sexta-feira

Guaiçara

Nome científico: Luetzelburgia guaissara Toledo
Nome popular: Guaissara, guajussara ou pau-ripa. 

O gênero foi nomeado em homenagem ao botânico alemão Philipp von Luetzelburg. Árvore endêmica do Brasil, não pioneira, decídua ou semidecídua durante o inverno, da família Fabaceae, rara de ser encontrada, pode chegar a uma altura de até 22 metros, com tronco de até 70 cm de diâmetro, revestido por casca pardo-acinzentada com ritidoma escamoso e reticulado. Sua frutificação não ocorre todos os anos, mas durante sua frutificação ocorre a perda total das folhas em pleno verão chuvoso.
Ocorre no Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Santa Catarina), em vegetação do tipo Floresta Estacional Semidecidual.
Normalmente desenvolve uma copa larga, sendo excelente espécie para produzir sombra. 
Folhas: alternas espiraladas, estipuladas, compostas imparipinadas, com 9 a 19 folíolos elípticos a oblongos, subcoriáceos, glabros, apresentando superfície superior luzidia, e 3 a 7 cm de comprimento por 15 a 25 mm de largura;
Inflorescência: tipo panícula ereta; bractéola formato linear a lanceolada; indumento da eixo e cálice escuro castanho seríceo;
Flores: pequenas e vermelhas com florescimento de dezembro a fevereiro;
Frutos: A maturação dos frutos ocorre de março a maio e o fruto é do tipo sâmara, não comestível.
Madeira: é utilizada na construção civil e para a produção de lenha e carvão.

Saiba mais:
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. v.1, 6.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2012.171p.

CARDOSO, D.B.O.S. Luetzelburgia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB101117 . Acesso em: 16 Ago. 2017.

Luetzelburgia guaissara in Ficha de Espécies do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Disponível em: https://ferramentas.sibbr.gov.br/ficha/bin/view/especie/luetzelburgia_guaissara. Acesso em 20-07-2020

CNCFlora. Luetzelburgia guaissara in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em : http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Luetzelburgia guaissara. Acesso em 20-07-2020

Copaíba

Copaíba
Nome científico: Copaifera langsdorffii Desf.

            Árvore nativa, semidecídua, não pioneira, da família Fabaceae, pode chegar até 15 metros de altura, com tronco de até 80 cm de diâmetro. É extraído a seiva do tronco para fins medicinais, chamado óleo de copaíba. Floresce nos meses de dezembro a março e os frutos amadurecem de agosto a setembro com a planta quase desfolhada, consumidas por pássaros.
            Ocorre no Norte (Rondônia, Tocantins), Nordeste (Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo), Sul (Paraná, Rio Grande do Sul) em vegetação do tipo Área Antrópica, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta de Terra Firme, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial).

Folhas: compostas paripinadas, com 3 a 5 pares de folíolos; folíolos alternos ou opostos, glabros, de 4-5 cm de comprimento por 2-3 cm de largura, lâminas de forma elítica / oval, ápice aguda, margem plana.
Flores: brancas, em panículas terminais.
Fruto: vagem monosperma.
Semente: arilo amarelo/laranja.

Saiba mais: 

COSTA, J.A.S. Copaifera in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22896>. Acesso em: 15 Ago. 2017.


LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v.1, 6.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2012. 129p.

Canela-amarela

Canela-amarela
Nome científico: Ocotea velutina (Nees) Rohwer

            Árvore semidecídua, não pioneira, endêmica do Brasil da família das Laucaceae, pode chegar até 25 metros de altura com tronco até 70 cm de diâmetro, revestido por casca pardacenta com ritidoma suberoso. Floresce de abril a maio e a maturação dos seus frutos ocorre em setembro a outubro, seus frutos são consumidos por várias espécies de pássaros.
            Ocorre no Nordeste (Bahia), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) em vegetação do tipo Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial).

Folhas: alternas espiraladas, simples, ovalado-elípticas, coreáceas, denso-tomentas, com nervuras secundárias e primárias proeminentes na face inferior e glabras a glabrescentes na superior de 10 a 15 cm de comprimento por 4 a 6 cm de largura.
Flores: amarelo-esverdeadas, congestas, dispostas em inflorescências axilares.
Fruto: baga globoso-elíptica, de cor negro-lustrosa.

Saiba mais:
Lauraceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8493>. Acesso em: 15 Ago. 2017.


LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v.1, 6.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2012. 224p.

Cabreúva-vermelha

Cabreúva-vermelha
Nome científico: Myroxylon peruiferum L. f.

            Árvore nativa não pioneira semidecídua pertencente à família Fabaceae, pode chegar até 26 metros de altura e tronco até 80 cm de diâmetro, revestido por casca acinzentada e fissurada. Floresce durante os meses de julho a setembro e os frutos amadurecem de outubro a novembro, produzindo anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
            Ocorre no Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo), Sul (Paraná) em vegetação do tipo Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista.

Ramos: com lenticelas abundantes.
Folhas: compostas imparipinadas com 5 a 15 folíolos; ápice obtuso retuso à acuminado; base oblíqua arredondada atenuada à subcordada; folíolo com 2,9 a 10,5 cm de comprimento e 1,7 a 3,3 cm de largura; forma oblonga elíptica amplamente elíptica à ovada; glândula conspícuo; nervura conspícuo superfície abaxial; superfície brilhante.
Inflorescência: com bráctea forma deltada; posição ascendente; racemo terminal ou axilar comprimento maior que folha.
Flor: esbranquiçada em racemos axilares, botão-floral globoso; bractéola ovada; flor com comprimento de 7 a 9 mm; lobo cálice obsoleto; estandarte amplamente ovado; pétala lanceolada.
Fruto: tipo sâmara núcleo seminífero elíptico inserida pela asa na infrutescência.
Sementes: tipo testa rugosa, contém cumarina.

Saiba mais:

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v.1, 6.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2012. 180p

NOGUEIRA, C.; BRANCALION, P.H.S. Sementes e mudas: guia de propagação de árvores brasileiras. São Paulo> Oficina de textos, 2016. 233p.


SARTORI, Â.L.B. Myroxylon in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29797>. Acesso em: 15 Ago. 2017.

Araribá-piloso

Araribá-piloso
Nome científico: Centrolobium tomentosum Guillem. ex Benth.

            Espécie não pioneira endêmica do Brasil da família Fabaceae, pode atingir até 22 metros de altura, com tronco de 30 a 60 cm de diâmetro, revestido por casca acinzentada. É uma planta decídua, heliófita e seletiva xerófita. Floresce durante os meses de janeiro a março e os frutos amadurecem de agosto a setembro, produzindo anualmente grande quantidade de sementes que são dispersadas pelo vento.
            Ocorre no Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo), Sul (Paraná) em vegetação do tipo Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial), Área Antrópica.

Folhas: compostas imparipinadas, com 13 a 17 folíolos elípticos, de base arredondada e ápice cuneado a cuspidado, ferrugíneo-tomentosos na face inferior e pubescentes na superior, com venação camptódroma, de 6 a 11 cm de comprimento.
Flores: amarelas, zigomorfas, diclamídeas, dispostas em panículas terminais.
Fruto: tipo sâmaras equinocárpicas, seco indeiscente, alado.
Sementes: ortodoxas.


Saiba mais:

Fabaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB29512>. Acesso em: 11 Ago. 2017.


LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v.1, 6.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2012. 192p

Angico-branco

Angico-branco
Nome científico: Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan

            Árvore pioneira nativa, não é endêmica do Brasil, pertence à família das Fabaceae, pode chegar até 25 metros de altura com copa aberta e tronco de 30 a 50 cm de diâmetro revestido por casca acinzentada com ritidoma escamoso e fissurado. Floresce exuberantemente a partir do mês de novembro prolongando-se até janeiro, sendo flores melíferas. A maturação dos seus frutos acontece em julho a agosto.
            Ocorre no Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná), em vegetação de Caatinga (stricto sensu), Cerrado (lato sensu), Floresta Estacional Semidecídua, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial).

Ramos: Ramos lenticelados, pubescentes a glabrescentes.
Folha: com 14 a 30 pares de pinas, 35 a 50 ou mais pares de foliólulos com ambas as superfícies glabras, ápice agudo a obtuso e base assimétrica. Inserção de nectário (forma oblongo/crateriforme) na região mediana pecíolo entre pina basal.
Inflorescência: Inflorescência capituliforme em fascículo/paniculada.
Flor: Flores pubérulas, 3mm; anteras com glândulas sésseis, caducas.
Fruto: De forma oblongo reto, com margem sinuosa a constrita/moniliforme e superfície do folículo lisa/reticulada, fruto seco deiscente.
Semente: Forma orbicular, estreitamente alada, ortodoxa.

Saiba mais:
MORIM, M.P. Anadenanthera in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18071>. Acesso em: 08 Ago. 2017.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, v.1, 6.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2012. 192p

É possível monitorar todas as árvores de uma cidade?