Mostrando postagens com marcador espécies. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador espécies. Mostrar todas as postagens

terça-feira

Sombreiro - Clitoria fairchildiana

 O sombreiro [Clitoria fairchildiana (=C. racemosa)   R. A. Howard- Fabaceae] é uma árvore ornamental que ocorre desde a região amazônica na Ilha de Marajó - PA até as matas de galeria em Tocantins e Goiás, mede até 15 m de altura. Sem exsudação ao se destacarem as folhas. Copa globosa; com gemas e ramos terminais acinzentados, estriados e lenticelados. Tronco com diâmetros de até 50 cm; ritidoma de cor cinza-claro, lenticelado, rugoso com saliências e depressões espaçadas, quase anelares. Folhas compostas, trifolioladas, alternas, espiraladas, acumuladas no final dos ramos, folíolos elípticos, até 18 cm de comprimento e 8 cm de largura, ápices e bases agudos, margens inteiras e onduladas. Inflorescências em panículas terminais. Flores com cinco pétalas livres (Etimologia - Clitoria: de clitóris, refere-se a forma da corola). Frutos legumes. Sua madeira é moderadamente pesada e de baixa durabilidade e resistência sob condições naturais, sendo empregada em construção civil como divisórias internas, forros, revestimentos internos, confecção de brinquedos, caixotaria e construções temporárias. Na arborização urbana fornece boa sombra e floração vistosa. Por seu rápido crescimento e fixação de nitrogênio no solo também pode ser testada na recuperação de áreas degradadas.
 Segundo Lorenzi (1998), os frutos (vagens deiscentes) devem ser colhidos diretamente na árvore quando iniciarem a abertura espontânea, e secos ao sol para completar a abertura e liberação das sementes. A semeadura deve ser feita logo em seguida em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso.
 A emergência ocorre em 10-20 dias e a taxa de germinação é elevada . O desenvolvimento da muda é rápido, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo que podem facilmente ultrapassar 2,5 m aos 2 anos de idade.

domingo

Pau-brasil (Caesalpina echinata) no Amapá?

Você, assim como grande parte dos brasileiros nunca tiveram a oportunidade de conhecer ou pelo menos ver um árvore de pau-brasil. No nosso caso, por dois motivos: primeiro por ser uma espécie nativa da mata atlântica, segundo, mesmo que você viaje para a área de ocorrência natural da espécie, o processo de exploração predatório, promovido principalmente ao longo do século XVI, conduziu a uma brutal redução de seus estoques, tornando-o raro e motivando sua inserção, por parte do IBAMA, na Lista Oficial de Flora Ameaçada de Extinção.
A espécie empresta seu nome ao País. Como todos sabem o nome Brasil foi dado pelos portugueses em decorrência da elevada quantidade de árvores existentes à época do descobrimento ao longo da Mata Atlântica. A palavra Brasil deriva de brasa, em função da seiva avermelhada “cor de brasa”, que de seu lenho exsuda.
Cientificamente o pau-brasil é denominado Caesalpina echinata Lam, pertencente à família LEGUMINOSAE. É uma espécie heliófila, portanto que requer a presença do sol para se desenvolver, como o nosso açaí, por exemplo. É uma árvore portentosa, chegando a medir 30 metros de altura e até 70 centímetros de diâmetro. Sua madeira é pesada, dura, densa, extremamente resistente, o que a torna praticamente incorruptível. Outra característica importante e que no final acabou por determinar sua quase extinção, é a presença de extrato avermelhado que era utilizado como corante, nos idos Brasil Colonial. As flores são amarelas, onde uma das pétalas apresenta uma pinta vermelha bastante acentuada.

Foto: Luiz Alberto Dourado Nogueira
A floração ocorre nos meses de setembro e outubro. No Amapá, pode se dar um pouco mais tarde, no mês de novembro. Posteriormente se ocorre a frutificação, sendo que os frutos, na forma de vagem, como é regra entre as leguminosas, abrigam as sementes. Estas vagens quando da maturação, processam uma abertura natural, que libera as sementes ao meio ambiente.
Apesar de toda sua importância histórica, econômica e cultural, a única iniciativa no sentido de dar visibilidade à espécie é o Dia Nacional do Pau-brasil, que se comemora anualmente no dia 3 de maio.

Foto: Luiz Alberto Dourado Nogueira
Registre-se, entretanto, que existem esforços isolados, promovidos por ONG’s e indivíduos, buscando garantir a sua perpetuidade e a retirada na lista das espécies em via de extinção,
Após essas considerações talvez, você já esteja achando que eu e você entendemos alguma coisa de pau-brasil. Ou talvez esteja intrigado com o título da matéria.
Pois é, existem alguns exemplares no Amapá e quem entende mesmo da espécie no Estado é o Dr. Luiz Alberto Dourado Nogueira, ortopedista de fina cepa e ecologista bissexto, que cultiva em seu sítio, entre ipês e outras essências florestais, alguns exemplares de pau-brasil, já em fase de frutificação, cujas fotos ilustram esse texto. Através dele fiquei sabendo que as flores exalam um suave e marcante perfume, além de emprestar um visual extremamente interessante e diferenciado ao local onde viceja.
Se você não tem o privilégio de fazer parte do rol de amigos do Luiz, resta o consolo de observar o encruado e maltratado exemplar existente há muito tempo à frente da Escola Barão do Rio Branco. Mesmo assim vale a pena.

Alcione Cavalcante
Engenheiro florestal

Fonte: http://www.correaneto.com.br/site/?p=20579

quarta-feira

Ipê-Amarelo - Tabebuia alba

Tabebuia alba



O ipê amarelo é a árvore brasileira mais conhecida, a mais cultivada e, sem dúvida nenhuma, a mais bela. É na verdade um complexo de nove ou dez espécies com características mais ou menos semelhantes, com flores brancas, amarelas ou roxas. Não há região do país onde não exista pelo menos uma espécie dele, porém a existência do ipê em habitat natural nos dias atuais é rara entre a maioria das espécies (LORENZI,2000).
A espécie Tabebuia alba, nativa do Brasil, é uma das espécies do gênero Tabebuia que possui “Ipê Amarelo” como nome popular. O nome alba provém de albus (branco em latim) e é devido ao tomento branco dos ramos e folhas novas.
As árvores desta espécie proporcionam um belo espetáculo com sua bela floração na arborização de ruas em algumas cidades brasileiras. São lindas árvores que embelezam e promovem um colorido no final do inverno. Existe uma crença popular de que quando o ipê-amarelo floresce não vão ocorrer mais geadas. Infelizmente, a espécie é considerada vulnerável quanto à ameaça de extinção.
A Tabebuia alba, natural do semi-árido alagoano está adaptada a todas as regiões fisiográficas, levando o governo, por meio do Decreto nº 6239, a transformar a espécie como a árvore símbolo do estado, estando, pois sob a sua tutela, não mais podendo ser suprimida de seus habitats naturais.


Texto produzido pela Acadêmica Giovana Beatriz Theodoro Marto
Supervisão e orientação do Prof. Luiz Ernesto George Barrichelo e do Eng. Florestal Paulo Henrique Müller

O texto na integra pode ser acessado no endereço http://www.ipef.br/

quinta-feira

Ócna, Mickey

Ochna serrulata (Ochnaceae)

Arbusto, ornamental, com folhas elípticas serrilhadas. Pode atingir 2-3 metros de altura.
As flores são amarelas e as sépalas, inicalmente verdes, vão adquirindo tom avermelhado permanecendo na planta até os frutos amadurecerem. Estes, inicialmente verdes, ao amadurecerem ficam pretos. 

As flores atraem abelhas e borboletas; os frutos, são apreciados por pássaros.
No paisagismo, este arbusto gracioso e de copa arredondada pode ser utilizado isolado ou em grupos, formando renques informais ou formais, pois, mesmo que sua forma natural seja bela, a ócna tolera podas de formação.

As podas,que devem ser realizadas após a frutificação, estimulam um aspecto mais denso e dão o formato desejado à planta. Produz uma excelente cerca-viva, bastante resistente aos ventos. Também pode ser plantada em vasos, sendo comum essa forma de cultivo em países de clima temperado, onde permanece ao ar livre nos meses quentes e é protegida em interiores durante o inverno. Devido à facilidade de propagação, esta espécie pode se tornar invasiva em determinadas situações.
 Nativa da costa Leste da África do Sul, deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo bem drenado, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.
A ócna aprecia o calor e a umidade, vegetando melhor em regiões livres de geadas, mas é capaz de resistir a geadas leves.
Sua multiplicação se faz por sementes, que devem ser postas a germinar ainda frescas, sem armazenamento. A germinação leva cerca de seis semanas. Também se propaga por estaquia dos ramos semi-lenhosos, postos a enraizar na primavera e verão.

Ipê-de-jardim - Stenolobium stans

Stenolobium stans (Juss.) Seem (Bignoniaceae)

A família Bignoniaceae, com cerca de 120 gêneros e aproximadamente 750 espécies, caracteriza-se por apresentar plantas arbustivas, arbóreas ou cipós.
As espécies são encontradas principalmente na região tropical e são usadas pelos homens para diversos fins (Correa, 1969). 
Stenolobium stans (Juss.) Seem é originária da América Central, estando naturalizada em todo o Brasil. Trata-se de planta muito cultivada em todo o país para fins ornamentais. 
Tornou-se espécie invasora de pastagens e de terrenos baldios, graças a sua ampla produção de sementes. S. stans apresenta propriedades medicinais como tônico, diurético, vermífugo e antisifilítico (Correa, 1969; Lorenzi, 1991; Gentry, 1992).
 
Bibliografia citada:
Correa, M.P. 1969. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das plantas exöticas cultivadas. Rio de Janeiro. Irmãos Digiorgio & Cia Ltda vol. 3, 649 p.
Gentry, A.H. 1992. A synopsis of Bignoniaceae ethnobotany and economic botany. Ann. Missouri Bot. Gard. 79: 53-64. 
Lorenzi, H. 1991. Plantas daninhas do Brasil: Terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais, 2a. ed., Nova Odessa- SP, Editora Plantarum, 440 p.