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segunda-feira

Glycaspis brimblecombei - Psilídeo-de-concha

O psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei Moore) é uma espécie pertencente à ordem Hemiptera, subordem Sternorrhyncha e família Psyllidae. Os psilídeos são insetos pequenos, semelhantes a pequenas cigarrinhas e de hábito sugador. Possuem fortes pernas saltadoras, antenas relativamente largas e se alimentam de seiva das plantas. Apresentam dimorfismo sexual, sendo as fêmeas ligeiramente maiores do que os machos, medindo entre 2,5 e 3,1 mm de comprimento.
Dentre os psilídeos associados ao eucalipto, os gêneros mais importantes são Cteranytaina, Blastopsylla, Creiis, Eucalyptolyma, Cardiaspina e Glycaspis.
Os adultos de G. brimblecombei se caracterizam por se alimentarem somente de eucalipto e por sua infestação ser facilmente reconhecida por causa da secreção açucarada em forma de concha sobre as ninfas e por apresentarem projeções que saem da parte anterior da cabeça, que são chamadas de cones genais.
As ninfas nos primeiros ínstares são amareladas e as ninfas de último instar apresentam o abdome e os primórdios das asas de coloração escura.
A reprodução é sexuada e as fêmeas apresentam coloração verde a vermelho, as antenas são filiformes com 10 segmentos, e a parte terminal do abdome é arredondada com uma protuberância por onde são colocados os ovos. Os machos apresentam 10 segmentos. Em seu abdome possui projeções na parte superior chamadas de "fórceps" que são utilizadas para imobilizar a fêmea durante a cópula.
Os ovos são de coloração amarelo-alaranjados, brilhantes e de formato oval. São postos em linha, agrupados ou individualizados, podendo existir até 300 ovos por folha, presos com auxílio de um pedicelo à superfície da folha.
Possui 5 ínstares ninfais, com duração do estágio ninfal variando de 12 a 22 dias, com duração média dos ínstares muito próxima, em torno de 3 dias.
O ciclo biológico varia com as condições ambientais de 26 a 57 dias com temperaturas médias de 16,5ºC e 22ºC. A temperatura mais adequada para o desenvolvimento das ninfas é de 26ºC.
Espécies altamente suscetíveis: Eucalyptus camaldulensis e E. tereticornis.
Espécie tolerante: E. grandis

Danos:
Enrolamento, deformação do limbo foliar, formação de galhas, superbrotamento, secamento de ponteiros e indução do aparecimento de fumagina.
A alta infestação se traduz em perda foliar, redução do crescimento, morte de ramos e da árvore como um todo. Podem causar danos indiretos, como a presença de fumagina, que se caracterizam como fungos de coloração negra, crescendo sobre folhas cobertas de "honeydew" e podendo causar sua morte. Causam depreciação do valor estético e deixam as árvores suscetíveis ao ataque de outros insetos.

Controle biológico:
Psyllaephagus bliteus Riek (Hymenoptera: Encyrtidae)


Fonte: Ferreira Filho, P. J. 2010. Dinâmica populacional do Psilídeo-de-conha Glycaspis brimblecombei Moore (Hemiptera: Psyllidae) e parasitismo por Psyllaephagus bliteus Riek (Hymenoptera: Encyrtidae) em floresta de eucalipto. (Tese Doutorado) Unesp : Botucatu, São Paulo.
 Imagens google.