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domingo

Poda ou remoção de árvores ou vegetação em parques

1. O que é o serviço?
Solicitações para a realização de vistoria técnica pelo órgão ambiental sobre a necessidade de poda ou remoção de árvores dentro de parques públicos municipais.

2. Quando solicitar?
O serviço pode ser solicitado sempre que o cidadão desejar que o órgão ambiental analise a necessidade de uma árvore de um parque público municipal ser podada ou retirada.

3. Canais de atendimento para solicitar o serviço
- Portal de Atendimento SP156
- Central SP156
- Praças de Atendimento das Prefeituras Regionais
- Outro: O cidadão pode procurar diretamente o administrador do parque para tirar dúvidas ou apontar os problemas.
- Descomplica SP São Miguel: Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Sousa, 76, Vila Jacuí, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.

4. Requisitos, Documentos e Informações para solicitar o serviço
CPF.

5. Legislação/Norma que regula o serviço
Lei 14887, de 15 de janeiro de 2009.

6. Taxas cobradas ou indicativo de gratuidade
Gratuito.

7. Prazo para a prestação do serviço
2 semanas.

8. Principais Etapas do Serviço - Passo a passo
Quando a solicitação chega, ela é encaminhada ao DEPAVE 5 (Departamento de Parques e Áreas Verdes da Secretaria do Verde e Meio Ambiente), que investiga o problema reportado e toma as providências necessárias para resolvê-lo, informando-as ao munícipe por meio do SAC.

Fonte: Prefeitura de São Paulo

Identificação Botânica

1. O que é o serviço?
Identificação botânica através de amostras da planta.

2. Quando solicitar?
O serviço pode ser solicitado mediante o interesse do munícipe em saber a espécie  e o nome científico de uma planta.

3. Canais de atendimento para solicitar o serviço:
Avenida IV Centenário, 1268 - Parque do Ibirapuera Portão 7 A.

4. Requisitos, Documentos e Informações para solicitar o serviço:
Nome, telefone e email do munícipe solicitante.

5. Legislação/Norma que regula o serviço:
Portaria nº 101/ SVMA/10

6. Taxas cobradas ou indicativo de gratuidade:
Gratuito.

7. Prazo Máximo para a Prestação do Serviço:
De 6 meses a 1 ano, visto que para a identificação a nível de espécie, em alguns casos, necessita-se que a amostra contenha flor e fruto e que pode ser preciso uma nova coleta do exemplar vegetal.

8. Principais Etapas do Serviço - Passo a passo:
O munícipe deverá comparecer ao Herbário Municipal e entregar as amostras, que serão recolhidas e analisadas pelos técnicos. Após realizada a identificação botânica, o munícipe será contatado via email ou telefone para saber o resultado.

9. Outras Informações:
Horário de recebimento de amostras: de segunda a sexta-feira das 10 às 16 horas.

Para que os técnicos consigam realizar a identificação botânica com sucesso, é importante que o cidadão recolha o maior número possível de informações sobre a planta. A amostra deve estar preferencialmente herborizada (isto é, a planta seca conforme as normas da portaria mencionada), ou contendo os ramos com folhas e estruturas reprodutivas (flor/ fruto).

Corte com cuidado ramos com flores e/ou frutos (que são as partes fundamentais para a identificação das plantas).

Caso não seja possível trazer o material fresco para o Herbário Municipal, coloque-o entre jornais, deixando-o prensado, secando ao sol ou sob calor, para que as folhas não fiquem enrugadas, nem embolorem.

No caso de ervas, a amostra deve ser o exemplar inteiro, ou seja, com as estruturas subterrâneas (raiz).

No caso de Arecaceae, anteriormente classificada como Palmae ou Palmaceae, deverá ser coletada a folha inteira, demonstrando bainha, pecíolo e lâmina e também enumerar a quantidade de folhas verdes presentes, fotos são desejáveis. Deve-se informar se há folhas secas persistentes, características do estipe como diâmetro a altura do peito (DAP), textura, formato de eventuais cicatrizes deixadas pela queda natural das folhas e altura do exemplar. Se houver inflorescência/ inflorescência indicar onde está localizado em relação a folhas e a coloração predominante.

Fonte: Prefeitura de São Paulo

Fornecimento de mudas de árvores ao cidadão

1. O que é o serviço?
É o fornecimento, pelos Viveiros Municipais, de até 5 mudas de árvores, para pessoas residentes no município de São Paulo. É um serviço disponibilizado através da Campanha Permanente de Incentivo à Arborização Urbana.

2. Quando solicitar?
Quando o munícipe tiver interesse em arborizar sua calçada ou área de sua propriedade, no Município de São Paulo, podendo retirar apenas uma única vez por endereço.

3. Canais de atendimento para solicitar o serviço:
Viveiro Manequinho Lopes: Avenida Quarto centenário, s/nº - Portão 7 -A, Parque do Ibirapuera.
Viveiro Harry Blossfeld (VIVEIRO DE COTIA): Rua Mesopotâmia, s/n - Rodovia Raposo Tavares, km 25 | Parque Cemucam.
VIVEIRO Arthur Etzel (VIVEIRO DO CARMO): Av. Afonso de Sampaio Souza, 951 | Parque do Carmo.

4. Requisitos, Documentos e Informações para solicitar o serviço:
Comprovante de residência, IPTU (ou documento que comprove isenção de IPTU), documento com foto, metragem da área livre permeável  (parte do terreno que permite que as águas da chuva sejam absorvidas pelo solo), foto do local a ser arborizado.
No caso de condomínios, o interessado deverá trazer uma carta do síndico, autorizando o plantio, e uma cópia da ata de eleição do síndico.

5. Legislação/Norma que regula o serviço:
Portaria 006/SVMA/2016.

6. Taxas cobradas:
Gratuito.

7. Prazo para a prestação do serviço:
Imediato

8. Principais Etapas do Serviço - Passo a passo:
O munícipe interessado deverá comparecer a um dos Viveiros mencionados e apresentar a documentação elencada. Ele preencherá e assinará um Termo de Responsabilidade, onde constam as informações prestadas por ele, e as éspécies  descritas e definidas pelo corpo técnico da Seção Técnica de Arborização - DEPAVE 2, se comprometendo a cumprir as regras estabelecidas no referido Termo. A (s) muda (s) poderá (ão) ser retirada (s)  de imediato. O munícipe levará uma cópia do Termo de Responsabilidade.

9. Outras informações:
Os interessados deverão comparecer aos Viveiros Municipais, no horário das 08:00 às 15:00 de segunda à sexta-feira.

Solicitamos comparecer com veículo aberto e pessoas para ajudar no carregamento das mudas, uma vez que elas têm altura aproximada de 3 metros.

Fonte: Prefeitura de São Paulo

Plantio de árvore em vias e áreas públicas

1. O que é o serviço?
É a o plantio de árvores pela Prefeitura em ruas, praças e demais áreas públicas em local onde ainda não havia árvores.

2. Quando solicitar?    
Quando se desejar um plantio de muda de árvore em ruas, praças e demais áreas públicas. 

3. Canais de atendimento para solicitar o serviço
- Portal de Atendimento SP156
- Central Telefônica 156
- Praças de Atendimento das Prefeituras Regionais
 - Descomplica SP São Miguel: Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Sousa, 76, Vila Jacuí, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.

4. Legislação/Norma que regula o serviço
Lei Municipal nº 14.887/2009, art. 20: competência da Secretaria do Verde

4. Taxas cobradas 
Gratuito.

5. Outras informações
Esse serviço não deve ser solicitado para reposição de árvores onde já havia alguma e ela foi removida ou caiu - nesses casos deve ser feita "denúncia de falta de plantio de uma nova árvore após remoção".

Fonte: Prefeitura de São Paulo

Denúncia de poda/remoção não autorizada

1. O que é o serviço?
Fiscalização de poda ou remoção de árvore não autorizada pela Prefeitura em área particular ou vias públicas.

2. Quando solicitar?
Quando houver dúvida ou se constatar que foi realizada poda ou remoção de árvore em área pública ou particular sem autorização da Prefeitura.

3. Canais de atendimento para solicitar o serviço
- Portal de Atendimento SP156
- Central SP156
- Praças de Atendimento das prefeituras regionais
- Descomplica SP São Miguel: Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Sousa, 76, Vila Jacuí, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.

4. Taxas cobradas
Gratuito.
 
Fonte: Prefeitura de São Paulo

Avaliação e serviços em árvore em área pública

1. O que é o serviço?
É a avaliação de árvore localizada em área pública (ruas, praças etc.) realizada por engenheiro/a agrônomo/a ou biólogo/a da Prefeitura, que resulta, ou não, na execução pela prefeitura regional de de algum serviço na árvore.
A execução de serviço na árvore depende da avaliação técnica realizada pela prefeitura regional, que indicará se há ou não necessidade.
Exemplos de serviços a serem realizados: poda, remoção, ampliação de canteiro, transplante, tutoramento, remoção de vegetação parasita.

2. Quando solicitar?
Quando o  munícipe acredita que é necessário ou gostaria que fosse realizado algum serviço em árvore localizada em área pública.
Isso porque a execução de qualquer serviço em área pública só pode ser realizada por agente da Prefeitura e após avaliação técnica realizada por engenheiro/a agronômo/a ou biólogo/a da Prefeitura sobre a situação da árvore e a necessidade ou não de algum serviço ser executado nela.

3. Canais de atendimento para solicitar o serviço:
- Portal de Atendimento SP156
- Central SP156
- Praças de Atendimento das Prefeituras Regionais
- Descomplica SP São Miguel: Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Sousa, 76, Vila Jacuí, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.

4. Legislação/Norma que regula o serviço:
Decreto Municipal nº 42.239/2002: responsabilidade das Prefeituras Regionais para execução do serviço
Lei Municipal nº 10.365/1987: corte e poda de árvores 
Decreto Municipal nº 26.535/1988: regulamenta a Lei Municipal nº 10.365/1987, relativa a corte e poda de árvores 
Lei Municipal nº 10.919/1990: publicidade para corte e poda de árvores 
Decreto Municipal nº 29.586: regulamenta a Lei Municipal nº 10.919/1990, relativa à publicidade para corte e poda de árvores 
Lei Federal nº 10.406/2002 - Código Civil - art. 1.283: sobre árvores entre dois imóveis vizinhos 
Decreto Estadual nº 30.443/1989: onsidera patrimônio ambiental e declara imunes a corte árvores no município de São Paulo 
Decreto Estadual nº 39.743/1994: altera o Decreto Estadual nº 30.443/1989, relativo a árvores imunes a corte
- Contrato que esteja em vigor entre a Prefeitura Regional da região e empresa prestadora de serviços em árvores.

5. Taxas cobradas
Gratuito

6. Prazo para a prestação do serviço
120 dias.

7. Principais Etapas do Serviço - Passo a passo:
1) Serviço é solicitado por meio dos canais de atendimento da Prefeitura e chega à Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) da Prefeitura Regional.

2) Técnico da Prefeitura Regional vai até o local e realiza avaliação técnica da árvore.

3) É publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo a autorização (deferimento) ou recusa (indeferimento) para a execução de serviço para o qual seja necessária essa publicidade (poda ou remoção).

4) Aguardar o prazo durante o qual pode ser apresentado algum recurso contra a autorização, caso ela tenha sido concedida.

5) Serviço é executado por equipe da empresa com contrato ativo para execução de serviços em árvores na Prefeitura Regional

OBS: Caso a avaliação técnica seja favorável à autorização de remoção de árvore em área considerada de vegetação signifcativa pelo Decreto Estadual nº 30.443/1989, ou em área tombada como patrimônio paisagístico, o laudo técnico da Prefeitura Regional é encaminhado para aprovação da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), no 1º caso, ou para os conselhos de proteção ao patrimônio envolvidos (Conpresp, Condephaat ou Iphan), no 2º caso.
 
Fonte: Prefeitura de São Paulo.

Avaliação e serviços em árvore em área particular

1. O que é o serviço?

É a avaliação de árvore localizada em área particular realizada por engenheiro/a agrônomo/a ou biólogo/a da Prefeitura, que resulta, ou não, em autorização para que o proprietário ou responsável legal pela área execute algum serviço na árvore.
Exemplos de serviços a serem autorizados: poda, remoção, ampliação de canteiro, transplante, tutoramento, remoção de vegetação parasita.

2. Quando solicitar?
Quando o  munícipe acredita que é necessário ou gostaria que fosse realizado algum serviço em árvore localizada em área particular sob sua responsabilidade, pois é necessária autorização da Prefeitura Regional para a realização de qualquer serviço na árvore. Exemplos de serviços: poda, remoção, transplante ou remoção de parasitas.
Este serviço não se destina a solicitações de remoção de árvores necessária para viabilizar obras, edificações, parcelamento de lotes etc.

3. Canais de atendimento para solicitar o serviço:
- Praças de Atendimento das Prefeituras Regionais
- Descomplica SP São Miguel: Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Sousa, 76, Vila Jacuí, de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.

4. Requisitos, Documentos e Informações para solicitar o serviço:
É necessário apresentar RG, CPF e IPTU, fotografias da(s) árvore(s), croqui (mapa simples, desenhado pela própria pessoa que solicita a poda/remoção) que traga a localização do imóvel e das construções que existam nele, além da localização da(s) árvore(s) nesse croqui numerando-as e relacionando os números com as fotos entregues.
Além disso, é necessário preencher um formulário. A apresentação dos documentos deve ser realizada na praça de atendimento da Prefeitura Regional correspondente.
OBS.: O solicitante deverá ser o proprietário do imóvel (ter o nome no IPTU), ou ter autorização para representar o(s) proprietário(s) por meio de procuração para isso.

5. Legislação/Norma que regula o serviço:
- Decreto Municipal nº 42.239/2002: responsabilidade das Prefeituras Regionais para execução do serviço
- Lei Municipal nº 10.365/1987: corte e poda de árvores
- Decreto Municipal nº 26.535/1988: regulamenta a Lei Municipal nº 10.365/1987, relativa a corte e poda de árvores 
- Lei Municipal nº 10.919/1990: publicidade para corte e poda de árvores 
- Decreto Municipal nº 29.586: regulamenta a Lei Municipal nº 10.919/1990, relativa à publicidade para corte e poda de árvores
- Lei Federal nº 10.406/2002: Código Civil - art. 1.283 sobre árvores entre dois imóveis vizinhos
- Decreto Estadual nº 30.443/1989: considera patrimônio ambiental e declara imunes a corte árvores no município de São Paulo
- Decreto Estadual nº 39.743/1994: altera o Decreto Estadual nº 30.443/1989, relativo a árvores imunes a corte

6. Taxas cobradas
A avaliação da árvore por técnico da Prefeitura é gratuita, porém a execução de serviços como a remoção ou transplante de árvores em área particular é taxada conforme o Anexo do Decreto nº 56.737/2015.

7. Prazo para a prestação do serviço:
120 dias (Caso se identifique que há urgência para a avaliação e execução de serviços na árvore, o prazo de atendimento é reduzido conforme a gravidade do caso)

8. Principais Etapas do Serviço - Passo a passo:
1) Serviço é solicitado por meio dos canais de atendimento da Prefeitura e chega à Coordenadoria de Projetos e Obras (CPO) da Prefeitura Regional correspondente.
2) Técnico da Prefeitura Regional vai até o local e realiza avaliação técnica da árvore.
3) É publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo a autorização (deferimento) ou recusa (indeferimento) para a execução de algum serviço na árvore para o qual seja necessária essa publicidade (poda ou remoção).
4) Aguardar o prazo durante o qual pode ser apresentado algum recurso contra a autorização, caso ela tenha sido concedida.
5) Emissão de autorização para execução de serviços na(s) árvore(s) em área particular - a execução dos serviços em área particular deve ser custeada pelo próprio solicitante interessado na autorização, dentro do prazo de validade da autorização concedida.
OBS: Caso a avaliação técnica seja favorável à autorização de remoção de árvore em área considerada de vegetação significativa pelo Decreto Estadual nº 30.443/1989, ou em área tombada como patrimônio paisagístico, o laudo técnico da Prefeitura Regional é encaminhado para aprovação da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), no 1º caso, ou para os conselhos de proteção ao patrimônio envolvidos (Conpresp, Condephaat ou Iphan), no 2º caso.

Fonte: Prefeitura de São Paulo.


quarta-feira

Folha seca não é lixo!

"Um tapete de folhas dá vida ao solo e abrigo à fauna"

A luxuriante hileia, a floresta tropical úmida da Amazônia, floresce há milhões de anos sobre solos que estão entre os mais pobres do mundo. Esse fato intrigava muitos estudiosos. O grande cientista alemão, explorador da Amazônia, Alexander Von Humboldt, ainda pensava que a floresta, tão viçosa, alta e densa, era indicação de solo muito fértil. Como pode haver tanta vegetação, crescendo tão intensivamente, sobre solo praticamente desprovido de nutrientes? O segredo é a reciclagem perfeita. Nada se perde, tudo é reaproveitado.
A folha morta cai ao chão, é desmanchada por toda sorte de pequenos organismos, principalmente insetos, colêmbolos, centopeias, ácaros e moluscos, e depois é mineralizada por fungos e bactérias. As raízes capilares das grandes árvores chegam a sair do solo e penetrar na camada de folhas mortas para reabsorver os nutrientes minerais liberados. Poucas semanas depois de caídos, os nutrientes estão de volta ao topo, ajudando a fazer novas folhas, flores, frutos e sementes. A floresta natural não necessita de adubação. Dessa forma ela consegue manter-se por séculos, milênios e milhões de anos. A situação não é diferente em nossos bosques subtropicais, nos campos, pastos ou banhados. A vida se mantém pela reciclagem. Assim deveríamos manter a situação em nossos jardins.
Um dos maiores desastres da atualidade, que está na base de muitos outros, é o fato de a maioria das pessoas estar, mesmo as que se dizem cultas e instruídas, totalmente desvinculadas espiritualmente da Natureza, alienadas do mundo vivo. As pessoas nascem e se criam entre massas de concreto, caminham ou rodam sobre asfalto, as aventuras que experimentam lhe são proporcionadas pela televisão. Já não sabem o que é sentir orvalho no pé descalço, admirar de perto a maravilhosa estrutura de uma espiga de capim, observar intensamente o trabalho incrível de uma aranha tecendo sua teia. Capim, aliás, só bem tosadinho no gramado, de preferência quimicamente adubado! Se não estiver tosado, é feio! Na casa, o desinsetizador mata até as simpáticas lagartixas, os gecos. 
A situação não é melhor nas universidades. No departamento de biologia de uma importante universidade de Porto Alegre, encontra-se um pátio com meia dúzia de árvores raquíticas. Alí o solo é mantido sempre bem varrido, nu, completamente nu! As folhas secas são varridas e levadas ao lixo. A varrição não distingue sequer entre carteira de cigarro, plástico e folha seca, para eles tudo é lixo. Já protestei várias vezes. Os professores e biólogos nem tomam conhecimento. Pudera! Hoje muitos dos que se dizem biólogos mais merecem o nome de necrólogos, pois gostam mais de lidar com vida por eles matada do que dialogar com seres e sistemas vivos. Preferem animais em vidros com álcool ou formol, plantas comprimidas em herbários. São hoje raros os verdadeiros naturalistas, gente com reverência e amor pela Natureza, que com ela mantêm contato e interação intensiva.
Atrás do prédio em que estava a área florestal da Riocell, onde estou instalado com meus escritórios da Tecnologia Convivial e da Vida Produtos Biológicos, existe um barranco onde se desenvolvem lindas "seringueiras". Na realidade, não são seringueiras, são plantas da mesma família de nossas figueiras, mas são oriundas da Índia. Além de crescerem pelo menos dez vezes mais rápido que nossas figueiras, fazem belas raízes aéreas e tramas superficiais no solo. A alienação que predomina entre nós, em geral, faz com que tais árvores sejam demolidas tão logo atinjam tamanho interessante e aspecto realmente belo. Os fícus elásticos, que me refiro, criaram um lindo tapete de folhas secas. Esse tapete segura a umidade do solo, mantém o solo poroso e aberto para a penetração da água da chuva e evita a erosão, especialmente na parte mais íngreme do barranco, já bastante erodida, porque no passado as folhas ali eram sempre removidas. Esse tapete promove também o desenvolvimento da vegetação arbustiva e rasteira, que dá ainda mais vida ao solo e abrigo à fauna, como corruíras e tico-ticos, lagartixas e insetos. Da janela do meu escritório, alegro-me cada vez que posso observar essa beleza.
Houve quem insistisse para que varrêssemos, deixando o solo nu. Faço um apelo a todos que ainda não o fizeram: observem esse aspecto importante e construtivo da Natureza, aprendam a ver a beleza na grande integração do Mundo Vivo. Não vamos varrer!

Fonte: Lutzenberger, José. Boletim A Garça (1990), da empresa então conhecida como Riocell. A varreção das folhas dos fícus elásticos a que Lutzenberger se refere neste texto foi suspensa, mas em anos posteriores, a maior parte das próprias árvores foi eliminada.

Partes da árvore

As árvores, como a maioria das plantas superiores, possuem raízes, caules, folhas, flores e frutos. O que diferencia as árvores das demais plantas superiores é a presença de um caule com eixo principal (tronco), entre a copa e as raízes. A raiz é a parte da árvore que serve para fixar a planta no solo e absorver a água e os sais minerais. O caule conduz a seiva, armazena substâncias de reserva, dá resistência mecânica e sustenta a copa. As folhas absorvem a luz solar e os gases da atmosfera e elaboram substâncias alimentares necessárias ao desenvolvimento da planta. As flores comportam os órgãos reprodutivos da planta que, após a fecundação, transformam-se em frutos. Estes, por sua vez, possuem em seu interior as sementes que são dispersas pela própria planta, por agentes da natureza, animais ou pelo próprio homem. A árvore é um ser vivo complexo, com um ciclo de vida bastante prolongado, sendo que algumas delas chegam a alcançar 2000 anos.
A árvore cresce e desenvolve-se, em toda a sua vida, tanto em altura quanto em espessura. O crescimento em altura é denominado crescimento primário que ocorre nas partes apicais. Esse processo é o responsável pelo alongamento do tronco e ramos. O crescimento secundário é o responsável pelo aumento em diâmetro da árvore. Esse aumento se dá por meio de uma camada de células delicadas denominadas câmbio vascular, situada entre a casca interna (floema) e a madeira (xilema), camada essa que se estende por todo tronco, ramos e raízes. O câmbio, por meio de divisões celulares, adiciona novas camadas de células para o lado de dentro formando novas camadas de madeira e, para o lado de fora, produzindo a casca interna ou floema. Analisando uma seção do caule (regiões do tronco) no sentido casca-medula, têm-se na seqüência os elementos a seguir que são mostrados na figura 1.

Figura 1 - Representação esquemática do tronco de uma árvore mostrando suas diferentes regiões (adaptado: fonte desconhecida)

a) Casca - A casca externa (ritidoma) tem como função proteger o floema, o câmbio e o lenho dos fatores que podem causar danos à árvore, tais como fogo e geada. A casca interna (floema) que se situa junto ao câmbio e tem como função conduzir as substâncias nutritivas (seiva elaborada) nas plantas vasculares. é conhecida também como líber.
b) Câmbio - compõe-se de camadas de células situadas entre o lenho (madeira) e a casca interna (floema) e dá origem a estes tecidos.
c) Alburno - é formado pelas camadas mais exteriores ou mais novas da madeira, onde se dá o transporte da seiva bruta por meio dos vasos e estocagem de substâncias de reserva nas células do parênquima. A madeira dessa região geralmente é mais clara, mais leve e mais susceptível ao ataque de pragas. A maioria das células é ativa na árvore viva, mas nas camadas mais interiores dessa região as células apresentam envelhecimento constituindo o "lenho agonizante" que vai se transformar em cerne.
d) Cerne - é a parte mais interna do caule, constituída por tecido fisiologicamente inativo. A madeira dessa região vai, gradativamente, perdendo a atividade vital e adquirindo, freqüentemente, coloração mais escura devido à deposição de taninos, gomas, óleos, resinas e outros materiais resultantes da transformação das substâncias de reserva contidos nas células do parênquima do alburno interno antes de sua morte e posterior transformação em cerne. A cor mais escura, entretanto, não é uma condição necessária para existência de cerne. Existem espécies como o marupá - Simarouba amara Aubl. e o morototó - Schefflera morototoni (Aubl.) Decne. & Planch. onde não se observa diferença de coloração entre estas duas regiões. Em outras espécies, como o pau-santo – Zollernia paraensis Hurber e a muirapixuna - Swartzia leptopetala Benth., ocorrem cerne-alburno bem distintos pela cor. O cerne apresenta uma durabilidade natural bem maior do que o alburno e a principal razão disso é a presença de extrativos tóxicos aos organismos degradadores da madeira. A presença de infiltrações que inibem o ataque de fungos e insetos não está intimamente ligada à cor do cerne como muitas vezes se supõe (Panshin & de Zeeuw, 1980), mas sim, à toxidez dos extrativos, que podem ser de cor clara ou escura. Na transformação do alburno em cerne, além das infiltrações por extrativos mencionadas, há também obstrução de vasos pela invasão de células de parênquima (tilos ou tiloses) em madeiras de folhosas e o fechamento das pontuações nas coníferas. A formação de tiloses e a
infiltração das células por extrativos fazem com que o cerne apresente uma maior massa específica e durabilidade. A menor penetrabilidade é provocada, principalmente, pela obstrução dos vasos por tilos ou extrativos, tornando o cerne mais resistente à impregnação de preservativos e a causa de dificuldades na secagem. Por outro lado, a obstrução dos vasos reduz a quantidade de ar e de umidade, dificultando o desenvolvimento de fungos.
e) Lenho juvenil - são as camadas de madeira formadas imediatamente em torno da medula quando a planta era jovem. Essas camadas de madeira foram formadas quando a árvore iniciou seu crescimento em espessura (engrossamento), sendo assim um tecido menos resistente, o qual durante os processos de secagem contrai mais que o restante do lenho, contribuindo para empenamentos. Tanto o lenho juvenil quanto a medula são susceptíveis ao ataque de pragas como cupins, formigas e fungos, provocando, muitas vezes um oco no centro do tronco, mesmo na árvore em pé (figura 2).
f) Medula - a medula é a parte mais interna do tronco ou ramos, podendo ser central ou excêntrica, com diâmetro variável de um milímetro a dois centímetros. É formada por células parenquimatosas, provenientes de crescimento primário. Muitas vezes, ela é mais escura, destacando-se bem do lenho, porém, em algumas espécies, é difícil de ser percebida (figura 2).
g) Anéis de crescimento - É uma série de camadas de crescimento concêntricas, muitas vezes alternadas em partes claras e escuras de diferentes espessuras, que vão da medula até a casca, resultantes das divisões sucessivas do câmbio influenciado por condições ambientais e por condições específicas da espécie. Desta forma, as atividades do câmbio não são de forma contínua. Em regiões onde as estações do ano são bem definidas, os anéis de crescimento são bem diferenciados: Na primavera e verão, época mais propicia ao crescimento da árvore, a camada de madeira formada é de menor massa específica. Já no outono e inverno, período de repouso vegetativo, a camada de madeira é de maior massa específica e de maior resistência. Portanto, o número de anéis de crescimento na seção transversal do tronco, permite avaliar a idade da árvore, considerando que cada anel se desenvolveu durante o ano (figura 2).

Figura 2 - Anéis de crescimento da seção transversal de um tronco

Fonte: Melo, J.E.; Camargos, J.A.A. A madeiras e seus usos. 228 p. Brasília. 2011.

Nomenclatura de espécies de madeira

As madeiras freqüentemente recebem nomes de acordo com os nomes populares das árvores das quais são extraídas. Como exemplo tem-se a espécie orelha de macaco que é conhecida por esse nome devida o seu fruto ter semelhança com uma orelha de macaco.
Devido à grande quantidade de espécies de madeiras tropicais, à extensa região de ocorrência e ao significativo fluxo de comercialização, observam-se a utilização de múltiplos nomes comerciais para uma mesma madeira, bem como a existência de diferentes madeiras comercializadas sob um mesmo nome. Observa-se ainda, com freqüência, que os nomes são dados pela suposta semelhança com outras madeiras mais conhecidas e consagradas pelo uso, ou ainda, a adoção de termos como padrão cerejeira, padrão mogno, padrão sucupira e outros. Com esta diversidade de madeiras e nomes comerciais, torna-se difícil saber a realidade do comércio das madeiras tropicais, pois muitas dessas espécies ocorrem em outros países e já possuem outra nomenclatura comercial.
Desta maneira, podemos observar, que uma mesma espécie que tem uma distribuição ampla, possui vários nomes baseados em diferentes conceitos e um mesmo nome usado para espécies diferentes, mas muitas vezes, não têm nada em comum. Por outro lado, padronizações mais abrangentes, também são difíceis de serem adotadas, ainda mais se tratando de países com línguas diferentes.
A nomenclatura botânica é o único sistema de nomenclatura internacionalmente aceito, no qual as madeiras são denominadas pelo nome da espécie de onde são extraídas. Qualquer padronização de nomenclatura com vistas a organizar o mercado madeireiro, deve, obrigatoriamente, estar associada a esta nomenclatura.

Nomenclatura botânica

O número de espécies vegetais conhecidas é muito grande, exigindo, a nível mundial, um sistema que apresente os princípios básicos, as regras e as recomendações a serem seguidas quando se referir a um vegetal. Assim como os animais, também existem entre os vegetais um parentesco que permite fazer agrupamentos baseando-se em características comuns morfológicas, anatômicas e químicas dos órgãos vegetativos e reprodutivos.
A unidade básica de um sistema de classificação é a espécie e em ordem ascendente da escala tem-se:
gênero, família, classe e divisão; podendo ter outras categorias intermediárias como subfamílias, tribos, subtribos, subclasses, etc. Dessa maneira, cada espécie pertence a um gênero. Grupos de gêneros similares a uma família e às famílias, por sua vez, são arranjados em ordens; e as ordens em outras divisões mais abrangentes do reino vegetal. Estas, por sua vez, são agrupadas em linhas evolutivas que resultam em vários sistemas de classificação, sobre os quais não trataremos neste contexto.
O nome de uma espécie é uma combinação de duas palavras (nomenclatura binomial), escritas em latim, sendo a primeira o nome genérico indicativo do grupo a que pertence e a segunda, o nome específico denominado de epíteto específico. Para que o nome da espécie seja preciso e completo, é necessário que seja citado o nome do autor ou autores que fizeram, pela primeira vez, a descrição da espécie.
Exemplo de duas espécies de vegetais colocados em seus respectivos grupos botânicos:


As duas espécies acima pertencem a dois grandes grupos de vegetais produtores de madeiras, com características morfológicas e anatômicas distintas entre si. Na Divisão Angiospermae (latifoliadas) estão as plantas com folhas largas e sementes envolvidas por uma casca. Este grupo é também conhecido por hardwoood por ser representado por madeira de maiores massa específica, como o ipê, a maçaranduba, o cumaru e outras.
Na Divisão Gymnospermae (coníferas) estão as plantas com folhas aculiformes (em forma de agulhas) e “frutos” sem casca, em forma de cone com sementes expostas. Esse grupo é conhecido também por sofwood por ser representado, geralmente, por madeira de massa específica mais baixa como espécies do gênero Pinus, o pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia (Bert.) Kuntze) e outras.

Fonte: Melo, J.E.; Camargos, J.A.A. A madeiras e seus usos. 228 p. Brasília. 2011.

sábado

A árvore e o espaço urbano

Por Ana Cristina Costa

A expansão das cidades levou ao longo dos tempos à alteração da paisagem e onde outrora se encontravam espaços abertos, permeáveis, assiste-se hoje a uma densa malha urbana com diversas infra-estruturas que constituem uma barreira aos fluxos naturais, originando o fenomeno da ‘ilha de calor’. 
As condições das áreas urbanas são agora bem distintas: as ruas asfaltadas, os passeios impermeáveis e a atmosfera poluída. O desenvolvimento dos aglomerados urbanos exige por isso a constituição de estruturas verdes adequadas, que possibilitem a satisfação das necessidades das populações quanto a recreio, lazer, contato com a natureza e simultaneamente conseguir amenizar alguns problemas existentes. 
Nesse sentido os espaços verdes desempenham importantes funções de termoregularização, controle da humidade e das radiações solares, purificação do ar e fixação de poeiras, absorção de CO2, aumento do teor de O2 e protecção contra ventos. E as árvores em particular desempenham ainda outras funções, de protecção contra a erosão, pela estabilização do solo, limitação das escorrências superficiais, diminuição do risco de cheias e também contra o ruído, criando ‘cortinas’ de proteção em relação à rede viária e enquadramento estético. 
As árvores permitem ainda pelo ensombramento ou permeabilidade aos raios solares, atenuar as variações de temperatura fazendo com que no Inverno os edifícios circundantes não percam tanto calor e no Verão não ganhem tanto, permitindo a diminuição dos consumos de energia. 
No entanto, com a falta de planeamento das cidades, nem sempre o espaço reservado às árvores é o mais adequado, ficando habitualmente estas com as áreas sobrantes, com espaço aéreo e subterrâneo de dimensões reduzidas e fortemente disputado pelas infra-estruturas. Ora, com o limitado volume de terra disponível para as raízes, o crescimento é afetado e a árvore torna-se mais sensível a pragas e doenças. 
Acontece frequentemente que a árvore está mal adaptada ao meio: o seu porte inadequado, a sua implantação mal executada… 
Estes constrangimentos obrigam a recorrer a podas e por vezes ao abate, reduzindo a qualidade de vida nas cidades e agravando os custos dos serviços de manutenção. Assim, de forma a evitar esta situação e a permitir o desenvolvimento da árvore, torna-se essencial proceder a uma adequada seleção das espécies, tendo em conta as condições do local. Também a plantação de árvores de qualidade, permitirá evitar problemas futuros e o respeito pelas condições de implantação, nomeadamente dimensões das caldeiras (tendo em conta o desenvolvimento do sistema radicular e tronco da espécie selecionada), permitem uma clara melhoria das condições de permeabilidade dos solos, fundamentais a um bom desenvolvimento. 
As árvores têm muito mais do que uma simples função estética, elas constituem uma infra-estrutura funcional que contribui de um modo significativo para a qualidade da vida na urbe, tanto a nível ambiental, social e econômico. Infelizmente, continuamos a assistir a um desrespeito pela sua integridade e a uma gestão que denuncia falta de conhecimentos sobre a sua fisionomia e funcionamento, que pode levar a problemas ao nível da segurança (por queda de ramos e até das árvores) e gastos de manutenção elevados, nomeadamente com podas desnecessárias e desadequadas às necessidades das árvores urbanas.

Fonte: Correio do Minho