terça-feira

Phoracantha semipunctata - Broca-do-eucalipto

Phoracantha semipunctata (Fabricius, 1775) 
Coleoptera, Cerambycidae

Vulgarmente conhecida como coleobroca-do-eucalipto e broca Phoracantha, é um inseto originário da Austrália, introduzido na África, na Europa e nas Américas, é considerada praga dos eucaliptos em vários países destes continentes. No Brasil, a única referência sobre P. punctata foi feita no Rio Grande do Sul, registrada no 4º catálogo dos insetos (1968). Em portugal é uma praga importante dos eucaliptos, principalmente em plantios de Eucalptus globulus. Em novembro de 1994 esta broca foi detectada em plantios de Eucalyptus citriodora, no Horto Córrego Rico da FEPASA em Córrego Rico - SP. O ataque foi observado em árvores adultas estressadas, provavelmente por fogo e posteriormente por doença (cancro). Entre as diversas espécies de eucalipto, citadas na literatura como hospedeiros de P. semipunctata, destacam-se Eucalyptus botryoides, E. camaldulensis, E. globulus, E. grandis, E. maculata e E. viminalis, sendo E. camaldulensis, E. globulus e E. viminalis referidas como as mais suscetíveis. 

Danos:
As larvas constroem galerias, debilitando o funcionamento fisiológico da planta, diminuindo seu crescimento, reduzindo a qualidade da madeira para o comércio e dificultando ou até impedindo a exportação da madeira para países onde esta praga não existe.

Medidas de controle

Controle silvicultural:
Não plantar espécies de eucaliptos em sítios com déficit de água em relação a região de origem. Eliminar durante o inverno árvores mortas e atacadas e efetuar a limpeza periódica da floresta. O monitoramento se dá ainda por meio da instalação de árvores-armadilhas (troncos recém-cortados) e, após a derrubada das árvores, é aconselhável retirar a casca (para evitar posturas), caso elas permaneçam alguns dias na floresta. Recomenda-se a instalação de árvores-armadilhas em clareiras, queimadas após a verificação da existência de posturas. 

Controle biológico: 
É recomendada a introdução dos fungos Beauveria bassiana, B. brangniartii e Hirsutella sp.; do predador Iridomyrmex humilis (Hymenoptera: Formicidae); dos parasitoides de pupas e larvas Helcostizus rufiscutum (Hymenoptera: Icheneumonidae); do parasitoide de ovos Aventianella longoi (Hymenoptera: Encirtidae) e dos parasitoides de larvas Syngaster lepidus e Jarra sp. (Hymenoptera: Braconidae).

Espécies suscetíveis: Eucalyptus globulus, E. grandis, E. diversicolor, E. viminalis, E. nitens e E. saligna. 
Espécies resistentes: E. trabutii, E. dalyrmpleana, E. camaldulensis, E. cladocalyx e E. robusta.

Fonte: Berti Filho, E.; Cerignoni, J. A.; Souza Jr, C. N. (1995) Primeiro registro de Phoracantha semipunctata (Fabricius, 1775) (Coleoptera, Cerambycidae) no Estado de São Paulo. Revista de Agricultura. Vol. 70, nº 1.

Fonte: Costa, E.C.; D´ávila, M.; Cantarelli, E. B.; Murari, A. B. Entomologia Florestal. Santa Maria: Editora da UFMS. 2011.

Fotos: Google

Um comentário:

João Ângelo ™ disse...

Phoracantha ainda continua sendo uma praga bastante importante.