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segunda-feira

Cuidado ao realizar poda de condução em plantas dicotômicas

Espécies florestais podem ser classificadas, quanto ao tipo de ramificação, em racemosa (monopodial) ou cimosa/dicotômica (simpodial). 
As espécies que apresentam ramificação racemosa caracterizam-se por apresentar dominância apical, formando fuste bem definido, isto é, o eixo principal cresce mais que os ramos laterais com dominância da gema apical. Já as espécies que apresentam ramificação cimosa caracterizam-se por apresentar dicotomia na gema apical, ocorrendo brotos múltiplos e ocasionando bifurcações no fuste. Essas espécies, mesmo sob qualquer tipo de espaçamento, apresentarão bifurcações, às vezes já próximas do solo; geralmente essas espécies apresentarão vários fustes.
Dada a característica e inerente ramificação simpodial das espécies, espaçamentos estreitos tornam-se inócuos, no intuito da obtenção de fuste único. Espaçamentos amplos são mais viáveis economicamente, porém, necessita-se estabelecer a desrama artificial. Esta atividade de desrama artificial, muitas vezes, é executada no viveiro reconhecida popularmente como "poda de condução".

Exemplar de Tabebuia avellanedae var. paulensis apresentando poda de condução inadequada
Fotomontagem em Tabebuia avellanedae var. paulensis

Exemplar de Tabebuia pentaphylla com dicotomia marcante

O desconhecimento do tipo de ramificação das espécies florestais pode ocasionar desequilíbrio estrutural para a planta. A planta tentará, ao longo de toda a sua vida, conter este desequilíbrio ocasionado pela execução de uma poda inadequada com a emissão de novos brotos, galhos e raízes como forma de compensação.
A realização da poda artificial ou poda de condução é necessária, principalmente, para espécies que apresentam ramificação ortotrópica, como Peltophorum dubium ou ramificação plagiotrópica, como Delonix regia (flamboyant) e Enterolobium contortisiliquum (tamboril).