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Cacto-rosa, Ora-pro-nobis - Pereskia grandifolia

Nome popular: Cacto-rosa, Ora-pro-nobis

Nome científico: Pereskia grandifolia

Família: Cactaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Pereskia grandifolia, sou da família das Cactáceas. Por aqui sou conhecida como cacto-rosa, ora-pro-nobis arbóreo, rosa-madeira.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. No Brasil estou presente naturalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, com exceção do Rio Grande do Sul. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical. Sou resistente à seca e tolero baixas temperaturas, até – 5°C.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 10 metros de altura. Como tenho muitos espinhos no caule meu plantio é inadequado para calçadas. Mas em muitas casas, sou usada como cerca-viva.

E como são tuas flores e frutos?
Eu tenho belas flores, grandes e rosas. Meus frutos possuem a forma semelhante aos figos, e ficam amarelados quando maduros. A forma mais adequada de produzir mudas de mim é através de estacas dos ramos jovens.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Também não precisa varrer minhas folhas, porque elas ficam muito belas quando caem no chão, além do que as folhas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Sou utilizada no paisagismo, pois sou bem bonita. Além disso, tenho potencial medicinal. Vocês sabiam que minhas folhas e frutos são comestíveis? As minhas folhas são as mais consumidas, refogadas, em forma de saladas, omeletes, cozidos, tortas, entre outros.

Existe alguma curiosidade sobre o cacto-rosa que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Assim como eu, a Tuna, também é um cacto arbóreo. Ela é um dos símbolos do Pampa, sendo muito resistente, imponente e ao mesmo tempo delicada, quando está com suas belas flores. A música abaixo foi feita para ela, mas poderia ser aplicada também para mim, pois tenho formosas flores além dos espinhos:

Flor da Tuna
Edilberto Teixeira

Com suas lanças de ouriço
a tuna defende a flor
nem a abelha nem o beija flor
assim no mais chegam nela
Nem tão pouco o marimbondo
arrisca a lanhar o lombo
na busca do beijo dela
Só vento se espinha todo
só de beijar quando passa
nas lanças chora a desgraça
do seu cruel desamor
então givelis suspensa

ela ri da indiferença
de quem não gosta de flor
Ela é a triste flor de um dia
que se quer mais não se alcança
quem de nós se distancia com os
espinhos na lembrança
Mimosa flor que se esconde
entre os espinhos da tuna
desta trincheira se arruma
que nem mulher vaidosa
pois tem igual matrerisse
para colher tão dificil
para beijar tão custosa
Quando chega a primavera
meu rancho fica mais lindo
quando essa flor vai se abrindo
no labirinto das lanças
lembrando que tem nessa vida
a flor da magoa sentida que
desabrocha a esperança.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998. https://pt.wikipedia.org(Acesso em junho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.colecionandofrutas.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.aplantadavez.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://come-se.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://www.letras.mus.br

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

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