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sábado

Andiroba - Carapa guianensis


Nome Científico: Carapa guianensis Aubl.
Família: Meliaceae.
Nomes Comuns: Andiroba, Andirobeira, Carapa, Andirova, Cedro-Macho, Figueroa, Tangaré, Andiroba-Branca, Andiroba do Igapó, Andiroba Vermelha, Angirova, Comaçari, Mandiroba, Vandiroba, Carapá, Carapinha, Gendiroba, Jandiroba, Penaíba, Pulga de Santo Inácio, Abomidan, Caraba.

Ocorrência: Árvore de ampla distribuição, freqüentemente formando associações, sendo encontrada na América Central, Peru, Suriname, Guianas, África Tropical, Antilhas, Colômbia e Venezuela. No Brasil, ocorre em toda a Amazônia, nas matas de várzeas e faixas alagáveis dos rios, baixo Amazonas, rio Solimões, alto rio Erepecuru, litoral norte do Estado do Pará, região das Ilhas e baixo rio Tocantins.Prefere as várzeas e os igapós, podendo ainda ser encontrada em terra firme. Encontra-se também com menor freqüência nas vertentes das colinas, em solos bem drenados.
Características Morfológicas: A andiroba é uma árvore de múltiplo uso, fornecendo um dos óleos medicinais mais utilizados na Amazônia, madeira de alta qualidade e casca medicinal.  Árvore de grande porte, com crescimento rápido, chegando a medir até 30 m de altura. Encontrada freqüentemente formando associações. Possui quase sempre fuste reto com sapopemas, cilíndrico, sem defeito. A casca é cinzenta e grossa, tem sabor amargo e desprende-se facilmente em grandes placas. Copa de tamanho médio e bastante ramosa. Folhas grandes compostas, pinadas, escuras e pendentes, com pecíolos longos, alternas, com 30-60 cm de comprimento e até 50 cm de largura. Inflorescência em panículas axilares, principalmente nas extremidades dos ramos, com cerca de 30 cm de comprimento. As flores pequenas têm cor creme. Frutos cápsulas globosas deiscentes, com 6-8 cm de diâmetro, que se abrem quando caem no chão, liberando do seu interior de 8-16 sementes, com casca coriácea, ferrugínea e polpa branca, tenra, amarga, com 70% de um óleo espesso e amargo, de cor amarelo-escuro, conhecido também como "azeite de andiroba", excelente para saboaria e iluminação. A semente é tetragonal ou cuneiforme, convexa no lado dorsal. Nem todos os anos as árvores de andiroba produzem frutos. Produz de 50 a 200 kg de sementes por árvore anualmente. A produção varia muito, pois nem todas as árvores frutificam sempre. Cem quilos de sementes produzem aproximadamente 18 litros de óleo. Espécie de grande valor pela abundância e teor oleaginoso de suas sementes e largo uso de sua madeira.
Informações Ecológicas: Árvore perenifólia, heliófita, da mata primária, característica de várzeas úmidas e inundáveis. Apresenta boa regeneração natural nas capoeiras de várzeas. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Fenologia: Normalmente, produz de flores a cada três anos. Sua floração ocorre com maior intensidade de janeiro a março, podendo se estender até abril. Entretanto, floresce de agosto a outubro na Amazônia, frutificando de janeiro a maio.


Obtenção de Sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura e queda espontâneas apresentando coloração café esverdeado ou, recolher as sementes no chão logo após a queda. No primeiro caso, deixar os frutos ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. Um quilograma de sementes contém aproximadamente 55 unidades, medindo de 40-65 mm de comprimento por 30-45 mm de largura.
Produção de Mudas: Colocar as sementes para germinação, logo que colhidas e sem nenhum tratamento, diretamente em recipientes individuais contendo substrato rico em material orgânico, e mantidos em ambiente semi-sombreado; cobrir as sementes com uma camada de 1 cm de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A germinação é hipógea, a emergência ocorre em 25-35 dias e geralmente é elevada com sementes frescas, sendo que o índice de emergência varia de 88 a 94%. O desenvolvimento das mudas é moderado, ficando prontas para o plantio no local definitivo em 6-7 meses, feito em plena abertura ou sob sombra com 50% de luz. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.
Armazenamento: Sua viabilidade em armazenamento é muito curta, pois as sementes são recalcitrantes. No entanto, existem testes recentes de armazenamento com sementes por um ano em sacos plásticos hermeticamente fechados com uma temperatura de 15ºC e umidade de 70%.