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quinta-feira

Idi amim, bicho-capixaba (Lagria villosa (Tenebrionidae: Lagriinae: Lagriini))

Conheça o Idi amim ou bicho-capixaba (Lagria villosa (Tenebrionidae: Lagriinae: Lagriini))



Clique aqui para saber mais sobre seus danos e manejo na  cultura do morango.

sexta-feira

Tripes em Terminalia catappa (Manaus-AM)

 Exemplar de sete-copas, amendoeira-da-praia (Terminalia catappa) próximo ao Teatro Amazonas.
 Danos causados na folha por tripes.
  Presença de tripes e danos causados na folha T. catappa.


Expedição fotográfica de insetos associados à arborização urbana em Palmas-TO

Estivemos em Palmas no Estado do Tocantins, participando do XVII Congresso Brasileiro de Arborização Urbana - CBAU 2013, entre 11 e 13 de novembro. Nesta oportunidade foram registrados alguns insetos associados às árvores urbanas na cidade. 
 Aphis sp. em Physocalymma scaberrimum (Cega-machado).
 Saúva-cabeça-de-vidro (Atta laevigata) em Eugenia jambolana (Jambolão)
 Cochonilhas n.i. em Cassia sp.
  Cochonilhas n.i. em Tamarindus indica (Tamarindo)
   Cochonilhas n.i. em Tectona grandis (Teca)
    Cochonilhas n.i. em Triplaris sp. (Pau-formiga)
 Costalimaita ferruginea (besouro-amarelo-do-eucalipto) em Eugenia jambolana (Jambolão)
 Cupins n.i. em Anacardium occidentale (Cajueiro) 
Cydianerus latruncularius em Tabebuia pentaphylla (Ipê-roxo)
Mosca-branca n.i. em Anacardium occidentale (Cajueiro)
 Mosca-branca-do-ficus (Singhiella simplex) em Ficus benjamina (figueira-benjamim)
  Mosca-branca-do-ficus (Singhiella simplex) em Ficus benjamina (figueira-benjamim)
Poekilloptera sp. em Parkia pendula (Fava-de-bolota)

quinta-feira

Importação de parasitoide para a vespa-da-galha

Leptocybe invasa, popularmente conhecido como a vespa-de-galha do eucalipto, é uma espécie da ordem Hymenoptera e da família Eulophidae, nativo da Austrália, com tamanho aproximado em 1,4 mm, de coloração marrom escura a verde metálica.  Apesar do recente destaque na mídia, essa praga do eucalipto já é estudada desde 2008 pelo grupo de pesquisadores do Programa Cooperativo em Proteção Florestal (PROTEF) do IPEF, em seu Projeto de Manejo de Pragas Exóticas do Eucalipto (PCMPEE). Este projeto conta com a importante participação de pesquisadores da UNESP – Campus de BotucatuEmbrapa FlorestasEmbrapa Meio AmbienteUniversidade Federal de Viçosa, além do próprio PROTEF.
Adulto da vespa-da-galha

A principal forma de reprodução desta espécie é por partenogênese telítoca, que se resume em fêmeas que geram novas fêmeas, o que leva a um crescimento populacional enorme. Os registros de machos desta espécie são raros.
A primeira detecção dessa praga no Brasil foi ao final de 2007, em mudas produzidas em viveiro florestal de pesquisa no norte da Bahia. Parte deste material foi enviado ao laboratório de Entomologia Florestal da Esalq/USP. Em abril de 2008, foi observada a emergência de pequenas vespas quando o material foi então enviado ao Instituto Biológico, sendo identificado como Leptocybe invasa. Nesta mesma época, o PROTEF realizou um “alerta” a respeito da ocorrência da praga.
A vespa-de-galha ataca as folhas, tanto na nervura central como os pecíolos, e caules jovens, formando galhas. Essas galhas causam desde a deformação das folhas, quando presentes na nervura central e pecíolo, como desfolha, superbrotamento e secamento de ponteiros em altas infestações. As galhas são formadas devido a uma toxina presente no ovipositor das fêmeas, que causa hiperplasia celular, levando ao bloqueio do fluxo normal da seiva e, consequentemente, à queda das folhas. Esses danos podem levar a parada de crescimento de mudas e árvores, podendo comprometer a produtividade das plantações de eucalipto. As espécies mais suscetíveis são Eucalyptus camaldulensisE. salignaE. globulusE. grandis e clones híbridos de E. camadulensis x E. grandis.

Danos de Leptocybe invasa em ramos de Eucalyptus camaldulensis X E. grandis

Os principais danos são causados em mudas nos viveiros florestais, pois afetam sua qualidade, além de representar risco de disseminação da praga em regiões ainda isentas. No campo, os danos são significativos em plantios novos, com idade de até dois anos. Estudos para definição de susceptibilidade e preferência de clones de eucaliptos também tem sido realizados, trazendo informações importantes para indicar os materiais genéticos resistentes.
Em uma recente ação do grupo PCMPEE, foi enviado um pedido ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para importação do parasitoide da vespa-de-galha, o Seletrichodes neseri, da África do Sul. Esta importação compõe parte da parceria pioneira desenvolvida pelo IPEF e o BiCEP (Centro de Controle Biológico de Pragas do Eucalipto), sediado na Austrália. Dentro deste Centro, que possui como membros principais a Austrália, Brasil e África do Sul, o IPEF foi convidado como representante brasileiro. Espera-se que, com a liberação da importação e consequentes estudos sobre o parasitoide e sua ação sobre a vespa, possa-se caminhar para um efetivo controle desta praga, a exemplo dos estudos que vem sendo realizados com o percevejo bronzeado e seu parasitóide.
Recentemente o PROTEF disponibilizou um folder com informações sobre a vespa-da-galha com o objetivo de informar produtores florestais sobre a praga. Mais informações sobre o PROTEF podem ser obtidas no site do IPEF, em http://www.ipef.br/protef/



Fonte: IPEF Express (edição 60 - 18 de abril de 2013) - PROTEF atua na importação de parasitoide para a vespa-da-galha - IPEF - Piracicaba - SP.

sexta-feira

Liberação do parasitoide do percevejo bronzeado chega ao Uruguai


O IPEF, através do Programa de Proteção Florestal (PROTEF), realizou a liberação do inimigo natural do percevejo bronzeado, o Clercoides noackae (Hymenoptera: Mymaridae), no Uruguai. Nos dias 11 e 12 de fevereiro, os pesquisadores Leonardo Barbosa (Embrapa) e Bruno Zaché (UNESP-Botucatu) estiveram no país onde ocorreu a liberação do parasitoide realizada pelo INIA-Tacuarembó, em duas empresas associadas ao PROTEF, a Montes del Plata e a UPM. Esse parasitoide foi introduzido no Brasil através do Projeto Cooperativo de Manejo de Pragas Exóticas do Eucalipto, multiplicado na Embrapa Florestas e cedido ao INIA para atender uma ação do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (PROCISUR).
No primeiro dia da visita, os pesquisadores acompanharam a liberação do parasitoide no campo, que ocorreu em árvores selecionadas previamente. Para esta seleção considerou-se a presença de insetos e ovos em alta infestação. Ovos parasitados, provenientes do Brasil, foram acondicionados em dispositivos de liberação, confeccionados com tubos de PVC, os quais foram fixados no interior da copa das árvores. No total foram instalados três dispositivos por empresa. Considerando avaliações previas, a expectativa é que de cada dispositivo ocorra emergência de pelo menos trinta parasitoides.
Dispositivo de liberação do parasitoide em campo

Durante todo o segundo dia da visita, os pesquisadores permaneceram no laboratório de entomologia do INIA. Na ocasião, eles apresentaram toda a metodologia que esta sendo Brasil para multiplicação e liberação do parasitoide e os avanços obtidos com a criação do percevejo. Trataram ainda, de acordar junto com o pesquisador do INIA, Gonzalo Martinez, estratégias para o desenvolvimento de pesquisas complementares entre as instituições envolvidas.
No Brasil, através das pesquisas da parceria entre o IPEF, a Embrapa Florestas e a Unesp (Botucatu), os estudos sobre o percevejo bronzeado e seu controlador biológico,Cleruchoides noackae, tem avançado. Tanto as estratégias de criação da praga como do inimigo natural estão sendo aprimoradas, já que com o aumento no número de empresas atendidas e, consequentemente, de pontos de liberação, deverá ocorrer um aumento considerável da necessidade de insetos.
Estão em andamento ainda estudos para avaliação do potencial de parasitismo, armazenamento de ovos parasitados ou não e dispositivos mais eficientes para liberação dos insetos nos plantios. Pretende-se ainda, acompanhar dispersão, estabelecimento e analisar o potencial de controle deste dos parasitoides no campo.
Mais informações sobre o PROTEF podem ser obtidas no site do IPEF, em http://www.ipef.br/protef/


Fonte: IPEF Express (edição 59 - 11 de abril de 2013) - Liberação do parasitoide do percevejo bronzeado chega ao Uruguai - IPEF - Piracicaba - SP.

quarta-feira

Vespa-da-madeira – Sirex noctilio


Vespa-da-madeira – Sirex noctilio (Fabricius, 1973)

Hymenoptera: Siricidae


Ocorrência:
É um inseto exótico que, atualmente, está distribuído na Europa, África, América do Norte, Nova Zelândia e América do Sul. No Brasil, a primeira ocorrência foi no Rio Grande do Sul, em 1998, onde causou perdas consideráveis de Pinnus spp., e depois registrada em Santa Catarina e Paraná.

Descrição e biologia:
Adulto – varia de 1 a 3,5 cm de comprimento e coloração azul escuro metálico. As fêmeas possuem o ovipositor em forma de ferrão, que atinge até 2 cm de comprimento, que fica recolhido no abdome quando não está em uso. Os machos apresentam, do 3 ao 7 segmento do abdome, uma mancha alaranjada.

Na fase adulta, os insetos não se alimentam e são totalmente dependentes de reservas de gordura do corpo. A postura é realizada em árvores debilitadas, estressadas ou em declínio, podendo chegar a 240 posturas/fêmea. A fêmea introduz seu ovipositor na madeira e coloca 2 ovos mais uma secreção contendo esporos do fungo simbionte (Amylostereum areolatum) e uma substância tóxica à planta. Este fungo contamina a planta, seguindo o fluxo da seiva, e serve de alimento para as larvas, que nascem após um período de incubação de 14 a 28 dias.
Larva – possui formato cilíndrico e cor esbranquiçada, com 3 pares de pernas torácicas vestigiais, mandíbulas denteadas escuras e um espinho supra-anal. As larvas não ingerem a madeira, e sim extraem nutrientes do micélio do fungo, progredindo na madeira em que o fungo se desenvolve pelo cerne. As secreções salivares e os nutrientes dissolvidos são, posteriormente, ingeridos pela larva, e a serragem da madeira é acumulada na galeria.
Pupa – na fase de pré-pupa, as larvas tendem a se aproximar da região cambial da madeira, onde escavam suas câmaras pupais. O período pupal tem uma duração média de 4 semanas.
O ciclo do inseto, por depender de fatores como temperatura, teor de seiva e umidade da madeira, pode ter diferentes durações, completando-se no período de 1 a 3 anos, sendo que 75% dos insetos emergem no 1 ano.

Danos:
 - Resina no tronco, decorrente de perfurações para postura;
- Árvores com acículas amareladas, que ocorrem de 20 a 30 dias após as posturas;
- Murcha e queda de acículas;
- Presença de galerias, contendo larvas e serragem;
- Orifícios de emergência de adultos que são facilmente visíveis nas cascas das árvores;
- Manchas azuladas na madeira causadas pelo fungo Amylostereum areolatum.

Monitoramento:
O sucesso do programa de controle da vespa-da-madeira está ligado, diretamente, à detecção precoce da sua presença, que é realizada mediante o monitoramento. O monitoramento é feito por meio de árvores-armadilhas, ou seja, um conjunto de 5 árvores estressadas com herbicida(Padron ou Tordon 10%). Para que seja bem executado, devem ser seguidas algumas orientações.
- época de instalação: no período de 15 de agosto a 30 de setembro;
- distribuição das armadilhas: deve cobrir toda a área de reflorestamento, situando-se em locais de fácil acesso e próximos às bordas, o que facilita a derrubada e inspeção de árvores;
- densidade: 1 – em áreas onde Sirex noctilio está presente, bem como em áreas distantes até 10 km do foco, instalar uma parcela de árvores-armadilhas a cada 500 m; 2 – a uma distância de 11 a 50 km do foco, instalar uma parcela de árvores-armadilhas a cada 1.000 m; 3 – acima de 50 km do foco, principalmente em áreas de fronteira, instalar uma parcela de árvores-armadilhas a cada 10 km; 4 – em áreas onde o inseto está a mais de 200 km, a vigilância florestal é a técnica mais adequada.
A revisão das árvores-armadilhas deve ser efetuada de 2 a 4 meses após os picos de emergência dos adultos; se for verificada a presença de respingos de resina e de manchas marrom-alaranjadas abaixo da casca, denunciando a presença do fungo Amylostereum areolatum, a árvore deverá ser derrubada e retiradas, no mínimo, cinco amostras de 1 m de comprimento, para a verificação da presença de galerias e larvas.
Métodos de controle:
Controle legislativo – A Resolução nº. 005/2005 determina, em razão do seu Art. 1º, a queima controlada dos restos culturais dos cultivos de Pinnus spp. atacados pela vespa-da-madeira;
Controle silvicultural – Recomenda-se desbastes ocasionais e seletivos, importantes para impedir a sua distribuição, pois povoamentos bem conduzidos e bem manejados não sofrem perdas econômicas. Não realizar poda drástica (alta) e operações de desbaste de outubro a abril, pois este período corresponde à época de emergência da maioria dos adultos. Evitar plantios em locais inclinados, onde tratos silviculturais são dificultados. Restos de desbastes que apresentem diâmetro superior a 5 cm deverão ser queimados ou eliminados, para não atrair fêmeas. Tratamento quarentenário: A madeira serrada, de maneira geral, deverá ser seca em estufa a 60ºC, por um período mínimo de 48 horas. As toras ou as madeiras que não sofrerem este processo não deverão ser transportadas para fora da região de ocorrência da praga.

Controle biológico:
É realizado com nematoide Deladenus siricidicola (Nematoda: Neotylenchidae) que esteriliza as fêmeas da vespa, é o principal agente do controle biológico, seguido dos parasitoides, Ibalia leucospoides, Megarhyssa nortoni e Rhyssa persuasoria. O nematoide e os parasitoides foram importados, são produzidos pela Embrapa Florestas e distribuídos pelas Associações de Reflorestadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná aos produtores de Pinus. O nematoide apresenta um controle de, aproximadamente, 70% da população da praga quando bem manejado, e um controle de, aproximadamente, 90% quando em associação com os parasitoides. O nematoide alimenta-se do mesmo fungo que a larva de S. noctilio, e quando se encontram, o nematoide até então de vida livre, torna-se de vida parasitária, penetrando na larva. A larva parasitada pelo nematoide continua a se desenvolver normalmente até a fase adulta, na qual o nematoide aloja-se nos ovários das fêmeas, tornando os ovos inférteis. Os ovos, além de inférteis, apresentam nematoides, facilitando a sua disseminação.
Procedimento de inoculação – derrubar a árvore e, com um martelo apropriado, fazer orifícios, onde serão colocadas as doses (cada dose de 20 ml permite tratar cerca de 10 árvores). A inoculação deverá ser realizada, preferencialmente, entre os meses de março e julho, com temperatura de 7-20ºC, não devendo ser realizada com chuva. Deve-se realizar, anualmente, a avaliação de parasitismo em adultos.
Nº de plantas as serem inoculadas:
Até cinco árvores atacadas/ha – inocular todas;
De 6 a 25 árvores atacadas/ha – inocular 5 bem distribuídas;
Mais de 25 árvores atacadas/ha – inocular 20% das árvores atacadas.

Liberação de parasitoides:
Ibalia leucospoides; Megarhyssa nortoni e Rhyssa persuasoria.


Mais informações:





Fonte: Costa, E.C.; D´ávila, M.; Cantarelli, E. B.; Murari, A. B. Entomologia Florestal. Santa Maria: Editora da UFMS. 2011.

Imagens: Google.

terça-feira

O aquecimento urbano favorece a abundância de insetos pragas em árvores urbanas

Estudo revela que temperatura é fator chave no aumento da população de alguns insetos praga em árvores urbanas


Créditos: North Carolina State University

(Phys.org) - Uma nova pesquisa da Universidade do estado da Carolina do Norte (USA) descobre que temperaturas mais elevadas encontradas em ambientes urbanos é são os principais contribuintes para o aumento das populações de cochonilhas consideradas praga em árvores urbanas - O estudo indica que o aumento da temperatura associados à mudança climática global pode levar ao aumento significativo das populações de insectos praga.
"Nós agora compreendemos melhor porque as árvores em áreas urbanas são infestadas por muitas dessas pragas", diz Dr. Steve Frank, professor assistente de entomologia da Universidade do estado da Carolina do Norte e co-autor do artigo descrevendo o estudo. "E se a mudança climática provoca elevação das temperaturas nas florestas, como esperamos, podemos esperar que espécies praga como as cochonilhas ocasionem um problema muito maior para a saúde do ecossistema."
Cochonilhas são pragas pequenas que fixam-se a planta e se alimentam de sua seiva, enfraquecendo e, potencialmente, matando a planta. Neste estudo, os pesquisadores examinaram especificamente a proporção de cochonilhas (Parthenolecanium quercifex) que se alimenta exclusivamente de carvalhos (Oak lecanium).
Os pesquisadores utilizaram mapas de temperatura para identificar zonas mais quentes e mais frescas no ambiente urbano de Raleigh, N.C.. Em seguida, avaliaram as densidades populacionais de P. quercifex nessas zonas, e descobriram que a proporção das populações foram 800% superior nas zonas mais quentes.
Para determinar se a diferença de população foi devido ao calor ou outros fatores ambientais, os pesquisadores trouxeram sacos com ovos de P. quercifex de zonas quentes e frias para o laboratório. Alguns sacos de ovos de zonas quentes foram colocados em câmaras de calor, enquanto que os sacos de outras zonas quentes foram colocados em câmaras de refrigeração. Sacos de ovos provenientes de zonas frias também foram colocados em calor e câmaras de refrigeração.
Os sacos com ovos retirados de zonas urbanas mais quentes colocados na câmara de calor em laboratório resultaram numa população de insectos que foi de 250% mais abundante do que a zona de calor avaliada.
"As cochonilhas nas zonas urbanas mais quentes parecem ter se adaptado às temperaturas mais elevadas em ambientes urbanos", diz Emily Meineke, estudante de doutorado  na NC e autor principal do trabalho. "Teoricamente, a adaptação seria também um mecanismo para beneficiar-se de temperaturas mais quentes que podem resultar da mudança climática".
Link do artigo publicado pela PLOS ONE: 
Urban Warming Drives Insect Pest Abundance on Street Trees

domingo

Sibipiruna - Cenostigma pluviosum

Nome Científico: Cenostigma pluviosum (DC.) Gagnon & G.P.Lewis.
Sinonímia: Poincianella pluviosa (DC.) L.P.Queiroz.
Família: Fabaceae (Leguminosae)


Características Morfológicas: Esta árvore tem, em média, entre oito e 16 metros de altura, com um tronco que varia de 30 a 40 centímetros de diâmetro. As folhas são compostas bipinadas, com 20 a 25 centímetros de comprimento.


Origem: Brasil. Aparentemente é nativa da Mata Atlântica, mas também há registro de exemplares no Pantanal mato-grossense e outras regiões do país.


Ocorrência Natural: Matas primárias e secundárias.


A sibipiruna é uma árvore típica da Mata Atlântica, de grande porte, perenifólia, chegando a medir mais de 20 metros de altura (normalmente entre 6-18m) com copa arredondada e muito vistosa. Comum em ruas, parques e avenidas de muitas cidades do Brasil é facilmente confundida com outras espécies como o pau-brasil ou pau-ferro pela semelhança da sua folhagem. Muito utilizada na arborização em diversas cidades do Brasil e especialmente na cidade de São Paulo. A cidade de Maringá, no Paraná, possui arborização com 80% em sibipiruna.


É indicada para plantios mistos em áreas degradadas de preservação permanente. Além de ornamentar passeios públicos, a madeira da sibipiruna tem várias aplicações práticas, sendo usada tanto na construção civil (para a confecção de ripas e caibros) como na estrutura de móveis e caixotaria, pois é bastante resistente.
Floresce entre agosto e novembro.  Suas inflorescências são amarelas.

As folhas são bipinadas com haste central de 20–25 cm de comprimento com 8-9 pares de pinas, cada uma com cerca de 11-13 pares de folíolos de 10-12mm por pina. A floração ocorre entre a partir de agosto podendo estender-se até o final do verão, produzindo inflorescências em rácemos cônicos eretos com flores amarelas. A frutificação dá origem a vagens compostas de duas valvas secas, lenhosas, longas e coriáceas com 7,6-12,0 cm de comprimento por 2,7-3,1 cm de largura. Quando maduras, as vagens rompem-se por torção em deiscência explosiva arremessando de 1-5 sementes. Estas são comprimidas, irregularmente circulares, transversas, ovato-obovadas ou orbiculares a subglobosas, com testa dura e muito rígida, clara, grossa ou sem albúmen, provida de um bico no hilo e marginada. 

Pragas:

Psylla sp. (Hemiptera: Psyllidae)

Psilídeo de alguns milímetros de comprimento, com a aparência de minúsculas cigarras, que suga constantemente os brotos novos durante a floração da sibipiruna, e liberam uma secreção pegajosa.



Saiba mais:

sábado

Vespa-da-galha do eucalipto - Leptocybe invasa

VESPA-DA-GALHA DO EUCALIPTO (Leptocybe invasa

A vespa-da-galha Leptocybe invasa (Hymenoptera: Eulophidae) é uma praga exótica, originária da Austrália. O adulto é uma minúscula vespa de coloração marrom escuro brilhante e mede 1,2 mm de comprimento. São conhecidas apenas fêmeas, apesar de haver um registro de macho, encontrado na Turquia. De modo geral, o inseto é partenogenético, ou seja, só há fêmeas que dão origem a novas fêmeas. Portanto, seu potencial de crescimento populacional é enorme. A fêmea oviposita nas gemas apicais, onde inicia-se o processo de formação da galha, que torna-se visível após algumas semanas. O ciclo do inseto é relativamente longo. Da postura até a emergência de adultos leva aproximadamente 130 dias, de acordo com estudos feitos em Israel.
As espécies de eucalipto com registro de ocorrência da praga são: E. camaldulensis, E. saligna, E. botryoides, E. bridgesiana, E. cinerea, E. globulus, E. grandis, E. gunni, E. nicholli, E. pulverulenta, E. robusta, E. rudis, E. tereticornis E. viminalis.

Danos:

A praga ataca as folhas, formando galhas nas nervuras centrais, pecíolos e ramos finos. Essas galhas causam deformação das folhas, quando presentes na nervura central e pecíolo, e desfolha e secamento de ponteiros, quando presentes nos ramos mais finos. Provavelmente as galhas, que são hiperplasia celular causada por alguma substância injetada pelo ovipositor da fêmea, causam o bloqueio do fluxo normal de seiva, levando à queda das folhas. Esses danos podem levar a parada de crescimento de mudas e árvores, podendo comprometer a produtividade de clones suscetíveis.

Fonte: Wilcken, C. F.; Berti Filho, E. VESPA-DA-GALHA DO EUCALIPTO (Leptocybe invasa(HYMENOPTERA: EULOPHIDAE): NOVA PRAGA DE FLORESTAS DE EUCALIPTO NO BRASIL. PROGRAMA DE PROTEÇÃO FLORESTAL - PROTEF / IPEF - Alerta Protef, Botucatu, Maio, 2008.

terça-feira

Phoracantha semipunctata - Broca-do-eucalipto

Phoracantha semipunctata (Fabricius, 1775) 
Coleoptera, Cerambycidae

Vulgarmente conhecida como coleobroca-do-eucalipto e broca Phoracantha, é um inseto originário da Austrália, introduzido na África, na Europa e nas Américas, é considerada praga dos eucaliptos em vários países destes continentes. No Brasil, a única referência sobre P. punctata foi feita no Rio Grande do Sul, registrada no 4º catálogo dos insetos (1968). Em portugal é uma praga importante dos eucaliptos, principalmente em plantios de Eucalptus globulus. Em novembro de 1994 esta broca foi detectada em plantios de Eucalyptus citriodora, no Horto Córrego Rico da FEPASA em Córrego Rico - SP. O ataque foi observado em árvores adultas estressadas, provavelmente por fogo e posteriormente por doença (cancro). Entre as diversas espécies de eucalipto, citadas na literatura como hospedeiros de P. semipunctata, destacam-se Eucalyptus botryoides, E. camaldulensis, E. globulus, E. grandis, E. maculata e E. viminalis, sendo E. camaldulensis, E. globulus e E. viminalis referidas como as mais suscetíveis. 

Danos:
As larvas constroem galerias, debilitando o funcionamento fisiológico da planta, diminuindo seu crescimento, reduzindo a qualidade da madeira para o comércio e dificultando ou até impedindo a exportação da madeira para países onde esta praga não existe.

Medidas de controle

Controle silvicultural:
Não plantar espécies de eucaliptos em sítios com déficit de água em relação a região de origem. Eliminar durante o inverno árvores mortas e atacadas e efetuar a limpeza periódica da floresta. O monitoramento se dá ainda por meio da instalação de árvores-armadilhas (troncos recém-cortados) e, após a derrubada das árvores, é aconselhável retirar a casca (para evitar posturas), caso elas permaneçam alguns dias na floresta. Recomenda-se a instalação de árvores-armadilhas em clareiras, queimadas após a verificação da existência de posturas. 

Controle biológico: 
É recomendada a introdução dos fungos Beauveria bassiana, B. brangniartii e Hirsutella sp.; do predador Iridomyrmex humilis (Hymenoptera: Formicidae); dos parasitoides de pupas e larvas Helcostizus rufiscutum (Hymenoptera: Icheneumonidae); do parasitoide de ovos Aventianella longoi (Hymenoptera: Encirtidae) e dos parasitoides de larvas Syngaster lepidus e Jarra sp. (Hymenoptera: Braconidae).

Espécies suscetíveis: Eucalyptus globulus, E. grandis, E. diversicolor, E. viminalis, E. nitens e E. saligna. 
Espécies resistentes: E. trabutii, E. dalyrmpleana, E. camaldulensis, E. cladocalyx e E. robusta.

Fonte: Berti Filho, E.; Cerignoni, J. A.; Souza Jr, C. N. (1995) Primeiro registro de Phoracantha semipunctata (Fabricius, 1775) (Coleoptera, Cerambycidae) no Estado de São Paulo. Revista de Agricultura. Vol. 70, nº 1.

Fonte: Costa, E.C.; D´ávila, M.; Cantarelli, E. B.; Murari, A. B. Entomologia Florestal. Santa Maria: Editora da UFMS. 2011.

Fotos: Google

segunda-feira

Glycaspis brimblecombei - Psilídeo-de-concha

O psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei Moore) é uma espécie pertencente à ordem Hemiptera, subordem Sternorrhyncha e família Psyllidae. Os psilídeos são insetos pequenos, semelhantes a pequenas cigarrinhas e de hábito sugador. Possuem fortes pernas saltadoras, antenas relativamente largas e se alimentam de seiva das plantas. Apresentam dimorfismo sexual, sendo as fêmeas ligeiramente maiores do que os machos, medindo entre 2,5 e 3,1 mm de comprimento.
Dentre os psilídeos associados ao eucalipto, os gêneros mais importantes são Cteranytaina, Blastopsylla, Creiis, Eucalyptolyma, Cardiaspina e Glycaspis.
Os adultos de G. brimblecombei se caracterizam por se alimentarem somente de eucalipto e por sua infestação ser facilmente reconhecida por causa da secreção açucarada em forma de concha sobre as ninfas e por apresentarem projeções que saem da parte anterior da cabeça, que são chamadas de cones genais.
As ninfas nos primeiros ínstares são amareladas e as ninfas de último instar apresentam o abdome e os primórdios das asas de coloração escura.
A reprodução é sexuada e as fêmeas apresentam coloração verde a vermelho, as antenas são filiformes com 10 segmentos, e a parte terminal do abdome é arredondada com uma protuberância por onde são colocados os ovos. Os machos apresentam 10 segmentos. Em seu abdome possui projeções na parte superior chamadas de "fórceps" que são utilizadas para imobilizar a fêmea durante a cópula.
Os ovos são de coloração amarelo-alaranjados, brilhantes e de formato oval. São postos em linha, agrupados ou individualizados, podendo existir até 300 ovos por folha, presos com auxílio de um pedicelo à superfície da folha.
Possui 5 ínstares ninfais, com duração do estágio ninfal variando de 12 a 22 dias, com duração média dos ínstares muito próxima, em torno de 3 dias.
O ciclo biológico varia com as condições ambientais de 26 a 57 dias com temperaturas médias de 16,5ºC e 22ºC. A temperatura mais adequada para o desenvolvimento das ninfas é de 26ºC.
Espécies altamente suscetíveis: Eucalyptus camaldulensis e E. tereticornis.
Espécie tolerante: E. grandis

Danos:
Enrolamento, deformação do limbo foliar, formação de galhas, superbrotamento, secamento de ponteiros e indução do aparecimento de fumagina.
A alta infestação se traduz em perda foliar, redução do crescimento, morte de ramos e da árvore como um todo. Podem causar danos indiretos, como a presença de fumagina, que se caracterizam como fungos de coloração negra, crescendo sobre folhas cobertas de "honeydew" e podendo causar sua morte. Causam depreciação do valor estético e deixam as árvores suscetíveis ao ataque de outros insetos.

Controle biológico:
Psyllaephagus bliteus Riek (Hymenoptera: Encyrtidae)


Fonte: Ferreira Filho, P. J. 2010. Dinâmica populacional do Psilídeo-de-conha Glycaspis brimblecombei Moore (Hemiptera: Psyllidae) e parasitismo por Psyllaephagus bliteus Riek (Hymenoptera: Encyrtidae) em floresta de eucalipto. (Tese Doutorado) Unesp : Botucatu, São Paulo.
 Imagens google.

domingo

Besouro-da-munguba - Phelypera griseofasciata

Planta atacada: Munguba - Pachira aquatica
Besouro-da-munguba: Phelypera griseofasciata (Coleoptera: Curculionidae)

Adulto:
Os adultos medem cerca de 7 a 10 mm e apresentam o corpo com coloração ferrugínea, totalmente pontuado por manchas negras irregulares.
Larvas:
Coloração verde escuro com manchas negras dorsais e apresentam doze pares de pernas abdominais adesivas; 
Cobrem-se com seus próprios excrementos, são ativas e se movimentam com rapidez e agilidade; 

Os ovos são colocados nos pecíolos das folhas, onde eclodem as larvas, as quais no primeiro e segundo ínstares raspam o limbo foliar, para se alimentar. Os estágios seguintes são caracterizados por intenso consumo foliar, particularmente dos ponteiros. A fase de pré-pupa e pupa são passadas em casulo oblongo, composto por um entrelaçado de fios de cor castanho-amarelada, com trama larga, por onde é possível visualizar o inseto pupando.


quinta-feira

Besouros desfolhadores

         Os besouros desfolhadores constituem o terceiro grupo de insetos desfolhadores mais importantes para a silvicultura brasileira. 
         As principais famílias são Chrysomelidae, Curculionidae, Scarabaeidae e Buprestidae.


Costalimaita ferruginea (Chrysomelidae)


Sternocolaspis quatuordecimcostata (Chrysomelidae)

Colaspis quadrimaculata  (Chrysomelidae)

Matallactus mosei  (Chrysomelidae)
Matallactus quindecimguttatus  (Chrysomelidae)

Agathomerus sellatus  (Chrysomelidae)

Cacoscelis marginata  (Chrysomelidae)
Eumolpus surinamensis  (Chrysomelidae)

Metaxyonycha angusta  (Chrysomelidae)

Myochrous armatus  (Chrysomelidae)

Metriona spp.  (Chrysomelidae)

Psiloptera argyrophora (Buprestidae)
P. attenuata (Buprestidae)
P. hoffmanni (Buprestidae)
P. pardalis (Buprestidae)


Lampetis cupreosparsa (Buprestidae)
L. dives (Buprestidae)
L. doncheri (Buprestidae)
L. instabilis (Buprestidae)
L. solieri (Buprestidae)



Gonipterus gibberus (Curculionidae)


Gonipterus scutellatus (Curculionidae)


Asynonychus cervinus (Curculionidae)



Naupactatus longimanus (Curculionidae)
N. xanthographus (Curculionidae)
N. bipes (Curculionidae)
N. condecoratus (Curculionidae)
N. elegans (Curculionidae)

Miremorphus eucalypti (Curculionidae)
Phaops andamantina (Curculionidae)


Rhigus sp. (Curculionidae)
Rhigus tribuloides (Curculionidae)

Cyphus luridus (Curculionidae)
Heilipus fallax (Curculionidae)
Hoplopactus injucundus (Curculionidae)
Hypsonotus sp. (Curculionidae)


Euetheola humilis (Scarabaeidae)


Bolax flavolineatus (Scarabaeidae)


Geniates barbatus (Scarabaeidae)

Philoclaenia tricostata (Scarabaeidae)

Leucothryreus niveicollis (Scarabaeidae)
Lasiopus cilipes (Scarabaeidae)