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quarta-feira

Pitangueira - Eugenia uniflora L.

Nome popular: Pitangueira
Nome científico: Eugenia uniflora L.
Família: Myrtaceae
Origem: Brasil

Eugenia uniflora L., dicotiledônea da família Myrtaceae. Tem a forma de bolinhas globosas,  carnosa, com as cores vermelha (a mais comum), amarela ou preta e laranja . Na mesma árvore, o fruto poderá ter desde as cores verde, amarelo e alaranjado até a cor vermelho intenso de acordo com o grau de maturação.



(Fotos: Rogério G.M.G. de Oliveira)

Existe outra espécie, homônima a Eugenia uniflora O. Berg, descrita em 1857, e renomeada Eugenia lineatifolia (O. Berg) Mattos em 1993 .

Este fruto não é produzido comercialmente, pois, quando maduro, fica muito tenro e danifica-se facilmente com o transporte, apresentando grande fragilidade. Apesar disto, é apreciado no Brasil, por ser muito saboroso, além de ser rico em cálcio.



(Foto: Rogério G.M.G. de Oliveira)

Árvore nativa da Mata Atlântica brasileira, onde é encontrada na floresta semidecidual do planalto e nas restingas, desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul em regiões de clima subtropical. Apesar de ser tipicamente brasileira, esta espécie atualmente pode ser encontrada na ilha da Madeira (Portugal), na América do Sul (Argentina, Bolívia, Guianas, Paraguai, Uruguai e Venezuela), América Central (incluindo Caribe), América do Norte (exceto Canadá) e África (Gabão, Angola e Madagascar).



É uma árvore medianamente rústica, de porte pequeno a médio, com 2 m a 4 m de altura, mas alcançando, em ótimas condições de clima e de solo, quando adulta, alturas acima de 6 m e até, no máximo, 12 m. A copa globosa é dotada de folhagem perene. As folhas pequenas e verde-escuras, quando amassadas, exalam um forte aroma característico. As flores são brancas e pequenas, tendo utilidade melífera (apreciada por abelhas na fabricação do mel).



A planta é cultivada tradicionalmente em quintais domésticos. O seu plantio é feito simplesmente pela colocação de um caroço de pitanga no solo ou pelo transplante de uma muda até o local adequado ou por meio do próprio fruto. Dá-se bem em quase todo tipo de solo, incluindo os terrenos arenosos junto às praias e terrenos secos. É também usada como árvore ornamental em áreas urbanas de cidades brasileiras, na recuperação de áreas degradadas de sistemas agroflorestais multiestrato e em reflorestamentos heterogêneos. As pitangueiras com frutos são um ótimo atrativo para pássaros e animais silvestres em geral. Além de ser usada na medicina popular para tratar cefaleia.



A tradição popular atribui algumas qualidades terapêuticas às infusões feitas com as folhas verdes da pitangueira ("chá" de pitanga ou "chá" de pitangueira).



Etimologia



A palavra "pitanga" vem do termo tupi pi'tãg, que significa "vermelho", numa referência à cor mais comum do fruto. "Pitangueira" é uma palavra híbrida formada pelo termo "pitanga" e pelo sufixo nominativo plural "eira", do latim ariu, que significa "coleção, quantidade, relação, posse".

Em inglês britânico e norte-americano, o fruto é também conhecido como "pitanga" ou então como brazilian cherry ou surinam cherry ou "south cherry".


Pitanga: brasileira e saborosa, mas cara
 


Como fazer mudas de pitanga
 



Saiba mais:


http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Livro+Pitangueira+Final_000h70en20j02wx7ha0bjxel5pl1bej2.pdf

https://www.plantarum.com.br/prod,idloja,25249,idproduto,5082667,livros-em-portugues-frutas-no-brasil

http://www.jardimcor.com/catalogo-de-especies/eugenia-uniflora/

http://www.fruticultura.iciag.ufu.br/pitangueira.html

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/576592/1/EVINCI03309.pdf

http://www.saocamilo-sp.br/novo/eventos-noticias/saf/resumo-34.pdf

http://www.scihub.org/ABJNA/PDF/2012/10/ABJNA-3-10-400-405.pdf

https://www.thieme-connect.com/products/ejournals/abstract/10.1055/s-0033-1352031



Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pitanga

Jabuticaba - Plinia cauliflora

Nome popular: Jabuticaba
Nome científico: Plinia cauliflora (Mart.) Kausel 1956.
Família: Myrtaceae
Origem: Brasil

A jabuticaba, também chamada guapuru ou fruita em São Paulo, é o fruto da jabuticabeira, uma árvore frutífera brasileira da família das mirtáceas, nativa da Mata Atlântica. Com a recente mudança na nomenclatura botânica, há divergências sobre a classificação da espécie: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. 1854, Plinia trunciflora (O. Berg) Kausel 1956 ou Plinia cauliflora (Mart.) Kausel 1956. 

Descrita inicialmente em 1828 a partir de material cultivado, sua origem é desconhecida. Outros nomes populares: jabuticabeira-preta, jabuticabeira-rajada, jabuticabeira-rósea, jabuticabeira-vermelho-branca, jabuticaba-paulista, jabuticaba-ponhema, jabuticaba-açu. Outra espécie de jabuticabeira é a Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg, conhecida como jabuticaba-sabará e encontrada com mais frequência nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, no Brasil.

(Foto: Lilian Ferreira Borges)
Etimologia

"Jabuticaba" é um termo originário da língua tupi. Existem duas etimologias possíveis:
ïapotï'kaba, que significa "frutas em botão";
îabutikaba, que significa "gordura de jabuti", pela junção de îaboti, jabuti, e kaba, gordura.

Características


É planta perenifólia, higrófila e que exige sol de moderado a pleno. A árvore, de até dez metros de altura, tem tronco claro, manchado, liso, com até quarenta centímetros de diâmetro. As folhas, simples, têm até sete centímetros de comprimento. Floresce na primavera e no verão, produzindo grande quantidade de frutos. As flores (e os frutos) crescem em aglomerados no tronco e ramos. Seus frutos pequenos, de casca negra e polpa branca aderida à única semente, são consumidos principalmente in natura, ou na forma de geleia, suco, licor, aguardente, vinho e vinagre.



É uma das frutíferas mais cultivadas, desde o Brasil Colônia, em pomares domésticos. É tradição o aluguel de pés de jabuticaba, o que permite a colheita e o consumo de todas as frutas de um dado pé durante um certo período de tempo. Na cidade de Sabará, em Minas Gerais, no Brasil, é realizado, anualmente, o Festival da Jabuticaba, visando a perpetuar a tradição da cidade como produtora da fruta.

A dispersão dos frutos é feita pela fauna, incluindo aves. As sementes podem ser plantadas com a polpa, mas, para armazená-las, é necessário despolpá-las em água corrente e deixar secar à sombra.

Formas cultivadas

- jabuticaba-açu-paulista: frutos grandes de sabor levemente adstringente, consumidos "in natura"
- jabuticaba-ponhema: muito produtiva, frutos grandes ligeiramente amargos,usada na produção de geléia
- jabuticaba-precoco: frutificação freqüente, frutos pouco resistentes, com casca muito fina
- jabuticaba-vermelha: porte baixo, frutos vermelho-vinho

Componentes

Estão presentes, na polpa da jabuticaba: ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que facilita a digestão e ajuda a eliminar toxinas. Na casca escura existem teores de pectina e a peonidina, além de um pigmento, antocianina, responsável pela coloração azul-arroxeada da jabuticaba 12 . No reino vegetal, a cor da jabuticaba é devido à presença de antocianina, serve para atrair os passarinhos. Isso é importante para espalhar as sementes e garantir a perpetuação da espécie.

Para a medicina, o interesse nas antocianinas é outro: elas têm uma potente ação antioxidante, ou seja, ajudam a eliminar do organismo moléculas instáveis de radicais livres. Esse efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para se compreender porque a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre consumidores de alimentos ricos no pigmento. Ultimamente, surgiram estudos apontando uma nova ligação: as substâncias antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o nível de açúcar no sangue dos diabéticos. Como a maior concentração de antocianinas está na casca da jabuticaba, é recomendável batê-la no preparo de sucos ou usá-la em geleias (as altas temperaturas não afetam suas substâncias benéficas).

Ocorrência

No Brasil, é encontrada em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Rio Grande do Sul. Mais comum em planícies aluviais de beira de rios e em baixadas da mata pluvial e das submatas de altitude, principalmente de pinhais; é rara na mata primária sombria.

Usos

Ornamental, a planta se presta ao paisagismo.

Ecologia

A planta atrai a avifauna.

Usos medicinais

A jabuticaba é utilizada para vários fins, tanto culinários como medicinais. Entre estes, o chá obtido com a casca do fruto é usado como tratamento para diarreias e disenterias, e para tratamento de inflamações crônicas nas amídalas pode-se fazer gargarejos com esse chá. Entre outras propriedades fitoterápicas, destacam-se antiasmática, hemoptise, inflamações dos intestinos.

Suco

O suco extraído da jabuticaba é culturalmente chamado em Minas Gerais de "jabuticabada", nome que já se espalhou por todo o Brasil. A famosa jabuticabada era usada por muitas tribos indígenas para alimentar, principalmente, gestantes, por ser rica em ferro.

Vinho de jabuticaba

Ao chegar na Mesorregião do Noroeste Fluminense, no Brasil, em fins do século XIX, os imigrantes italianos quiseram perpetuar o seu costume de fabricação e consumo de vinho. Não encontrando as uvas às quais estavam acostumados, os italianos passaram a fabricar vinho a partir das jabuticabas. Essa bebida tornou-se uma bebida típica da região.

Madeira

Por ser resistente, a madeira pode ser usada para o preparo de vigas, esteios, dormentes e obras internas. 

Aspectos econômicos

O potencial econômico da fruta é alto para consumo "in natura", entretanto por ser muito perecível seu período pós colheita é curto. A jabuticaba ainda é considerada uma fruta de pomares, mas a sua comercialização vem crescendo. 

Fenologia

A floração ocorre duas vezes ao ano, geralmente de julho a agosto e de novembro a dezembro, com os frutos amadurecendo entre agosto e setembro e de janeiro a fevereiro. Quando a planta é obtida por semente a primeira produção tem início após um período de 8 a 12 anos. Em condições de clima ideal podem ocorrer até 5 floradas. Sementes de frutos imaturos com 15 a 17 dias podem germinar.

Cultivo em pequena escala



O cultivo de enxertos é mais simples que desde a semente. Plantas enxertadas requerem manutenção cuidadosa e vivem menos tempo, embora produzam mais jovens. A taxa de germinação das sementes de jabuticaba é baixa. A planta jovem precisa ser mantida em ambiente semi-sombreado nos primeiros meses de vida. É preciso manter a terra sempre úmida, regar constantemente e podar os ramos baixos.


Entre safras, é necessário escovar o tronco e os galhos para retirar cascas e resíduos das frutas e/ou flores antigas. Para manter úmido, uma boa dica é colocar uma garrafa grande com um furo na base cheia de água ao lado do tronco. Porém regas constantes são indispensáveis para uma boa colheita. Para colher, espere os frutos estarem bem maduros, bem pretos e brilhantes. Quanto mais maduros, mais doces serão os frutos.



Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jabuticaba
http://www.youtube.com

sábado

Principais árvores frutíferas nativas do Brasil

Nome comum - Nome científico (Família) - Origem

Abio - Pouteria caimito (Sapotaceae) - Amazônia, Mata atlântica
Abio-piloso - Pouteria torta (Sapotaceae) - Amazônia, Mata atlântica, Cerrado
Açaí - Euterpe oleraceae (Arecaceae) - Amazônia
Camu-camu - Myrciaria dubia (Myrtaceae) - Amazônia
Araçá - Psidium cattleianum (Myrtaceae) - Mata atlântica
Araticum - Annona coriacea (Annonaceae) - Cerrado
Araticum-do-mato - Rollinia spp. (Annonaceae) - Todo o país
Babaçú - Orbignya speciosa (Arecaceae) - Amazônia, Floresta atlântica
Bacupari - Garcinia gardneriana (Clusiaceae) - Amazônica, Mata atlântica
Bacuri - Attalea pholerata (Arecaceae) - Pantanal, Cerrado, Mata atlântica
Bacuri-grande - Platonia insignis (Arecaceae) - Amazônia
Barú - Dipterix alata (Leguminosae) - Cerrado
Butiá - Butia eriospatha (Arecaceae) - Mata atlântica
Cabeludinha - Paramyrciaria glomerata (Myrtaceae) - Mata atlântica
Cacau - Theobroma cacao (Malvaceae) - Amazônia
Cagaita - Eugenia dysenterica (Myrtaceae) - Cerrado
Cajá-grande - Spondias venulosa (Anacardiaceae) - Caatinga
Cajá-pequeno - Spondia mombia (Anacardiaceae) - Amazônia, Mata atlântica
Cajú - Anacardium occidentale (Anacardiaceae) - Amazônia
Cajuí - Anacardium giganteum (Anacardiaceae) - Amazônia 
Castanha-do-maranhão - Bombacopsis glabra (Bombacaceae) - Mata atlântica
Castanha-do-pará - Bertholletia excelsa (Lecythidaceae) - Amazônia
Cerejeira-do-mato - Eugenia involucrata (Myrtaceae) - Mata atlântica
Coco - Cocos nucifera (Arecaceae) - Costa nordeste do país
Cupuaçú - Theobroma grandiflorum (Malvaceae) - Amazônia
Goiaba - Psidium guajava (Myrtaceae) - Todo o país
Grumixama - Eugenia brasiliensis (Myrtaceae) - Mata atlântica
Guabiju - Myrcianthes pungens (Myrtaceae) - Mata atlântica
Guabiroba - Campomanesia xanthocarpa (Myrtaceae) - Mata atlântica
Ingá - Inga spp. (Leguminosae) - Todo o país
Jabuticaba - Myrciaria cauliflora (Myrtaceae) - Mata atlântica
Jaracatiá - Jaracatia spinosa (Caricaraceae) - Mata atlântica
Jatobá - Hymenaea spp. (Leguminosae) - Amazônia, Cerrado, Mata atlântica
Jenipapo - Genipa americana (Rubiaceae) - Cerrado, Mata atlântica
Juazeiro - Zizyphus joazeira (Rhamnaceae) - Caatinga
Mama-de-cadela - Brosimum gaudichaudii (Moraceae) - Cerrado
Mamoeiro-do-mato - Carica quercifolia (Caricaraceae) - Mata atlântica
Mangaba - Hancornia speciosa (Apocynaceae) - Cerrado
Marmelinho - Alibertia edulis (Rubiaceae) - Cerrado
Marolo - Annona crassiflora (Annonaceae) - Cerrado
Munguba - Pachira aquatica (Bombacaceae) - Amazônia
Murici - Byrsonima spp. (Malpighiaceae) - Cerrado
Pequi - Caryocar brasiliense (Caryocaraceae) - Cerrado
Pêssego-do-mato - Hexachlamys edulis (Myrtaceae) - Cerrado
Pitanga - Eugenia uniflora (Myrtaceae) - Mata atlântica
Pitomba - Talisia esculenta (Sapindaceae) - Mata atlântica
Pupunha - Bactris gasipaes (Arecaceae) - Amazônia
Sete-capote - Campomanesia guazumifolia (Myrtaceae) - Cerrado, Mata atlântica
Siputá - Salacia eliptica (Hippocrateaceae) - Caatinga, Mata atlântica
Tarumã - Vitex spp. (Verbenaceae) - Todo o país
Tucumã - Astrocarym vulgare (Arecaceae) - Amazônia
Umbu - Spondias tuberosa (Anacardiaceae) - Caatinga
Uvaia - Eugenia pyriformis (Myrtaceae) - Mata atlântica


Fonte: Viani, R. A. G.; Rodrigues, R. R. Árvores frutíferas nativas do Brasil: Importância, usos e diversidade de espécies. Plantas, Flores & Jardins. p. 50-57

segunda-feira

Espécies frutíferas para a Ictiofauna


Muitas são as espécies arbóreas que produzem frutos e servem de alimento para peixes. Na natureza, naturalmente, ao longo de rios e riachos nas florestas podemos encontrar muitas destas espécies consideradas fonte preciosa de alimento. Dentre estas fiz uma relação de espécies nativas e exóticas que podem ser plantadas nas margens dos rios, riachos e lagos para fornecer alimento para peixes.

Mangifera indica (Anacardiaceae), Spondias lutea (Anacardiaceae), Astrocaryum jauari (Arecaceae), Bactris spp. (Arecaceae), Scheelea phalerata (Arecaceae), Acrocomia aculeata (Arecaceae), Copernica alba (Arecaceae), Euterpe oleraceae (Arecaceae), Mauritia flexuosa (Arecaceae), Syagrus oleracea (Arecaceae), Astrocaryum ulei (Arecaceae), Bactris gasipaes (Arecaceae), Syagrus romanzoffiana (Arecaceae), Euterpe edulis (Arecaceae), Oenocarpus minor (Arecaceae), Astrocaryum tucuma (Arecaceae), Butia spp. (Arecaceae), Crescentia amazonica (Bignoniaceae), Crescentia cujete (Bignoniaceae), Pseudobombax munguba (Bombacaceae), Pseudobombax marginatum (Bombacaceae), Crataeva tapia (Capparaceae), Licania parviflora (Chrysobalanaceae), Couepia uiti (Chrysobalanaceae), Cayaponia podantha (Cucurbitaceae), Cassia leiandra (Fabaceae), Inga spp.(Fabaceae), Macrolobium acaciifolium (Fabaceae), Macrolobium multijugum (Fabaceae), Hevea spruceana (Euphorbiaceae), Sapium obovatum (Euphorbiaceae), Banara arguta (Flacourtiaceae), Ocotea suaveolens (Lauraceae), Eschweilera tenuifolia (Lecythidaceae), Byrsonima orbignyana (Malpighiaceae), Mouriri guianensis (Melastomataceae), Trichilia catigua (Meliaceae), Ficus spp. (Moraceae), Psidium guajava (Myrtaceae), Psidium guineense (Myrtaceae), Pouteria glomerata (Sapotaceae), Solanum varium (Solanaceae),Alibertia sp. (Rubiaceae), Bothriospora corymbosa (Rubiaceae), Genipa americana (Rubiaceae), Celtis spinosa (Ulmaceae), Vitex cymosa (Verbenaceae).

Fonte:

Morais, F. F.; Silva, C. J. Conhecimento ecológico tradicional sobre fruteiras para pesca na Comunidade de Estirão Comprido, Barão de Melgaço - Pantanal Matogrossense. Biota Neotrop., vol. 10, no. 3

Maia, L. A; Chalco, F. P. Produção de frutos de espécies da floresta de várzea da Amazônia central importantes na alimentação de peixes. Acta Amazonica 32 (1): 45-54. 2002

Azeitona-do-ceilão - Elaeocarpus serratus

Nome científico: Elaeocarpus serratus
Família: Elaeocarpaceae 

Árvore de até 18 m de altura, com tronco liso, originária da região do Siri Lanka. Adaptou-se bem às condições de solo e clima do Brasil, demonstrado pela enorme quantidade de frutos que a planta apresenta. Pode ser cultivada em solos férteis e bem drenados livres da ocorrência de geadas.

Possui folhas simples, alternadas, em espiral, agrupadas nas extremidades dos galhos; de 5 a 7 cm de comprimento, e 1 a 1,5 cm de largura; verdes na fase inicial e depois podem se tornar avermelhadas de margem serreada. Flores com 4 sépalas verdes soldadas formando um cálice e por 4 pétalas brancas, também soldadas na base, formando a corola. 

Os frutos em forma de drupa, denominados azeitonas, ablongos ou ovoides, medindo de 1 a 4 cm de comprimento, e diâmetro de 1 a 2 cm e a maturação ocorre nos meses de julho, agosto e setembro. De sabor adocicado quando maduros são muito utilizados em sua região de origem no preparo de doce em forma de compota e como conserva com diferentes condimentos. Não são utilizados na elaboração em conserva, como se faz com as azeitonas colhidas da oliveira (Olea europaea L.). 

Uso medicinal:
Os frutos são ricos em amido e açúcar e possuem baixas quantidades de proteína e ferro. 
Pode ajudar a tratar diarréia e reumatismo.
Auxilia no crescimento capilar.


Fonte: PlantaSonya, www.viveiroespacobotanico.com.br, plant.jagaaslk.org
Imagens Google.

domingo

Poncirus - Poncirus trifoliata


Nome científico: Poncirus trifoliata (sinonímia: Citrus trifoliata)

        Originário da China, Poncirus é uma planta cítrica com características marcantes quando comparada às demais. A principal delas é possuir a lâmina foliar dividida em 3 partes que imitam pequenas folhas. São na verdade folíolos de uma única folha, o que é reconhecido em seu nome científico, que também é utilizado como nome popular no ocidente: Trifoliata. Originário da China, há registros de sua utilização como porta-enxerto cítrico já no início do primeiro milênio naquele país. São plantas que, ao contrário dos cítricos comerciais, entram em dormência após períodos contínuos de baixas temperaturas, perdem as folhas e assim, são mais resistentes ao frio. Seu habitat, portanto, extende-se por latitudes um pouco mais distantes do equador do que as laranjas, os limões e as tangerinas.

      Como porta-enxertos, os trifoliatas geralmente induzem plantas com crescimento mais lento. Os ciclos vegetativos são mais definidos, as copas entrando em repouso mais rapidamente no final do outono e retomando o crescimento mais lentamente no final do inverno. O tamanho final das plantas pode ser normal e até superar aquele induzido por porta-enxertos mais vigorosos. Há inúmeros variantes de trifoliata, entretanto, que de fato induzem tamanhos menores de copa. Aquele conhecido como Flying Dragon, por exemplo, é considerado ananicante, reduzindo o porte das copas para 50% ou menos do tamanho normal.  Assim, em função do crescimento lento e da existência de variantes menos vigorosos, os trifoliatas são de um modo geral  considerados redutores de porte de plantas. Os espaçamentos de plantio, portanto, são menores para estes porta-enxertos.
      Plantas enxertadas em trifoliata são consideravelmente susceptíveis à seca. Seu cultivo internacional ocorre via de regra com irrigação complementar. No Brasil, entretanto, há regiões como no sul do país, e pomares individuais em outras regiões que utilizam este porta-enxerto sem irrigação com resultados satisfatórios. A susceptibilidade à seca pode ser favorável por evitar brotações contínuas que atraem mais pragas e são mais sujeitas a geadas, e por induzir safras mais tardias, alem de contribuir para a redução do tamanho da copa a níveis de manejo e colheita mais fáceis.      A produtividade de plantas em trifoliata é proporcional ao seu tamanho. Assim, é preciso aumentar a densidade de plantio para se obter altas produções por área. Obtém-se desta forma boas produtividades com plantas de manejo e colheita mais fáceis. Em anos de stress hídrico ou em solos muito arenosos pode haver oscilações na produção. Plantas em trifoliata entram em produção a partir de 2 ou 3 anos no pomar, com produções comerciais a partir dos 4 anos de idade, muito semelhante àquelas em porta-enxertos mais vigorosos.

      A qualidade da fruta é excelente em plantas sobre Trifoliata. Os níveis de açucar são altos e isto, combinado com a acidez levemente acentuada,  proporciona ótimo sabor às frutas. A produção de açúcar por fruta ou por caixa de frutas colhidas é maior do que a dos porta-enxertos mais vigorosos. O tamanho das frutas pode ser um pouco menor em anos de grandes safras, causando problemas para certas variedades para consumo in natura que possuem frutos pequenos, como a laranja Natal. A casca dos frutos é geralmente mais lisa e os frutos mantém-se firmes por várias semanas após a maturidade.
      A laranja Pera não é compatível com o trifoliata e não deve ser enxertada neste porta-enxerto. Há ainda outras variedades incompatíveis com o trifoliata, como a Murcote, por exemplo. Assim, o seu uso deve ser analisado para cada variedade de acordo com a experiência local. Não há problemas com seu uso para Valência, Hamlin, Natal, Folha Murcha, Westin, Rubi, Americana, Ponkan, Bahia, Lima ou Tahiti.
      Uma das características mais interessantes dos trifoliatas é sua resistência à Gomose dos citros, que causa podridão das raízes e do tronco. Isto torna estes porta-enxertos viáveis em solos mais pesados e úmidos. Assim, costuma-se dizer que são porta-enxertos para baixadas ou várzeas. Na verdade eles não são tolerantes à água acumulada no solo nestas áreas, da mesma forma que outros porta-enxertos. Em caso de inundação ou água livre no solo a tolerância é de apenas alguns dias. Após a drenagem natural do terreno sua sobrevivência é muito maior em função da sua resistência à podridão de raízes. É também resistente ao nematóide dos citros. Além disso, é resistente à Tristeza e à Morte Súbita. É, no entanto, muito susceptível ao Exocortis e mediana a altamente susceptível ao Declínio. O Exocortis é facilmente evitado utilizando-se mudas sadias, uma vez que não há transmissão significativa no campo. Quanto ao Declínio, áreas com alta incidência desta doença devem ser evitadas.
      Os Trifoliatas são muito utilizados em cruzamentos genéticos para obtenção de novas variedades de porta-enxertos. Isto ocorre pela sua resistência a Gomose, Nematóides e pelo fato de sua característica marcante, as folhas com três folíolos, se expressar predominantemente nos híbridos obtidos, o que facilita sobremaneira sua identificação.
        Trifoliatas e alguns de seus híbridos como o citrumelo Swingle, e os citranges Carrizo e Troyer, são os porta-enxertos hoje mais utilizados mundialmente. Seus concorrentes, a laranja Azeda, o limão Cravo e o limão Rugoso estão em decadência em função da susceptibilidade a doenças. São conhecidos inúmeros variantes de trifoliatas nas diversas regiões citrícolas. Estes variantes podem ser agrupados em dois tipos, os de flores grandes e os de flores pequenas. Os primeiros tem crescimento mais vertical, com menos galhos laterais, e são mais vigorosos. Variantes de ambos os grupos são utilizados comercialmente. Um variante em especial destaca-se por induzir plantas de porte anão. Trata-se do Flying Dragon, aparentemente selecionado pelos japoneses. Seus numerosos espinhos curvos e brotações tortuosas são muito característicos. Tem sido utilizado de forma crescente no Brasil na produção de lima ácida Tahiti.

Fonte: http://www.citrolima.com.br/portaenxertos/trifoliata.htm
Imagens Google

sexta-feira

O abacateiro - Persea americana

O abacateiro é espécie originária da América, tendo como centro de origem o México e a América Central.

Atualmente, o seu cultivo se estende a quase todas as zonas tropicais e subtropicais, porém, economicamente, só é cultivado no sul dos Estados Unidos, África do Sul, Havaí, Israel, parte tropical da Austrália e Brasil.
O abacateiro surgiu no Brasil no início do século XIX, vindo da Guiana Francesa, em 1809. Porém, só a partir de 1920 é que se iniciaram introduções de variedades dos Estados Unidos.
Na Argentina o abacate é conhecido por aguacate ou palta; no México chamam-no de ahuaca ou ahuacaco; nos Estados Unidos avocado; na Inglaterra butter-pear; na França persée ou avocat
O abacateiro pertence ao gênero Persea, da família Lauraceae. Duas são as espécies importantes em fruticultura: Persea americana Mill (guatemalense e antilhana) e Persea drymifolia Cham e Schlect (mexicana). BAILEY, em 1951, classificou a Persea drymifolia como Persea americana var. drymifolia, Blake.

Apresenta um porte de médio a elevado, podendo atingir de doze a vinte metros. O porte é maior nas plantas originárias de sementes do que nas enxertadas.
A copa pode apresentar-se ereta ou espalhada, e os ramos inferiores têm tendência natural a se dirigir no sentido do solo.
O tronco e as ramificações são medianamente resistentes. A casca é fina e verde quando a planta é nova, passando, com a idade, a corrugada e de cor acinzentada.
O sistema radicular é relativamente bem desenvolvido, as raízes são grossas, as cascas carnosas e quebradiças.
O abacateiro é planta de folhas persistentes. Contudo, algumas variedades apresentam hábito caducifólio, isto é, há, antecipando o período de florescimento, uma queda total das folhas, que a seguir se renovam. As folhas são inteiras, alternadas, curto-pecioladas, com 10 a 30 cm de comprimento, apresentando as mais diversas formas, desde largamente ovaladas a lanceoladas. Folhas novas apresentam uma leve cor bronzeada, que desaparece com a maturação.
As flores são pequenas, de cor verde-amarelada, bissexuais, com 0,5 a 1,5 cm de diâmetro, produzidas em grande número e dispostas em panículas terminais levemente pubescentes, com brácteas e pedicelos tomentosos. Não possuem corola. Cálice com seis segmentos do perianto, unidos na base e arranjados em dois verticilos, sendo o interior maior do que o externo.

Os frutos exibem grande variação na forma, no tamanho e na cor. Com relação à forma, podem ser arredondados, oblongos, obovados, piriformes, ovalados etc. a cor da casca varia de verde-claro a avermelhado ou arroxeado. A casca pode se apresentar delicada nas variedades mexicanas, espessa e rugosa nas guatemalenses. A polpa é de consistência amanteigada, de cor creme, envolvendo uma semente grande, que apresenta teor de óleo entre 5 e 25%, potencialmente rica em sais minerais, com conteúdo elevado de proteínas e teor variável de vitaminas, sendo as mais importantes as do complexo B, ocorrendo as vitaminas A e E, mas o teor em vitamina C é muito baixo.

Composição química em 100 g do fruto:

Calorias                                        204,00
Água                                            71,70 g
Hidratos de  carbono                      5,63 g
Proteínas                                       2,15 g
Gorduras                                      19,30 g
Sais                                               1,20 g
Vitamina A                                   300 U.I.
Vitamina B¹ (Tiamina)               70.00 mcg
Vitamina B² (Riboflavina)        100.00 mcg
Vitamina B5 (Niacina)                   0.80 mg
Vitamina C (Ácido ascórbico)       10,20 mg


Sais em 100 g do fruto:

Fósforo                                        46,0 mg
Ferro                                             0,8 mg
Cálcio                                          30,0 mg

As sementes variam na forma, sendo que a sua base se acha em oposição ao pedúnculo. Um conjunto de fibras longas e finas com origem no pedúnculo atinge, através da polpa, a base da semente.

As sementes apresentam-se na forma de dois grandes cotilédones hemisféricos recobertos por dois tegumentos intimamente unidos.





Uso medicinal

O abacate é um alimento digno de mérito, pois sacia a fome, nutre todo o organismo e cura diversas enfermidades. É uma fruta que proporciona nutrição ao corpo e saúde a todos os seus órgãos. Combate os males produzidos pelo consumo de carne, perturbações digestivas, prisão de ventre, flatulências, abscessos estomacais, reumatismo, gota, afecções dos rins, do fígado, da pele, etc. É também um bom cosmético: conserva a beleza da pele e do cabelo.

Do abacate obtém-se um azeite muito bom para combater o reumatismo e a gota. Friccionam-se as partes afetadas e doloridas.

O mesmo azeite se emprega contra a formação de caspas e a queda de cabelo. Fazem-se fricções no couro cabeludo. Estas aplicações fazem crescer o cabelo.

As folhas e os brotos do abacateiro são usados, empiricamente em chás como diuréticos (para provocar urinação), como carminativos (para combater os gases do estômago e intestinos), como emenagogos (para provocar e restabelecer a menstruação).

Mastigam-se folhas frescas para curar as afecções da boca, as estomatites, as ânsias, as supurações, e para fortificar as gengivas e os dentes.

Para acalmar a nevralgia e dores de cabeça, aplicam-se compressas quentes com o chá das folhas à cabeça.

O chá das folhas se emprega com bons resultados nos seguintes casos: afecções da garganta, bronquite, catarros, cansaço, debilidade do estômago, diarréia, disenteria, dispepsia atônica, doenças dos rins, indisposição para o trabalho, rouquidão, supurações, tosse, etc.

As flores são emenagogas. A casca do fruto esmiuçada é boa para combater vermes intestinais. O caroço tostado e moído bem fino combate a diarreia e a disenteria. Tomam-se duas colherinhas do pó dissolvido em uma xícara com água morna.

Com cataplasma de caroço tostado e moído curam-se as inflamações dos dedos.

O chá do cozimento dos caroços é usado para combater os eczemas do couro cabeludo.


Valor nutritivo

O abacate é uma das frutas mais nutritivas que existem, justamente porque quase 30% do seu conteúdo é massa consistente.
O abacate tem quatro vezes mais valor nutritivo que os outros frutos, exceto a banana. Encerra, como já mostramos, fósforo, cálcio, e ferro em proporção apreciável. Nele se encontram quase todas as vitaminas, inclusive a vitamina C, uma das mais importantes.
Por conter pouco açúcar e quase nenhum amido, o abacate é muito recomendável aos diabéticos.
Seu abundante conteúdo em substâncias gordurosas, ao contrário do que sucede com as gorduras animais, não prejudica.
A manteiga do abacate, preparada com sal, um pouco de alho e cheiro verde, passada sobre o pão é muito saudável.
O abacate passado no liquidificador, com açúcar e suco de limão, é um creme saboroso e rico em vitamina C; batido com leite frio ou morno, constitui uma saborosa bebida; cortado em pedaços, nas saladas de frutas, torna uma refeição saborosa, nutritiva e saudável.
O abacate é uma fruta que deve figurar, com frequência, nas nossas refeições.
O abacate pode ser dado às crianças depois de um ano de idade.
Nos Estados Unidos, o abacate, de fruta exótica que dificilmente aparecia nos mercados, custando preços exorbitantes, tornou-se hoje barato e fácil de encontrar em qualquer época, pois os da Califórnia amadurecem no inverno e na primavera, e os da Flórida no verão e no outono.
De todas as variedades, os de casca verde são mais nutritivos. Nem sempre os de maior tamanho contêm polpa saborosa, e às vezes se apresentam insípidos e um pouco fibrosos.
Nunca se deve espremer o fruto com os dedos para comprovar-lhe o grau de maturação, porque as mais ligeira pressão pode originar o apodrecimento.
O abacate deve ser colhido à mão ou recorrendo a aparelhos próprios, com muito cuidado e um por um, procurando não sacudir os ramos para não danificar os pedúnculos.

Alimentação animal

Em caso de superabundância na produção de abacates, podem ser dados aos animas.
Nas Antilhas as cascas dos frutos, cozidas, são dadas ao gado.
Os frutos e as respectivas cascas tornam-se mais apetitosos e nutritivos quando se lhes junta um pouco de farelo e água, formando uma mistura pastosa.
Havendo, pois, superprodução ou sendo escassa a procura, podem-se aproveitar os abacates na alimentação dos animais em vez de deixá-los apodrecer no pomar.
Pode-se igualmente fabricar uma farinha desse fruto!

 
Fonte: Simão, Salim (1998) Tratado de fruticultura. Piracicaba: Fealq, 760p.
Balbach, Alfons (s.a) As frutas na medicina doméstica. 9ª Edição. São Paulo: M.V.P. 370p. 

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quarta-feira

Mangueira - Mangifera indica

A mangueira é originária da Ásia Meridional e do Arquipélago Indiano, onde é cultivada há mais de 4.000 anos.
A manga foi transportada para fora da região de origem por um viajante chinês de nome Hwen Tisang que, visitando o Indostão entre 622 a.C., levou a manga ao conhecimento dos demais povos.
Na América, o primeiro país a cultivar a manga foi o Brasil. As primeiras plantas dessa espécie vieram da África no século XVI, trazidas pelos portugueses e plantadas na cidade do Rio de Janeiro, onde se difundiram por todo o país.
Do Brasil, a manga passou para as Antilhas, em 1972, e posteriormente para o México, juntamente com o cafeeiro.
As primeiras variedades que para aqui vieram, foram Bourbon, rosa, espada, Augusta e Carlota, introduzidas pelo jardineiro Rosseter.
Hoje, existem no país centenas de milhares de árvores e, em virtude da propagação por meio de sementes, centenas de variedades são encontradas.
As principais regiões produtoras, em São Paulo, estão localizadas nos municípios de Jardinópolis, Ribeirão Preto, Araraquara, Campinas, Limeira e São José do Rio Preto.
A Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", em Piracicaba, possui uma coleção com 53 variedades, devidamente catalogadas.

A mangueira, Mangifera indica L., pertence à família Anacardiaceae. Existem 65 gêneros e cerca de 440 espécies.

A planta é desenvolvida, bem encorpada. Suas folhas são espessas e coriáceas, macias ao tato, inteiras, lanceoladas; a base do limbo é arredondada, estendendo-se aproximadamente 2 mm em direção à base do pecíolo; ápice acuminado, às vezes assovelado ou mucronado; nervação penda, com a nervura principal plana, às vezes arqueada, dando forma recurva ao limbo; as vênulas são deprimidas na página superior, tornando o retículo bastante conspícuo; a página superior é de um verde escuro e brilhante, destacando-se a cor amarelo-esverdinhada da nervura principal, das nervuras secundárias e da linha marginal.

Inflorescência do tipo panícula terminal e às vezes laterais, de forma piramidal; raque normalmente ereta, às vezes inclinada, partindo dela ramificações primárias em número variável que, via de regra, formam aglomerados na base, exceção feita à variedade Lucidoro. A época de inflorescência vai de maio a setembro. O número de flores por panícula varia de 400 a 17.000.

Os frutos são drupas de forma e tamanho variados, podendo ser reniformes, ovados, ovalados, arredondados, cordiformes, oblongos ou de formas combinadas.

Fonte: Simão, Salim (1998) Tratado de fruticultura. Piracicaba: Fealq, 760p.
Saiba mais: http://fealq.org.br/loja/tratado-de-fruticultura.html
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Kiwi - Actinidia deliciosa


O kiwi é originário das montanhas centrais da China e foi introduzido na Nova Zelândia em 1904, na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá em 1970, no Chile e no Brasil em 1971.

O gênero Actinia, do grego Akyid, "raio", tem os estiletes dispostos, na flor, de forma radial.
Pertence à ordem Theales, família Actinidiaceae, com mais de cinquenta espécies.

Do gênero Actinidia, só Actinidia deliciosa (Chev) Lang, variedade deliciosa, vem sendo cultivada em larga escala.

O kiwi, quando propagado por estacas, normalmente não apresenta raiz principal, porém numerosas raízes secundárias carnosas e grossas, atingindo a profundidade de 0,60 cm a 1 m.

O kiwi é planta sarmentosa, que só se mantém sobre suporte. Seu caule é sarmentoso e lignificado ao envelhecer. Seu diâmetro atinge 0,20 m e sua altura varia de acordo com o tipo de condução.

Os ramos têm origem nas gemas axilares e possuem crescimento constante durante a primavera e o verão, atingindo de 2 a 6 m de comprimento, e paralisando durante o inverno.

O kiwi apresenta de 2 mil a 3 mil folhas, grandes, ásperas, coriáceas, de cor verde, com 15 a 20 cm de diâmetro, e pêlos macios e finos na sua página inferior.
As folhas de kiwi, diferentemente de outras espécies, sofrem profundas alterações durante o seu desenvolvimento. Quando novas, seus pecíolos mantêm-se em posição horizontal; ao amadurecerem, inclinam-se para o solo, e os pecíolos para cima. Ao atingirem a senescência, as folhas tomam posição perpendicular ao solo, e os pecíolos inclinam-se para baixo.
Essa última posição, em período seco, indica a ocorrência de desidratação e a necessidade de irrigação.
O kiwi é planta dióica, apresentando flores pistiladas e estaminadas em plantas diferentes. Esse dioicismo dificulta a polinização, mas favorece os cruzamentos, que poderão dar origem a novas variedades.
A flor tem a forma de uma xícara, com cinco pétalas brancas e grande número de estames e estaminóides em torno do ovário.
As pistiladas surgem isoladas nas axilas das folhas, e seus estames e estaminóides são estéreis. Já as flores estaminadas surgem em grupos de três a quatro, em forma de panícula, com um pistilo normalmente rudimentar.
Devido a alterações climáticas e edáficas, o pistilo rudimentar, em alguns casos, pode se tornar fértil (hermafrodita) e produzir fruto.
Os frutos de kiwi são denominados bagas e possuem de 1.000 a 1.400 sementes.
As bagas são recobertas de pêlos finos, de cor verde brilhante, devido a presença de clorofila. Diferem em tamanho, forma, sabor e consistência, segundo a variedade.
Sementes de kiwi são pequenas, elipsóides, rugosas e distribuídas em duas linhas radiais.


Fonte: Simão, Salim (1998) Tratado de fruticultura. Piracicaba: Fealq, 760p.
Imagens: Google

quarta-feira

Mapa virtual coletivo reúne dados sobre árvores frutíferas de São Paulo


Página traz localização das árvores, qualidade das frutas e tamanho das copas
reprodução
Mapa reúne descrições de árvores espalhadas pela cidade
Amoreiras, limoeiros, mangueiras, abacateiros e outras árvores frutíferas não estão somente em chácaras e fazendas do interior de São Paulo.
Prova disso é o mapa virtual que identifica a localização de dezenas de plantas frutíferas, incluindo tipos exóticos como nespereiras, mamoeiras e uvaieiras.
Criada em 2009,  a página tem também detalhes sobre a quantidade e qualidade das frutas, o tamanho das copas e as condições das árvores.
Como trata-se de um mapa coletivo, novas colaborações são aceitas.

Frutíferas em praças