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sábado

Telhado Vivo ou Telhado claro?

Por Inês Reis e Márcia Marques






Um estudo recente do Laboratório Nacional Lawrence Berkley, na Califórnia, mostrou que pintar os telhados de branco ajuda a combater o aquecimento global.

Enquanto as coberturas escuras absorvem 80% do calor externo, as claras refletem até 90% da luz solar.

Com isso, cidades com mais telhados brancos sofreriam menos com as ilhas de calor. Além disso, a temperatura interna também diminui e, assim, os ambientes exigem menos ar condicionado - o que reduz o consumo de energia e as emissões de gás carbônico.


Em contra partida, moradores ecologicamente corretos criam jardins no topo de casas e prédios.

Telhados verdes ou EcoTetos também contribuem para a causa. Além de combater o aumento das temperaturas do globo, como as coberturas brancas, têm a qualidade de reduzir a velocidade de vazão da água das chuvas, evitando enchentes.

O interesse crescente em livrar-se de telhas, deve-se a boa vontade de moradores ecologicamente corretos em preservar o meio ambiente.

Os telhados verdes, literalmente, consiste em instalar um jardim - leia-se terra, sementes, mudas e, em alguns casos, árvores - em cima de casas, empresas ou apartamentos de cobertura.

Quem opta por esse recurso consegue reduzir em até 30% o valor da conta de luz. O ecoteto garante temperatura 5 graus menor no verão e 5 graus maior no inverno, o que diminui a necessidade do uso do ar-condicionado e aquecedor. A longo prazo, a economia compensa os gastos iniciais: enquanto um revestimento de cerâmica sai por até 100 reais o metro quadrado, o telhado sustentável custa a partir de 120 reais.


O local deve receber uma camada impermeabilizante de asfalto, sistema de drenagem para escoar a água da chuva, substrato de terra e, enfim, sementes de hortelã, manjericão, cebolinha, erva-cidreira e o que mais a imaginação permitir.


Benefícios de ter um ecoteto



- Mantém boa a umidade relativa do ar,

- Enriquece a biodiversidade ao atrair animais como pássaros, borboletas e joaninhas,

- Minimiza o problema da impermeabilidade do solo,

- Valoriza e embeleza o projeto do imóvel,

- Garante sensação térmica agradável (5 graus a mais no inverno e 5 graus a menos no verão),

- Diminui em até 30% o valor da conta de luz.

Produtos para um telhado claro


- Impermeabilizante para lajes e marquises: Vedapren Branco (Otto Baumgart),

- Telhas claras: EuroTop Clássica Branca (de cimento) e Toptelha Mediterrânea Pérola (cerâmica),

- Tinta para pintar telhas de barro, cimento e fibrocimento: resina à base e água Metalatex Eco Telha Térmica (Sherwin-Williams),

- Cobertura metálica para casas, galpões e indústrias: painéias de aço pintados de branco, da Panisol.


Fonte: Fórum IBDA
Mais informações:
http://www.onedegreeless.org
http://www.gbcbrasil.org.br/pt/
http://ecohabitararquitetura.com.br

sexta-feira

Secovi critica projeto que obriga cor branca nos telhados de imóveis em SP

SÃO PAULO – No sentido de barrar a aprovação de um projeto de lei que obriga a população a pintar de branco os telhados e as coberturas de imóveis na capital paulista, o Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo) elabora algumas razões técnicas que não justificam o projeto.

O texto foi sugerido com o objetivo de reduzir o consumo de energia elétrica em sistemas de condicionamento de ar e ventilação, o que também favorece a diminuição do efeito estufa. A cor branca foi escolhida porque reflete o calor.

Justificativas
Em primeiro lugar, o Secovi destaca que há outras formas de reduzir o consumo de energia, como, por exemplo, o aumento da arborização urbana e de coberturas verdes.

A cor também é considerada um problema, de acordo com o sindicato, pois desconsidera necessidades estéticas e culturais e de funcionalidade, uma vez que sua utilização poderá descaracterizar conjuntos históricos.

Outro ponto levantado tem a ver com a limpeza. A cor em questão apenas manteria seu efeito reflexivo, caso fosse feita uma limpeza constante, com escovação e água. Essa questão é problemática, pois no Brasil os telhados são, em quase sua totalidade, inclinados e frágeis, oferecendo riscos de escorregamento e exigindo estruturas adicionais.

O diretor de sustentabilidade do Secovi-SP, Hamilton Leite, também reforça a questão da durabilidade das tintas para aplicação em telhados. Segundo ele, seriam necessárias coberturas flexíveis e autolimpantes, que são alternativas com custo muito elevado no País.

Mais um fato que colabora para mostrar a inviabilidade do projeto é o fato de que, para receber a tinta, os telhados precisam ser lixados. Isso representa uma quantidade expressiva de amianto (substância relacionada a problemas respiratórios) espalhado no ar, haja vista o tamanho da cidade.

Arborização urbana
Por fim, o vice-presidente de sustentabilidade da Secovi-SP, Ciro Scopel, pontua que o projeto não focaliza o papel da arborização urbana como alternativa para diminuir ilhas de calor. As razões técnicas foram pontuadas para mostrar aos vereadores da capital paulista que a proposta não necessariamente poderá trazer os resultados imaginados.

Fonte: Infomoney