sexta-feira

Árvore: 71

Nome popular: Cajueiro
Nome científico: Anacardium occidentale
Família: Anacardiaceae
Origem: Brasil

Etimologia
Aspectos ecológicos
Planta decídua, espontânea em muitas regiões da costa norte e nordeste do país, onde forma pequena árvore. Cresce normalmente em quase todos os solos secos, entretanto dificilmente produz frutos em solos argilosos. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminadas pela fauna.
Informações botânicas
É uma árvore de 2-10 m de altura com tronco tortuoso de 25-40 cm de diâmetro. Algumas vezes pode prostar os seus ramos e dar origem a uma “nova planta”. Suas folhas são coriáceas, e suas flores pequenas, perfumadas e de coloração vermelha a púrpura. O pedicelo superdesenvolvido e suculento é geralmente confundido com o fruto, mas, na verdade, a castanha é o verdadeiro fruto. No mesocarpo do fruto contém um óleo-resina cáustica, conhecido com LCC (líquido da castanha de caju); no seu interior se encontra uma amêndoa oleaginosa comestível. Seu tronco exsuda uma secreção gomosa, que fica sólida depois de seca, denominada resina-de-cajueiro.
Características e usos da madeira
Sua madeira é leve, forte e de longa durabilidade. É apropriada para construção civil, serviços de torno, carpintaria e marcenaria, confecção de cabos de ferramentas agrícolas, cepas de tamancos e caixotaria.
Outros usos
A árvore é muito cultivada em quase todo o país e no exterior para obtenção de seu pseudofruto (caju), e de suas castanhas exportadas para quase todo o mundo. O caju é consumido in natura, na forma de sucos, sorvetes e doces caseiros. O suco de seu pseudofruto é industrializado e altamente apreciado em todo país; A casca da castanha fornece um óleo industrial. É planta indispensável nos pomares caseiros da costa litorânea. As flores são melíferas.
A goma purificada é usada pela indústria farmacêutica como agregante em comprimidos no lugar da goma arábica produzida na África. Nas práticas de medicina caseira são usadas preparações de uso oral, feitas com a entrecasca, a goma e o LCC, de acordo com a tradição tidas como antidiabética, adstringente, antidiarreica, depurativa, tônica e antiasmática.
Referências bibliográficas
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 1992.
LORENZI, H.; SARTORI, S. F.; BACHER, L. B.; LACERDA, M. T. C. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura). São Paulo – SP; Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2006

LORENZI, H.: MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil nativas e exóticas. Nova Odessa – SP: Instituto Plantarum, 2002.

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