terça-feira

Árvores amazônicas são identificadas com reconhecimento digital

Ricardo Braga Neto - O eco notícias  - link matéria


Árvores amazônicas em região próxima a Manaus. Crédito: Karina Miotto

A identificação de espécies de árvores que são muito parecidas pode ser feita por uma técnica baseada no estudo da interação entre matéria e a energia radiada na forma de luz infravermelha. As experiências foram feitas com ‘matamatá’, árvore da família da Castanha-do-Brasil, muito abundante no Amazonas e cujo nome popular engloba diversas espécies já que as árvores são muito semelhantes.
A técnica consiste em realizar medidas repetidas das estruturas vegetais para estabelecer uma referência e funciona porque cada espécie possui uma assinatura espectral particular, seja nas folhas ou na madeira. Entretanto, a existência de uma coleção identificada pelo especialista Scott Mori e curada por Ana Andrade, do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), permitiu que os resultados da técnica fossem calibrados precisamente. “Os resultados corroboram a identidade das espécies fornecidas pelo autor, sendo uma oportunidade para aprimorar, acelerar e modernizar as atividades de reconhecimento” observa Flávia Durgante responsável pelo trabalho, tema de seu mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

“Conseguimos não apenas ter certeza da identidade das espécies estudadas, mas também diminuímos o tempo e os erros de identificação”, afirma Flávia. O processo demora menos de um minuto, não gera resíduo, não consome a amostra e é muito mais barato do que análises de DNA.
Os resultados promissores sugerem que é viável a construção de um banco de dados calibrado por amostras de confiança, férteis e identificadas por um especialista. O equipamento que faz a medição é acessível para herbários, instituições de pesquisa e universidades. O potencial de aplicação é imenso, seja no contexto acadêmico como no ambiental e econômico, o que contribui para a conservação dos recursos florestais na Amazônia.

quarta-feira

Munguba (Pachira aquatica Aubl)

Munguba (Pachira aquatica Aubl) é uma árvore da família Malvaceae nativa da América Central e do Sul em áreas alagáveis.
A Pachira aquatica conhecida vulgarmente como munguba é uma árvore frondosa, cujas folhas pecioladas e digitadas apresentam de 5a 9 folíolos verde-escuro. Suas flores com 5 pétalas muito grande são castanho-avermelhadas (Barroso et al. 1978).
 Estudos desenvolvidos sobre a composição das sementes demonstram que a que a Pachira aquatica tem um elevado teor de óleo(44,1%) sendo o ácido palmítico o seu principal componente.
Observou-se também a existência de proteína com alto teor de triptofano. Testes efetuados toxicológicos realizados sobre a Pachira aquatica apresentou discreta toxicidade e não apresentou evidencias citotóxicas, não foi observada atividade bactericida (Charlene K. S. Pereira, Cínara S. Vidal, Max R. Quirino e Marçal Q. Paulo).
Espontaneamente, a árvore vegeta em locais úmidos, nas margens e nos barrancos de rios e lagoas, ou em terrenos alagadiços e brejosos, de onde provém a aquática do seu nome científico. No entanto, a monguba adapta-se facilmente a condições bem diversas de solo e clima. Em geral, a monguba é árvore de tamanho variável, bastante frondosa, possuindo uma copa densa e arredondada. Por tais qualidades e pela beleza e exotismo de suas grandes flores amarelas de pontas avermelhadas, é árvore de reputada função ornamental. A monguba é, inclusive, bastante utilizada na arborização das ruas, provando sua adaptabilidade e sua capacidade de medrar até mesmo em terrenos secos (Cronquist 1981).
Embora seja espécie muita conhecida, adaptável ao cultivo, de frutos saborosos e de variadas utilidades, a monguba é pouco utilizada pelos brasileiros, não sempre reconhecida como espécie de importância para a exploração econômica, o que é um equívoco. As belas monguba produzem anualmente grandes quantidades de frutos, disputados avidamente pela fauna. Deles, aproveita-se às sementes. Sendo da mesma família das paineiras, as sementes da monguba, que permanecem guardadas em grandes e compridas cápsulas de coloração castanho-avermelhadas e de aparência aveludada, ficam envoltas em meio a uma paina branca.
As castanhas são comestíveis e podem ser consumidas cruas, assadas sobre a brasa, fritas em óleo, cozidas com sal ou torradas, produzem bebidas como o café.
Sinonímia: castanheiro-do-maranhão, cacau-selvagem, castanheira da água, castanheiro-de-guiana, mamorana, munguba, mungaba. Curiosamente, é chamada nos EUA de MONEYTREE

Pragas:
Eucroma - Euchroma gigantea (Coleoptera: Buprestidae)
As larvas infestam a madeira podendo provocar a queda da árvore.






Mais Insetos associados 

Além de E. gigantea há registros de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae), Bemisia sp. (Hemiptera: Aleyrodidae); Dryoctenes scrupulosa (Germar, 1824) e Steirastoma brevis (Sulzer, 1776) e Steirastoma depressum (Sulzer, 1776) (Coleoptera: Cerambycidae); percevejos-manchadores do gênero Dysdercus (Hemiptera: Pyrrochoridae); Coptotermes gestroi (Wasmann, 1896) (Isoptera: Rhinotermitidae) e Heterotermes sp. (Isoptera: Termitidae); Psylla floccosa Patch, 1909 (Hemiptera: Psyllidae), Palindia detracta Walsh. (Lepidoptera: Pyralidae), Phelypera shuppeli (Boheman, 1834) (Coleoptera: Curculionidae); Metcalfiella pertusa (Germar, 1835) (Hemiptera: Membracidae), Toxoptera citricida (Kirkaldy, 1907) (Hemiptera: Aphididae), Aspidiotus destructor Signoret, 1869 (Hemiptera: Diaspididade), Dorisiana sp. e Quesada gigas (Olivier, 1790) (Hemiptera: Cicadidae).





Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Monguba
FONSECA, A. P. P. 2010. Aspectos Biológicos de Euchroma gigantea (Linnaeus, 1758) (COLEOPTERA: BUPRESTIDAE) EM Pachira aquatica Aubl. (1775) (BOMBACACEAE) (Dissertação mestrado) Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas. RIO LARGO, ESTADO DE ALAGOAS, BRASIL