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quarta-feira

Pitangueira - Eugenia uniflora L.

Nome popular: Pitangueira
Nome científico: Eugenia uniflora L.
Família: Myrtaceae
Origem: Brasil

Eugenia uniflora L., dicotiledônea da família Myrtaceae. Tem a forma de bolinhas globosas,  carnosa, com as cores vermelha (a mais comum), amarela ou preta e laranja . Na mesma árvore, o fruto poderá ter desde as cores verde, amarelo e alaranjado até a cor vermelho intenso de acordo com o grau de maturação.



(Fotos: Rogério G.M.G. de Oliveira)

Existe outra espécie, homônima a Eugenia uniflora O. Berg, descrita em 1857, e renomeada Eugenia lineatifolia (O. Berg) Mattos em 1993 .

Este fruto não é produzido comercialmente, pois, quando maduro, fica muito tenro e danifica-se facilmente com o transporte, apresentando grande fragilidade. Apesar disto, é apreciado no Brasil, por ser muito saboroso, além de ser rico em cálcio.



(Foto: Rogério G.M.G. de Oliveira)

Árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, onde é encontrada na floresta semidecidual do planalto e nas restingas, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul em regiões de clima subtropical. Apesar de ser tipicamente brasileira, esta espécie atualmente pode ser encontrada na ilha da Madeira (Portugal), na América do Sul (Argentina, Bolívia, Guianas, Paraguai, Uruguai e Venezuela), América Central (incluindo Caribe), América do Norte (exceto Canadá) e África (Gabão, Angola e Madagascar).



É uma árvore medianamente rústica, de porte pequeno a médio, com 2 m a 4 m de altura, mas alcançando, em ótimas condições de clima e de solo, quando adulta, alturas acima de 6 m e até, no máximo, 12 m. A copa globosa é dotada de folhagem perene. As folhas pequenas e verde-escuras, quando amassadas, exalam um forte aroma característico. As flores são brancas e pequenas, tendo utilidade melífera (apreciada por abelhas na fabricação do mel).



A planta é cultivada tradicionalmente em quintais domésticos. O seu plantio é feito simplesmente pela colocação de um caroço de pitanga no solo ou pelo transplante de uma muda até o local adequado ou por meio do próprio fruto. Dá-se bem em quase todo tipo de solo, incluindo os terrenos arenosos junto às praias e terrenos secos. É também usada como árvore ornamental em áreas urbanas de cidades brasileiras, na recuperação de áreas degradadas de sistemas agroflorestais multiestrato e em reflorestamentos heterogêneos. As pitangueiras com frutos são um ótimo atrativo para pássaros e animais silvestres em geral. Além de ser usada na medicina popular para tratar cefaleia.



A tradição popular atribui algumas qualidades terapêuticas às infusões feitas com as folhas verdes da pitangueira ("chá" de pitanga ou "chá" de pitangueira).



Etimologia



A palavra "pitanga" vem do termo tupi pi'tãg, que significa "vermelho", numa referência à cor mais comum do fruto. "Pitangueira" é uma palavra híbrida formada pelo termo "pitanga" e pelo sufixo nominativo plural "eira", do latim ariu, que significa "coleção, quantidade, relação, posse".

Em inglês britânico e norte-americano, o fruto é também conhecido como "pitanga" ou então como brazilian cherry ou surinam cherry ou "south cherry".


Pitanga: brasileira e saborosa, mas cara
 


Como fazer mudas de pitanga
 



Saiba mais:


http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Livro+Pitangueira+Final_000h70en20j02wx7ha0bjxel5pl1bej2.pdf

https://www.plantarum.com.br/prod,idloja,25249,idproduto,5082667,livros-em-portugues-frutas-no-brasil

http://www.jardimcor.com/catalogo-de-especies/eugenia-uniflora/

http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/pitangueira.html

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/576592/1/EVINCI03309.pdf

http://www.saocamilo-sp.br/novo/eventos-noticias/saf/resumo-34.pdf

http://www.scihub.org/ABJNA/PDF/2012/10/ABJNA-3-10-400-405.pdf

https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0033-1352031



Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitanga

Jabuticaba - Plinia cauliflora

Nome popular: Jabuticaba
Nome científico: Plinia cauliflora (Mart.) Kausel 1956.
Família: Myrtaceae
Origem: Brasil

A jabuticaba, também chamada guapuru ou fruita em São Paulo, é o fruto da jabuticabeira, uma árvore frutífera brasileira da família das mirtáceas, nativa da Mata Atlântica. Com a recente mudança na nomenclatura botânica, há divergências sobre a classificação da espécie: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. 1854, Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel 1956 ou Plinia cauliflora (Mart.) Kausel 1956. 

Descrita inicialmente em 1828 a partir de material cultivado, sua origem é desconhecida. Outros nomes populares: jabuticabeira-preta, jabuticabeira-rajada, jabuticabeira-rósea, jabuticabeira-vermelho-branca, jabuticaba-paulista, jabuticaba-ponhema, jabuticaba-açu. Outra espécie de jabuticabeira é a Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg, conhecida como jabuticaba-sabará e encontrada com mais frequência nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, no Brasil.

(Foto: Lilian Ferreira Borges)
Etimologia

"Jabuticaba" é um termo originário da língua tupi. Existem duas etimologias possíveis:
ïapotï'kaba, que significa "frutas em botão";
îabutikaba, que significa "gordura de jabuti", pela junção de îaboti, jabuti, e kaba, gordura.

Características


É planta perenifólia, higrófila e que exige sol de moderado a pleno. A árvore, de até dez metros de altura, tem tronco claro, manchado, liso, com até quarenta centímetros de diâmetro. As folhas, simples, têm até sete centímetros de comprimento. Floresce na primavera e no verão, produzindo grande quantidade de frutos. As flores (e os frutos) crescem em aglomerados no tronco e ramos. Seus frutos pequenos, de casca negra e polpa branca aderida à única semente, são consumidos principalmente in natura, ou na forma de geleia, suco, licor, aguardente, vinho e vinagre.



É uma das frutíferas mais cultivadas, desde o Brasil Colônia, em pomares domésticos. É tradição o aluguel de pés de jabuticaba, o que permite a colheita e o consumo de todas as frutas de um dado pé durante um certo período de tempo. Na cidade de Sabará, em Minas Gerais, no Brasil, é realizado, anualmente, o Festival da Jabuticaba, visando a perpetuar a tradição da cidade como produtora da fruta.

A dispersão dos frutos é feita pela fauna, incluindo aves. As sementes podem ser plantadas com a polpa, mas, para armazená-las, é necessário despolpá-las em água corrente e deixar secar à sombra.

Formas cultivadas

- jabuticaba-açu-paulista: frutos grandes de sabor levemente adstringente, consumidos "in natura"
- jabuticaba-ponhema: muito produtiva, frutos grandes ligeiramente amargos,usada na produção de geléia
- jabuticaba-precoco: frutificação freqüente, frutos pouco resistentes, com casca muito fina
- jabuticaba-vermelha: porte baixo, frutos vermelho-vinho

Componentes

Estão presentes, na polpa da jabuticaba: ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que facilita a digestão e ajuda a eliminar toxinas. Na casca escura existem teores de pectina e a peonidina, além de um pigmento, antocianina, responsável pela coloração azul-arroxeada da jabuticaba 12 . No reino vegetal, a cor da jabuticaba é devido à presença de antocianina, serve para atrair os passarinhos. Isso é importante para espalhar as sementes e garantir a perpetuação da espécie.

Para a medicina, o interesse nas antocianinas é outro: elas têm uma potente ação antioxidante, ou seja, ajudam a eliminar do organismo moléculas instáveis de radicais livres. Esse efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para se compreender porque a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre consumidores de alimentos ricos no pigmento. Ultimamente, surgiram estudos apontando uma nova ligação: as substâncias antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o nível de açúcar no sangue dos diabéticos. Como a maior concentração de antocianinas está na casca da jabuticaba, é recomendável batê-la no preparo de sucos ou usá-la em geleias (as altas temperaturas não afetam suas substâncias benéficas).

Ocorrência

No Brasil, é encontrada em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul. Mais comum em planícies aluviais de beira de rios e em baixadas da mata pluvial e das submatas de altitude, principalmente de pinhais; é rara na mata primária sombria.

Usos

Ornamental, a planta se presta ao paisagismo.

Ecologia

A planta atrai a avifauna.

Usos medicinais

A jabuticaba é utilizada para vários fins, tanto culinários como medicinais. Entre estes, o chá obtido com a casca do fruto é usado como tratamento para diarreias e disenterias, e para tratamento de inflamações crônicas nas amídalas pode-se fazer gargarejos com esse chá. Entre outras propriedades fitoterápicas, destacam-se antiasmática, hemoptise, inflamações dos intestinos.

Suco

O suco extraído da jabuticaba é culturalmente chamado em Minas Gerais de "jabuticabada", nome que já se espalhou por todo o Brasil. A famosa jabuticabada era usada por muitas tribos indígenas para alimentar, principalmente, gestantes, por ser rica em ferro.

Vinho de jabuticaba

Ao chegar na Mesorregião do Noroeste Fluminense, no Brasil, em fins do século XIX, os imigrantes italianos quiseram perpetuar o seu costume de fabricação e consumo de vinho. Não encontrando as uvas às quais estavam acostumados, os italianos passaram a fabricar vinho a partir das jabuticabas. Essa bebida tornou-se uma bebida típica da região.

Madeira

Por ser resistente, a madeira pode ser usada para o preparo de vigas, esteios, dormentes e obras internas. 

Aspectos econômicos

O potencial econômico da fruta é alto para consumo "in natura", entretanto por ser muito perecível seu período pós colheita é curto. A jabuticaba ainda é considerada uma fruta de pomares, mas a sua comercialização vem crescendo. 

Fenologia

A floração ocorre duas vezes ao ano, geralmente de julho a agosto e de novembro a dezembro, com os frutos amadurecendo entre agosto e setembro e de janeiro a fevereiro. Quando a planta é obtida por semente a primeira produção tem início após um período de 8 a 12 anos. Em condições de clima ideal podem ocorrer até 5 floradas. Sementes de frutos imaturos com 15 a 17 dias podem germinar.

Cultivo em pequena escala



O cultivo de enxertos é mais simples que desde a semente. Plantas enxertadas requerem manutenção cuidadosa e vivem menos tempo, embora produzam mais jovens. A taxa de germinação das sementes de jabuticaba é baixa. A planta jovem precisa ser mantida em ambiente semi-sombreado nos primeiros meses de vida. É preciso manter a terra sempre úmida, regar constantemente e podar os ramos baixos.


Entre safras, é necessário escovar o tronco e os galhos para retirar cascas e resíduos das frutas e/ou flores antigas. Para manter úmido, uma boa dica é colocar uma garrafa grande com um furo na base cheia de água ao lado do tronco. Porém regas constantes são indispensáveis para uma boa colheita. Para colher, espere os frutos estarem bem maduros, bem pretos e brilhantes. Quanto mais maduros, mais doces serão os frutos.



Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jabuticaba
http://www.youtube.com

domingo

Árvores que curam

Botânico da Universidade de São Paulo (USP) fala sobre a sucuuba, uma espécie de árvore que consegue sobreviver até cinco meses submersa pelas cheias dos rios da Amazônia. Adaptada à várzea, a planta acumula mais açúcares e gasta menos energia para não perecer quando se encontra coberta pelas águas. (Fonte: Fapesp) 



Saiba mais: 
http://revistapesquisa.fapesp.br/2009/11/01/submersa-em-modo-stand-by/

Os estudos ainda estão em andamento. Mas ,os resultados são animadores. E a Aveloz poderá ser o primeiro remédio 100 por cento nacional no tratamento de tumores. (Fonte: TV Cultura - You Tube)

   

 O estudo mostra que as folha da árvore encontrada na Mata Atlântica tem maior poder medicinal no tratamento de úlceras gástricas do que o caule usado normalmente como remédio.  (Fonte: TV Cultura - You Tube)

 

Saiba mais: 
http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/01/18/culturas-da-saude/

Pesquisadores dos EUA e de outras partes do mundo descobriram que substâncias encontradas na folha da graviola atuam de maneira extremamente potente contra células cancerígenas malignas.
Nas pesquisas realizadas, foi possível concluir que a ação das acitogeninas, substâncias presentes na folha da planta, conseguem destruir células cancerígenas com uma força 10 mil vezes superior à da quimioterapia.
Até o momento, a indústria farmacêutica não conseguiu sintetizar o princípio ativo da substância, fazendo com que a descoberta não tenha chegado ao público.
Uma das informações mais surpreendentes é que as acitogeninas atuam exclusivamente nas células cancerígenas, não afetando células saudáveis, ao contrário do que ocorre com a quimioterapia.
Os testes realizados apontam que células malignas de 12 tipos de câncer são afetados pelo extrato das folhas, incluindo cólon, mama, próstata, pulmão e pâncreas.


Fonte: Vidasim -  Seu guia digital de saúde e bem estar - Graviola e a cura do câncer, 07/01/2015 em Saúde

segunda-feira

Flamboyant (Delonix regia)

Originário de Madagascar, o flamboyant (Delonix regia) é considerado uma das árvores mais belas do mundo, devido ao colorido intenso de suas flores. Frondoso, possui tronco forte e um pouco retorcido, podendo alcançar cerca de 12 metros de altura. Sua copa é muito ampla, em forma de guarda-chuva, e pode ser mais larga do que a própria altura da árvore.
(ESALQ-USP, Piracicaba-SP)

O nome, originário do francês, significa flamejante, adjetivo justificado pela acentuada coloração vermelha de suas flores. A árvore, trazida para o Brasil no início do século 19, na época de D. João VI, adaptou-se perfeitamente ao clima e solo brasileiros. Hoje ela é mais comum na região Sudeste, e
muito utilizada em projetos paisagísticos, sendo indicada para áreas abertas com grandes espaços que possibilitem seu desenvolvimento.

A cor flamejante que deu nome à árvore, entretanto, não é a única. Há variedades com flores em tonalidades mais claras, como alaranjado-claro e salmão amarelado.
O crescimento é bastante rápido, chegando a 1,5 metro por ano, até a idade adulta. Quando a árvore perde as folhas, surgem as inflorescências, compostas por flores grandes, o que ocorre na primavera e no verão.
As raízes do flamboyant são bastante agressivas, com parte delas acima da superfície, tornando-o impróprio para a uso na ornamentação de calçadas, ruas ou nas proximidades de tubulações de água, esgoto, paredes e fiação elétrica. Sua beleza se destaca quando plantado, isolado ou em pequenos grupos, em áreas extensas, como parques, praças ou amplos jardins de residências, indústrias e sítios.

A beleza irresistível desta árvore pode ser observada em vários pontos, como em algumas avenidas, na Rodovia do Açúcar e ornamentando o prédio principal da Esalq.

Adaptado:  Thame, N. 2014. Jardim & Cia. Gazeta de Piracicaba, ano XII, nº 2542, Piracicaba, SP.

terça-feira

As plantas e a atração de polinizadores e visitantes florais

Pigmentos e substâncias voláteis conduzem o polinizador e o dispersor de frutos a suas fontes de alimento.
Uma vez que ambas as partes terão vantagens, as substâncias de atração atuam como sinomônios (substância infoquímica cujo benefício é para planta e o visitante). 

A coloração das partes florais (pétalas, anteras, e pólens) e dos frutos ocorre devido aos pigmentos ligados às biomembranas (carotenóides), às paredes celulares (flobafeno marrom e melanina preta) e aos glucosídeos dissolvidos no suco celular. A cor depende da estrutura molecular do pigmento (estrutura básica dos flavonídes, da betalaína e dos carotenóides), das substituições na estrutura básica, de possíveis ligações com o Fe3+ e o Al3+, formando complexos, e do valor do pH do suco celular. Dessa forma, é possível a ocorrência de um fino gradiente de cor, do creme passando pelo amarelo, rosa, vermelho azul, até o violeta-escuro. O ultravioleta assinala o acesso às flores para os himenópteros e alguns dípteros que conseguem enxergar este comprimento de onda em partes florais. Os pássaros são atraídos pelas cores fortes e também pelo ultravioleta que é refletido na superfície cerosa de alguns frutos.

Substâncias aromáticas atraem insetos, pássaros e mamíferos até as flores e os frutos nas épocas mais favoráveis, quando estão abertos ou maduros, respectivamente. Frequentemente, essa emissão está sincronizada com as horas de atividade do polinizador (mariposas, morcegos) ou do frugívero.

As essências voláteis emitidas pelas plantas são quase sempre misturas de compostos do metabolismo secundário, especialmente monoterpenos (óleos essenciais) álcools alifáticos, cetonas, ésteres, ácidos graxos, compostos aromáticos (vanilina, eugenol), aminas e derivados do indol. Um caso especial é representado pela alta especificidade entre o polinizador e espécies de orquídeas do gênero Orphiys. Neste caso, terpenóides cíclicos exalados da orquídea imitam um feromônio sexual de abelhas selvagens. Por meio do movimento de copulação do macho, iludido com as partes florais, dá-se o complicado transporte de pólen até o estigma.

Tipos de pigmentos nas flores e os polinizadores correspondentes (Habone,1988 - modificado).

Cor  (Pigmento) - Polinizador

Branco, creme (Leucoanto-cianidina) - Principalmente abelhas
Amarelo (Carotenóides, flavonóides, chalconas) - Abelhas, borboletas e pássaros
Amarelo/púrpura (Betalaína) - Abelhas, borboletas
Laranja (Carotenóides, pelargonidina + aurona) - Abelhas, borboletas e pássaros
Rosa (Peonidina) - (Abelhas*), dípteros, borboletas e pássaros
Vermelho/púrpura (Pelargonidina, cianidina, carotenóides) - (Abelhas*), dípteros, borboletas e pássaros
Azul (Cianidina, delfinidina) -  Abelhas, borboletas e pássaros
Violeta (Delfinidina) - Abelhas e borboletas
Verde (Clorofilas) - Dípteros e morcegos

* As abelhas e outros himenópteros não são capazes de enxergar o vermelho; nas flores vermelhas, elas são guiadas pelo UltraVioleta do néctar e pelo amarelo ou azul dos estames.

Fonte: Larcher, Walter. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos: Rima, 531p., 2000. 
 
Algumas árvores para atrair abelhas:

  Cordia trichotoma – louro-pardo;
  Mutinga calabura – calabura;
  Caesalpinia peltophoroides – sibipiruna;
  Cassia leptophylla – falso-barbatimão;
  Schizolobium parahyba – guapuruvu;
  Senna bicapsularis – canudo-de-pito;
  Anadenanthera colubrina – angico;
  Tibouchina granulosa – quaresmeira;
  Cecropia pachystachya – embauba;
  Morus nigra – amora;
  Eucalyptus tereticornis – eucalipto-vermelho;
  Hovenia dulcis – uva-do-japão;
  Citrus limon – limão-siciliano;
  Dombeya wallichii – astrapeia;
  Luehea divaricata – açoita-cavalo;
  Vitex agnus-castus – vitex;
  Chorisia speciosa – paineira.

sexta-feira

As árvores e a sensação de conforto térmico

O que era apenas uma intuição foi comprovado cientificamente: em dias de sol pleno, a sensação de conforto térmico em áreas externas próximas às árvores é muito melhor do que naquelas em que não há vegetação nas proximidades. A dissertação de mestrado desenvolvida na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) pela arquiteta Loyde Vieira de Abreu constatou que a sensação de bem-estar ocorre mesmo fora da sombra oferecida pela copa da árvore, numa distância entre 10 e 15 metros do tronco, fato que, segundo a pesquisadora, era desconhecido na literatura.

A sensação agradável na sombra de uma árvore já foi, inclusive, comprovada por métodos científicos. Neste sentido, o estudo buscou identificar o raio de influência no conforto térmico alcançado por espécies comuns encontradas em Campinas. “Existem poucos dados conhecidos sobre os benefícios trazidos pelas árvores e grupos de árvores nesta área. Por isso, quis entender como se comportam as diferentes espécies no microclima urbano, em razão de suas características morfológicas”, esclarece.

Orientada pela professora Lucila Chebel Labaki, Loyde fez várias medições de temperatura e umidade, utilizando aparelhos como solarímetro e globo de cobre pintado de cinza. Isto para aferir o efeito da sensação térmica simulando uma pessoa fazendo caminhadas leves com roupas também leves.

O estudo contemplou o ipê-amarelo, o jacarandá mimoso, a chuva de ouro, o jambolão e a mangueira. Para cada uma das espécies, ela permaneceu três dias, das 6 horas da manhã até as 18 horas, para conseguir parâmetros ideais de avaliação. Para as conclusões sobre a sensação térmica, Loyde utilizou como base a zona de conforto tridimensional feita para a cidade de Campinas por pesquisadores da própria FEC. Ela mediu ainda as sensações para distâncias entre 10, 25 e 50 metros e distâncias menores a cada 2,5 metros até 15 metros. Pelos cálculos, em um raio de 50 metros praticamente não teve nenhuma influência térmica.

Outro aspecto do trabalho foi a análise do ciclo hidrológico a partir da evapotranspiração, ou seja, a capacidade de transformar água em vapor, ocorrendo como conseqüência a termo-regulação do ambiente de maneira natural. Com isso, a pesquisa também calculou a média de consumo de água pelas árvores estudadas. O jambolão, por exemplo, consome 100 litros de água por dia e a chuva de ouro, apenas 30. O estudo foi financiado pela Fapesp. 

Fonte: Santos, R. C. Jornal da Unicamp. Campinas, 29 de setembro a 5 de outubro de 2008 – Nº 411. Disponível em: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2008/ju411_pag08b.php#

Influência das árvores no microclima

As árvores são citadas como os melhores reguladores climáticos existentes (LEAL, 2012). Entre outras funções, têm sido apontadas como elemento fundamental para minimizar os efeitos da alteração do clima provocado pelas ações humanas, o resfriamento do ar, o aumento da umidade relativa e as mudanças na ventilação (DIMOUDI; NIKOLOPOULOU, 2003). A utilização da vegetação é uma das estratégias recomendadas pelo projeto ambiental, para reduzir o consumo de energia, minimizar os efeitos da ilha de calor e da poluição urbana (LIMA, 2009). 
Segundo Leal (2012), o planejamento da arborização urbana é uma das medidas mais eficientes para promover mudanças principalmente no microclima urbano. Neste planejamento devem-se considerar as concentrações dos serviços urbanos, que geram microclimas característicos das ilhas de calor, pois nestes locais há maior necessidade da concentração de vegetação. 
A vegetação exerce diversos efeitos no microclima urbano (LIMA, 2009). No verão, funciona como um verdadeiro ar condicionado natural, pois melhora a temperatura do ar com a sua evapotranspiração (HEISLER, 1974). Grey e Deneke (1986) afirmam que uma árvore isolada pode transpirar em média 380 litros de água por dia, o que provoca um resfriamento equivalente ao de cinco aparelhos de ar 
condicionado médios, em funcionamento por vinte horas.

Streiling e Matzarakis (2003) demonstraram que um pequeno grupo de árvores, bem como uma única árvore, podem ter efeitos positivos no clima urbano. 
Silveira (1999) afirma que em áreas cobertas por vegetação, as temperaturas são menores do que o entorno desprovido de massa vegetal, isto porque a vegetação diminui a absorção por radiação e, portanto, diminui a dissipação de calor por ondas longas. Souch e Souch (1993) em estudo de diferentes espécies e condições de plantio verificaram uma redução na temperatura e um aumento na umidade do ar 
sob a folhagem das árvores. 
Gouvêa (2002), na estação seca, comparou a temperatura entre a superfície exposta à insolação direta e à sombra (sob as árvores), encontrando uma diferença de 10 °C a 1,20 m do solo, e de até 23 °C sobre o piso de grama. Com estes resultados, o autor sugeriu a implantação de caminhos sombreados com vegetação arbórea, de copa perene e compatível com os sistemas viário e de infraestrutura, além de considerar a orientação solar das vias e o sombreamento nas faixas de rolamento, de maneira a reduzir sua temperatura. 
Nas questões relativas ao desempenho térmico, a vegetação apresenta menor capacidade calorífera e condutividade térmica do que os materiais dos edifícios e grande capacidade de absorção da radiação solar pelas folhas, resultando em menor reflexão (albedo baixo) (ROMERO, 2001). Assim, a sensação de bem-estar da pessoa em relação ao ambiente térmico, irá depender das características da espécie vegetal, do tipo de agrupamento entre indivíduos arbóreos, da composição de espécies em um tipo de agrupamento e do padrão resultante da composição e estrutura entre os indivíduos (BARTHOLOMEI, 2003).



Fontes: 
Martini, A. (2013) Microclima e conforto térmico proporcionado pelas árvores de rua na cidade 
de Curitiba, PR/ Angeline Martini. 129 p. 
YouTube:Jorge Villalobos

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segunda-feira

Árvores que dividem espaço com automóveis e motocicletas

Fato dificílimo de ocorrer, mas como já foi publicado aqui, pode ser encontrado em algumas cidades do Brasil como Manaus-AM e Piracicaba-SP onde oitis e pau-pretinhos, são encontrados dividindo espaço com veículos.

É inegável a quantidade de benefícios que o exemplar da foto está proporcionando no período de calor intenso e elevada emissão de radiação ultravioleta (UV) aos veículos, ao asfalto, aos transeuntes, abrigo para a avifauna e valorização do estabelecimento onde se encontra esta árvore. A frondosa sibipiruna (Caesalpinia pluviosa), espécie nativa da mata atlântica,  divide espaço público com carros e motocicletas em via pública. Benefícios que deveriam ser compensados com o aumento de sua área permeável na região do colo e a remoção da iluminação instalada em seu fuste. 

Na Rua São Francisco de Assis, também encontramos belíssimos pés de Magnólia-amarela (Michelia champaca), árvore de folhas perenes, nativa do sudeste asiático e ásia meridional muito conhecida por sua forte fragrância e flores amarelas, plantadas entre o meio-fio e a via pública na cidade de Piracicaba-SP sem levantamento do pavimento.


Detalhe da área permeável na região do colo das árvores.


A árvore que deu o nome à nossa terra

O pau-brasil era usado na Europa, desde o século IX. A indústria de tecidos entrava em expansão e havia a necessidade de corantes, que eram então trazidos do Oriente. Eram quase todos de origem vegetal e chegavam à Europa através de mercadores árabes, que atravessavam o Mar Vermelho, o Egito e o Mar Mediterrâneo.
Naquela época, a moda era tingir-se os tecidos com cores fortes, principalmente o vermelho. Uma lei inglesa limitava o uso da cor púrpura somente à família real e os corantes eram obtidos da matéria-prima brasilina, que é o princípio ativo retirado do cerne da madeira pau-brasil.
Quando o pau-brasil foi encontrado nas matas do Novo Mundo, essa nova fonte de corantes foi considerada muito mais viável que a anterior, que dependia em grande parte do transporte terrestre. Em 1514, nosso país ainda se chamava Terra de Santa Cruz, mas, na Europa todos o chamavam de Terra do Brasil, pois esse era o seu único produto de exportação. O nome original foi esquecido e substituído.
O pau-brasil foi assim o produto que marcou o primeiro ciclo econômico brasileiro. O pau-brasil foi monopólio da coroa portuguesa e depois da brasileira, desde 1503 até 1859, apesar de toda a pirataria dos espanhóis, franceses e holandeses, que nunca levara a sério o Tratado de Tordesilhas.
Todas as medidas tomadas pelos governos tinham a ver apenas com os direitos de exploração e comercialização. Ninguém se preocupava com a possibilidade da extinção da espécie. Por volta de 1826, começaram a aparecer no mundo as anilinas sintéticas, inventadas pelos alemães, e assim, a partir de 1859, a importância comercial do pau-brasil começou a declinar, assim como a própria planta, que praticamente desapareceu de nossas florestas.

O desprezo

Em 1902, a Avenida Rio Branco na cidade do Rio de Janeiro chegou a ser totalmente arborizada com pau-brasil, por iniciativa do Ministro Lauro Müller. Mas a imprensa carioca ridicularizou a campanha, utilizando-se de charges depreciativas, a ponto de obrigar a administração pública a destruí-las, substituindo-as por outras árvores, de origem estrangeira. Se isso não houvesse acontecido, teríamos no Rio hoje alamedas de pau-brasil com mais de 100 anos de idade.

A restauração - árvore nacional, por lei

Em 1970, o Professor Roldão de Siqueira Fontes iniciou em Pernambuco o Movimento em Defesa do Pau-Brasil, que foi posteriormente apoiado e ampliado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), quando foi lançada uma campanha de âmbito nacional. Foram então plantadas pelo Prof. Roldão 50.000 árvores no perímetro da margem de segurança da barragem do rio Tapacurá. O Prof. Roldão conseguiu também sensibilizar o Congresso Nacional, para que fosse promulgada a Lei Federal 6.607, de 7 de dezembro de 1978, que instituiu o pau-brasil como Árvore Nacional e determina o dia 3 de Maio como o Dia do Pau-Brasil.

O pau-brasil

O nome científico do pau-brasil é Caesalpinia echinata (Lamarck). É da família Leguminosae. É uma árvore de grande porte, podendo alcançar mais de 20 metros de altura.
O pau-brasil presta-se a todo tipo de construção, por sua dureza e flexibilidade, que o tornam inigualável no fabrico de arcos e violinos. Sua resistência é comprovada por séculos de utilização. É também muito decorativo, pelo seu tronco altivo, flores lindas e sombras frescas.

O tronco

O pau-brasil tem tronco linheiro, com fibras grandes e retas, com diâmetro que chega até um metro, na fase adulta. Uma de suas características principais são os acúleos, que aparecem durante o estágio de crescimento. Com o passar do tempo, a casca torna-se cinzenta e escura e os acúleos desaparecem, mantendo-se apenas nos galhos mais jovens. O alburno é de cor branco amarelado, sendo espesso enquanto a planta é nova, diminuindo com a idade, cedendo lugar ao miolo e ao cerne, que é de cor vermelha intensa, mais resistente à umidade. Quando a árvore é nova, o cerne é mínimo, mas chega a constituir praticamente todo o miolo da árvore, quando passa dos 10 anos. Esse cerne é a parte valiosa que no passado era tão importante como fonte de corante vermelho para os europeus.

Raiz, folhas, flores

As raízes do pau-brasil forma um sistema rico e vigoroso. As folhas são compostas, divididas com 8 a 18 folíolos de cor verde brilhante, em forma de losangos de cantos arredondados, e podem se armar, com o tempo, em copas fechadas, que produzem sombras agradáveis. As flores são muito bonitas, amarelas com cinco pétalas, sendo uma com base vermelha. Exalam perfume agradável e duram cerca de dois dias, sendo motivo de atração para abelhas que, nesses bosques, produzem mel de excelente sabor. a floração, no Nordeste do Brasil, ocorre principalmente entre dezembro e maio.

Frutos e sementes

Os frutos do pau-brasil têm o formato de vagens, de cor marrom, cobertos de pequenos espinhos. Quando secam, abrem-se e contorcem-se com um estalo, atirando para longe até quatro sementes. As sementes são chatas e de cor marrom com pontuações de diferentes tonalidades e podem germinar com facilidade enquanto estejam novas, até menos de 30 dias de idade, mas não devem ser armazenadas por mais de um mês.

Fonte: A árvore que deu o nome à nossa terra. História do Pau-Brasil. Amway do Brasil. Fundação Nacional do Pau-Brasil.

sábado

Principais árvores frutíferas nativas do Brasil

Nome comum - Nome científico (Família) - Origem

Abio - Pouteria caimito (Sapotaceae) - Amazônia, Mata atlântica
Abio-piloso - Pouteria torta (Sapotaceae) - Amazônia, Mata atlântica, Cerrado
Açaí - Euterpe oleraceae (Arecaceae) - Amazônia
Camu-camu - Myrciaria dubia (Myrtaceae) - Amazônia
Araçá - Psidium cattleianum (Myrtaceae) - Mata atlântica
Araticum - Annona coriacea (Annonaceae) - Cerrado
Araticum-do-mato - Rollinia spp. (Annonaceae) - Todo o país
Babaçú - Orbignya speciosa (Arecaceae) - Amazônia, Floresta atlântica
Bacupari - Garcinia gardneriana (Clusiaceae) - Amazônica, Mata atlântica
Bacuri - Attalea pholerata (Arecaceae) - Pantanal, Cerrado, Mata atlântica
Bacuri-grande - Platonia insignis (Arecaceae) - Amazônia
Barú - Dipterix alata (Leguminosae) - Cerrado
Butiá - Butia eriospatha (Arecaceae) - Mata atlântica
Cabeludinha - Paramyrciaria glomerata (Myrtaceae) - Mata atlântica
Cacau - Theobroma cacao (Malvaceae) - Amazônia
Cagaita - Eugenia dysenterica (Myrtaceae) - Cerrado
Cajá-grande - Spondias venulosa (Anacardiaceae) - Caatinga
Cajá-pequeno - Spondia mombia (Anacardiaceae) - Amazônia, Mata atlântica
Cajú - Anacardium occidentale (Anacardiaceae) - Amazônia
Cajuí - Anacardium giganteum (Anacardiaceae) - Amazônia 
Castanha-do-maranhão - Bombacopsis glabra (Bombacaceae) - Mata atlântica
Castanha-do-pará - Bertholletia excelsa (Lecythidaceae) - Amazônia
Cerejeira-do-mato - Eugenia involucrata (Myrtaceae) - Mata atlântica
Coco - Cocos nucifera (Arecaceae) - Costa nordeste do país
Cupuaçú - Theobroma grandiflorum (Malvaceae) - Amazônia
Goiaba - Psidium guajava (Myrtaceae) - Todo o país
Grumixama - Eugenia brasiliensis (Myrtaceae) - Mata atlântica
Guabiju - Myrcianthes pungens (Myrtaceae) - Mata atlântica
Guabiroba - Campomanesia xanthocarpa (Myrtaceae) - Mata atlântica
Ingá - Inga spp. (Leguminosae) - Todo o país
Jabuticaba - Myrciaria cauliflora (Myrtaceae) - Mata atlântica
Jaracatiá - Jaracatia spinosa (Caricaraceae) - Mata atlântica
Jatobá - Hymenaea spp. (Leguminosae) - Amazônia, Cerrado, Mata atlântica
Jenipapo - Genipa americana (Rubiaceae) - Cerrado, Mata atlântica
Juazeiro - Zizyphus joazeira (Rhamnaceae) - Caatinga
Mama-de-cadela - Brosimum gaudichaudii (Moraceae) - Cerrado
Mamoeiro-do-mato - Carica quercifolia (Caricaraceae) - Mata atlântica
Mangaba - Hancornia speciosa (Apocynaceae) - Cerrado
Marmelinho - Alibertia edulis (Rubiaceae) - Cerrado
Marolo - Annona crassiflora (Annonaceae) - Cerrado
Munguba - Pachira aquatica (Bombacaceae) - Amazônia
Murici - Byrsonima spp. (Malpighiaceae) - Cerrado
Pequi - Caryocar brasiliense (Caryocaraceae) - Cerrado
Pêssego-do-mato - Hexachlamys edulis (Myrtaceae) - Cerrado
Pitanga - Eugenia uniflora (Myrtaceae) - Mata atlântica
Pitomba - Talisia esculenta (Sapindaceae) - Mata atlântica
Pupunha - Bactris gasipaes (Arecaceae) - Amazônia
Sete-capote - Campomanesia guazumifolia (Myrtaceae) - Cerrado, Mata atlântica
Siputá - Salacia eliptica (Hippocrateaceae) - Caatinga, Mata atlântica
Tarumã - Vitex spp. (Verbenaceae) - Todo o país
Tucumã - Astrocarym vulgare (Arecaceae) - Amazônia
Umbu - Spondias tuberosa (Anacardiaceae) - Caatinga
Uvaia - Eugenia pyriformis (Myrtaceae) - Mata atlântica


Fonte: Viani, R. A. G.; Rodrigues, R. R. Árvores frutíferas nativas do Brasil: Importância, usos e diversidade de espécies. Plantas, Flores & Jardins. p. 50-57

domingo

Sibipiruna - Cenostigma pluviosum

Nome Científico: Cenostigma pluviosum (DC.) Gagnon & G.P.Lewis.
Sinonímia: Poincianella pluviosa (DC.) L.P.Queiroz.
Família: Fabaceae (Leguminosae)


Características Morfológicas: Esta árvore tem, em média, entre oito e 16 metros de altura, com um tronco que varia de 30 a 40 centímetros de diâmetro. As folhas são compostas bipinadas, com 20 a 25 centímetros de comprimento.


Origem: Brasil. Aparentemente é nativa da Mata Atlântica, mas também há registro de exemplares no Pantanal mato-grossense e outras regiões do país.


Ocorrência Natural: Matas primárias e secundárias.


A sibipiruna é uma árvore típica da Mata Atlântica, de grande porte, perenifólia, chegando a medir mais de 20 metros de altura (normalmente entre 6-18m) com copa arredondada e muito vistosa. Comum em ruas, parques e avenidas de muitas cidades do Brasil é facilmente confundida com outras espécies como o pau-brasil ou pau-ferro pela semelhança da sua folhagem. Muito utilizada na arborização em diversas cidades do Brasil e especialmente na cidade de São Paulo. A cidade de Maringá, no Paraná, possui arborização com 80% em sibipiruna.


É indicada para plantios mistos em áreas degradadas de preservação permanente. Além de ornamentar passeios públicos, a madeira da sibipiruna tem várias aplicações práticas, sendo usada tanto na construção civil (para a confecção de ripas e caibros) como na estrutura de móveis e caixotaria, pois é bastante resistente.
Floresce entre agosto e novembro.  Suas inflorescências são amarelas.

As folhas são bipinadas com haste central de 20–25 cm de comprimento com 8-9 pares de pinas, cada uma com cerca de 11-13 pares de folíolos de 10-12mm por pina. A floração ocorre entre a partir de agosto podendo estender-se até o final do verão, produzindo inflorescências em rácemos cônicos eretos com flores amarelas. A frutificação dá origem a vagens compostas de duas valvas secas, lenhosas, longas e coriáceas com 7,6-12,0 cm de comprimento por 2,7-3,1 cm de largura. Quando maduras, as vagens rompem-se por torção em deiscência explosiva arremessando de 1-5 sementes. Estas são comprimidas, irregularmente circulares, transversas, ovato-obovadas ou orbiculares a subglobosas, com testa dura e muito rígida, clara, grossa ou sem albúmen, provida de um bico no hilo e marginada. 

Pragas:

Psylla sp. (Hemiptera: Psyllidae)

Psilídeo de alguns milímetros de comprimento, com a aparência de minúsculas cigarras, que suga constantemente os brotos novos durante a floração da sibipiruna, e liberam uma secreção pegajosa.



Saiba mais:

quinta-feira

Como as árvores funcionam

As árvores como qualquer outro ser vivo nasce, cresce, reproduz e morre. As árvores apresentam crescimento modular, onde cada parte da árvore funciona de maneira relativamente independente, um tecido danificado pode ser substituído por outro. As árvores crescem em espessura. A parte viva fica concentrada na região externa - no cerne do tronco, uma estrutura rígida sustenta a planta. Sua composição química a protege de alguns dos inimigos naturais como fungos e insetos. 
As primeiras árvores apareceram há aproximadamente 390 milhões de anos.
A Ginkgo biloba, surgida há 180 milhões de anos, cobrem a China e o Japão até hoje. Mas o período de vida de uma árvore varia muito. Um pessegueiro não passa dos 30 anos, enquanto uma sequóia gigante, espécie de conífera americana, supera os 3 000 anos de idade. 
Do total de sementes produzidas por uma árvore 95% morrem antes de germinar. Da pequena porcentagem que supera essa primeira etapa, apenas 5% sobrevive ao primeiro ano de vida. Há perigos durante toda a trajetória: falta de água ou de nutrientes no solo, variações inesperadas de temperatura, ventos fortes, poluição e etc. 
A quantidade de CO2 que uma árvore pode absorver depende da sua espécie, da sua exposição à luz, do tempo necessário para o seu crescimento, e de características locais, tais como o solo, recursos hídricos disponíveis e a latitude onde a árvore se encontra. Existem várias maneiras de calcular o total de CO2 que uma árvore é capaz de absorver. Totais aceitos pela comunidade científica variam entre 10 a 30kg de absorção de CO2 por árvore por ano. O que se sabe com certeza é que a absorção de CO2 é relativamente baixa durante os primeiros dois a três anos de vida de uma árvore. Depois essa fase, a taxa de absorção aumenta significativamente, e a árvore absorve uma porção considerável de CO2. A taxa de absorção começa a cair uma vez que a árvore atinge 18 anos de idade. Conhecido como a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), o tratado ambiental internacional das Nações Unidas calcula que uma árvore absorve cerca de 10kg de CO2.


"INFÂNCIA"
Com poucos dias de vida, a árvore já tem o essencial para sobreviver: uma raiz, que suga do solo água e sais minerais; o xilema, conjunto de vasos que levam a solução às folhas que captam a luz solar e com isso fabricar alimento para as outras partes da árvore; e o floema, tecido que distribui os nutrientes das folhas para o resto da planta.
"ADOLESCÊNCIA"
A árvore jovem espicha tanto para cima quanto para baixo. Na ponta do caule e da raiz fica o meristema, tecido que promove o crescimento. Diferentemente do que ocorre com os outros vegetais, o caule da árvore também engrossa: o tecido chamado de câmbio cria novas células e engorda a planta.
IDADE ADULTA
A árvore torna-se madura quando está pronta para se reproduzir. Minerais e açúcares são usados para desenvolver flores - onde a fertilização dos óvulos gera sementes - e frutos, que protegem as sementes até que germinem. 
"TERCEIRA IDADE"
Na velhice vegetal, o crescimento diminui, os processos de regeneração são cada vez mais lentos e as raízes não conseguem mais retirar do solo água e sais minerais em quantidade suficiente. No tronco, os vasos que conduzem nutrientes param de funcionar. As folhas caem, os galhos perdem o viço, a casca se desprende e o tronco pode tombar. É o fim da vida.
COPA
As folhas proliferam na fase adulta, quando aumenta a produção de alimento. Uma macieira chega a ter 100 000 delas. Em geral, árvores tropicais têm folhas o ano inteiro. Já espécies de zonas temperadas, como o carvalho e o castanheiro, chamadas de caducas, perdem as folhas no inverno para evitar a perda d'água pela planta. Assim, transpira menos e retém mais líquido.
FLOR
Nas espécies chamadas gimnospermas, como pinheiros e ciprestes, as flores não têm pétalas: os órgãos reprodutores ficam descobertos. Já nas angiospermas - o ipê e a paineira, por exemplo - as flores coloridas atraem insetos, que levam o pólen até o óvulo da flor, fecundando-o. Há ainda espécies cujas pétalas mudam de cor para avisar que o óvulo já foi fertilizado.
SEMENTE
A semente possui uma casca protetora e uma reserva de nutrientes para alimentar o embrião até que a planta ganhe folhas. Para que a germinação ocorra, a semente necessita de água, ausência de luz e oxigênio, assim o embrião aumenta de tamanho até romper a casca.
RAÍZES
Na floresta, a maioria das raízes não se aprofunda no solo: ficam próximas da superfície, onde se concentram a água e os sais minerais. 

TRONCO
O tronco tem duas seções: uma viva e outra morta. A primeira se concentra nas camadas externas, onde ficam os tecidos que transportam nutrientes e fazem a árvore "engordar". A segunda (o cerne) fica no miolo e é esse tecido morto que constitui a madeira sólida.
FRUTOS
Alimentos carnudos e suculentos, os frutos atraem animais que acabam levando as sementes para germinar longe da árvore matriz (árvore-mãe). Essa é uma das principais técnicas de dispersão em florestas tropicais. Nas regiões frias, parte das árvores têm sementes pequenas e aladas, que são espalhados pelo vento.
Mais informações: Árvore - Wikipédia

Fonte: 
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-nascem-crescem-vivem-e-morrem-as-arvores
http://www.guiato.com.br/meioambiente/blog-neutro-co2/1-blog-1-arvore-como-funciona/