas: CATI, 1970. 49p. (Boletim Técnico SCR n. 64)
PMSP. Prefeitura Municipal de São Paulo. Manual técnico de arborização urbana – 2ª edição. São Paulo: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, 2005. 45p. Disponível em: . Acesso em: 30 Maio 2012.
RODRIGUES, C. A. G. et al. Arborização urbana e produção de mudas de essências florestais nativas em Corumbá, MS. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2002. 26p. Disponível em: . Acesso em: 30 Maio 2012.

sábado

Arborização regional é a 6ª melhor do Estado, diz IBGE

Iury Greghi

A arborização nas áreas urbanas da região de Presidente Prudente é a sexta melhor entre as 15 Regiões Administrativas (RAs) do Estado, segundo números do Censo Demográfico 2010, divulgados na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, 94,33% dos domicílios regionais têm pelo menos uma árvore em seu entorno, percentual reduzido para 93,92% se levado em consideração os municípios de Quatá, João Ramalho e Paraguaçu Paulista, onde O Imparcial circula regularmente. Dos 257,7 mil lares avaliados pelo IBGE, 242.037 apontam a existência de verde nas proximidades, enquanto 14.392 negam haver árvores por perto. A proporção regional está acima da média estadual, que é de 81,32%, e também supera a média nacional de 67,4%. Em três cidades da região, Emilianópolis, Inúbia Paulista e Nantes, 100% dos moradores entrevistados confirmaram a presença de árvores. Cenário semelhante é encontrado em Flora Rica e São João do Pau D’Alho, onde apenas duas pessoas reclamaram a falta de arborização. Já em Ouro Verde, 70,6% das 2.378 casas não dispõem de verde nas áreas vizinhas, percentual mais alto da região. 
O engenheiro agrônomo municipal, Mário Alberto Lima Fonseca, afirma que o grande desafio dos técnicos ambientais da cidade é controlar a poda e o corte ilegal de árvores. “Os moradores pedem autorização, mas em alguns casos nós não podemos fornecer, porque não se enquadram nas condições necessárias, então, eles resolvem cortar ilegalmente”. Para sanar o problema, comenta que tem promovido ações de conscientização nas escolas e incentivado o plantio de mudas. 
O promotor de Justiça e membro do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), Marcos Akira Mizusaki, salienta que a preocupação do poder público em preservar a arborização urbana tem um estímulo à parte. “O número de árvores na área urbana interfere na pontuação do [Projeto] Município Verde Azul, isso estimula os municípios do Estado a se preocuparem com a questão”, observa. 
O projeto da Secretaria de Estado do Meio Ambiente tem por objetivo descentralizar a política ambiental e ganhar eficiência na gestão ambiental, com a adesão de todos os 645 municípios paulistas. Mizusaki completa que as árvores na zona urbana exercem papel importante no equilíbrio ambiental. “Reduz a temperatura média da cidade em até 2 graus Celsius [ºC], diminui a poluição sonora, melhora a qualidade do ar. É um elemento fundamental na vida das cidades”. Em Prudente Na capital regional, o índice de arborização ficou acima da média regional. Das 66.104 moradias prudentinas, 95,93% possuem árvores no entorno. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Fernando Luizari Gomes, o número reflete a estratégia do Executivo em incentivar o plantio de mudas, por meio do Plano de Arborização entregue ao Ministério Público do Estado (MPE) em janeiro do ano passado, que prevê, até o fim deste ano, alcançar a proporção de um prudentino para cada 100 metros quadrados (m²) de área verde. 
Em 2011, Luizari afirma que 50 mil mudas foram plantadas na cidade, já nos cinco primeiros meses deste ano, foram 20,6 mil exemplares. “Tudo indica que vamos conseguir superar a marca do ano passado”, completa. Entretanto, comenta que o período de outono e inverno prejudica o processo de arborização, já que “o sistema da planta está em dormência e acaba não se desenvolvendo como deveria”. “Mesmo assim, já aumentamos muito a quantidade de árvores na cidade, as principais avenidas estão todas arborizadas e temos uma equipe destinada apenas a realizar plantio em áreas vazias”, conclui. 

Fonte: www.imparcial.com.br

sexta-feira

Arborização muda paisagem em canteiros centrais em vias públicas de Manaus


Desde novembro do ano passado, quando teve início a temporada de chuvas na cidade, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) intensificou o trabalho de plantio de mudas nas vias urbanas e canteiros centrais. Foram realizadas ações na área de intervenção do Prosamim, no bairro Alvorada, nas avenidas André Araújo, no Aleixo, Torquato Tapajós, na altura do Santos Dumont até a entrada do aeroporto, na Avenida Costa e Silva, na Raiz, e atualmente na Alameda Cosme Ferreira, da altura do Complexo Viário Gilberto Mestrinho, no Coroado, até o novo complexo viário do São José. Já foram utilizadas, aproximadamente 3,5 mil mudas nessas ações. No total, 42 corredores viários da cidade com canteiros centrais com espaço para plantio.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, explica que o trabalho de arborização da Prefeitura de Manaus é resultado de um trabalho planejado que se tornou um diferencial para a cidade. “Estamos chegando a locais que nunca haviam recebido mudas com a preocupação em relação ao tamanho das covas, altura das mudas e correção de PH do solo para compensar a falta de nutrientes”, afirmou Dutra, ressaltando que hoje todos esses cuidados são tomados e o resultado já pode se ver visto nas vias públicas.
As covas abertas para a arborização urbana têm em média 60 cm x 60 cm, diâmetro suficiente para receber as mudas com torrões de aproximadamente 40 cm x 40 cm. “Com esse tamanho de torrão, as raízes já são suficientemente fortes para crescer”, afirma o diretor de Arborização e Paisagismo da Semmas, Nildo Menezes. Segundo ele, ao contrário do que possa parecer, os canteiros centrais possuem profundidade suficiente para o plantio, bastando apenas que sejam tomadas as medidas corretas para o procedimento.
Outra preocupação da Semmas é a de, antes do plantar, realizar um trabalho de sensibilização junto aos moradores e comerciantes do entorno sobre a importância de preservar e ajudar na manutenção das mudas. “Toda ação de arborização é precedida de um trabalho de educação que é fundamental para combater o vandalismo, uma das principais causas de perdas de mudas”, comentou a chefe da Divisão de Arborização da Semmas, Rosemary Bianco. Na antiga Silves, onde foram colocadas 200 mudas de pau pretinho e jutairana, os técnicos da Semmas abordaram comerciantes, moradores e até os lavadores de carros que atuam na área. Outra ação recente da secretaria foi a complementação do plantio de mudas no canteiro central do Complexo Viário Gilberto Mestrinho, na avenida André Araújo, no trecho que era utilizado frequentemente pelos motoristas para fazer retorno irregularmente.
Nesta segunda-feira, os técnicos da Semmas trabalham na arborização do canteiro central da Alameda Cosme Ferreira, entre a Bola do Coroado e o São José. Serão plantadas no local 250 mudas.

sábado

Recomendação do dia

Arborização urbana - Link da matéria

 

No jardim das florestas


terça-feira

O plantio de árvores de grande porte reduz o calor nas ruas

O estudo comprova que nas ruas onde existem árvores de grande porte e onde a cobertura vegetal é maior, há também uma redução na temperatura. O conforto térmico dentro de casas e edifícios melhora.