sexta-feira

1° Curso Avaliação Fitossanitária e Cadastramento Arbóreo


1º Curso de Avaliação fitossanitária e cadastramento arbóreo.
Um técnico, dois engenheiros agrônomos e um estudante de Agronomia capacitados.


sábado

Curso de extesão livre em São Paulo - SP


Aos interessados pelo assunto, realizarei este curso no final do ano (Dezembro) em São Paulo.
Público alvo: estudantes de nível superior, técnicos, empresários e profissionais autônomos que trabalham ou desejam trabalhar com o tema do curso.
Investimento: R$60,00 alunos da Faculdade Cantareira (pagamento no balcão da secretaria).
R$90,00 ex-alunos da Faculdade Cantareira (pagamento no balcão da secretaria ou pagamento via PagSeguro) e demais interessados (pagamento via PagSeguro).
Mais informações em:
http://cantareira.br/site/curso-avaliacao-fitossanitaria/

quarta-feira

Timbaúva - Enterolobium contortisiliquum

Nome popular: Timbaúva

Nome científico: Enterolobium contortisiliquum

Família: Fabaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Enterolobium contortisiliquum, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como timbaúva, orelha-de-negro ou orelha-de-macaco.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. No Brasil minha distribuição é ampla, ocorro desde o Piauí, Centro-Oeste, até o Rio Grande do Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido, tenho porte grande e posso atingir de 20 a 35 metros de altura. Minha copa é arredondada e ampla. Como tenho grande porte e possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante, não devo ser plantada em calçadas, apenas em pátios com bastante espaço e longe de construções.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera, como formosos cachinhos de pompons brancos. Meus frutos são duros, em forma de orelha ou rim, que se tornam escuros quando maduros no inverno. Se quiserem produzir mudas de timbaúva utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parte de minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Minha madeira é leve e macia, mas pouco resistente, sendo usada na fabricação de canoas, produção de caixas, brinquedos, compensados, entre outros produtos. Os meus frutos e a casca frutos são utilizados na produção de sabão, pois apresentam uma substância chamada de saponina, caracterizada por formar espuma.

Existe alguma curiosidade sobre a timbaúva que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
A imponência do meu porte, com minha copa majestosa, que se expande sobre os céus do Rio Grande, inspira nossos artistas como nesta bela canção:

TIMBAÚVA

Letra: Luiz Antero Peixoto
Música: Luiz Carlos Borges

Timbaúva, foste árvore,
Foste casa, foste chão.
Hoje é cinza, é saudade,
Tapera em meu coração.

Em teus galhos, muitas vezes,
Me abriguei de vento norte.
Tempo xucro, chuva forte
E também de cerração.
Abriguei-me até da morte
Em arruaça de galpão

Timbaúva, foste árvore,
Foste casa, foste chão.
Hoje é cinza, é saudade,
Tapera em meu coração.

O teu tronco forte e rijo
Se elevava nas coxilhas.
Enxergavam pelas trilhas
Comprida como um sovéu.
Te erguias até o alto
Como se tocasse o céu.

Timbaúva, foste árvore,
Foste casa, foste chão.
Hoje é cinza, é saudade,
Tapera em meu coração.

Foste mais do que um pulmão
Para toda a humanidade.
Mas o homem por maldade,
Te curvou de sol e chuva.
O machado e o fogo
Te levaram, timbaúva.

Foi timbaúva,
Veja o tempo que passou.
Os anos foram troteando,
Minha hora também chegou.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p. 1998.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em agosto de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em agosto de 2016)
http://www.apremavi.org.br (Acesso em agosto de 2016)
http://cumaru-pe.com.br (Acesso em agosto de 2016)
https://youtube.com (Acesso em agosto de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

sábado

Uva-do-japão - Houvenia dulcis

Nome popular: Uva-do-japão

Nome científico: Houvenia dulcis
Família: Rhamnaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Hovenia dulcis, sou da família das Rhamnáceas. Por aqui sou conhecida como uva-do-japão, uva-japonesa, cajueiro-japonês.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural do Japão, China e Coréia. Minha espécie já se adaptou ao Brasil, principalmente a região Sudeste e Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido, tenho porte grande. Em geral minha altura varia de 10-15 metros, mas posso atingir até 25 metros de altura. Como tenho possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante não devo ser plantada em calçadas.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera, sendo esbranquiçadas, numerosas e perfumadas. As abelhas adoram minhas flores. Meus frutos são cápsulas secas, marrons, sustentados por pedúnculos, em forma de dedinhos, castanhos, carnosos e doces quando maduros. Eles surgem no outono e verão enchendo as aves de alegria e refeição.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo. 

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Também sou usada como quebra-vento. Minha madeira é útil principalmente na construção civil e fonte energética. Também sou usada na alimentação humana. A parte comestível é o pedúnculo, que tem forma de dedinhos. Quando estão verdes, têm sabor adstringente, amarra na boca como caju que não está maduro. Só quando eles caem é que estão maduros e ficam bem doces. Quando estão passados eles fermentam e ficam com gosto alcoólico. Os “dedinhos” podem ser consumidos frescos ou usados para fazer doces como geleias, bebidas como vinho caseiro, passas de uvas japonesas entre outras receitinhas. É só usar a criatividade.

Existe alguma curiosidade sobre a uva-do-Japão que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que a minha espécie tem sido usada pela medicina tradicional chinesa para o tratamento de doenças do fígado e para a desintoxicação após o consumo excessivo de álcool? É isso mesmo, ela ajuda a curar a ressaca e outros efeitos pós consumo de álcool. Atualmente, há vários estudos que confirmam o que os antigos sábios chineses já sabiam há séculos. Também está se avaliando a aplicação da uva-do-Japão no tratamento da dependência do álcool.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
ELEOTÉRIO, J. R.; PELLENS, G. C.; COMMANDULI, M. J. Crescimento em diâmetro, altura e volume de Hovenia dulcis na região sul de Blumenai, SC. Floresta, v. 42, p. 733-740. 2012.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.wikiaves.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.matosdecomer.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://coletivocurare.wordpress.com (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Pôncirus - Poncirus trifoliata

Nome popular: Pôncirus

Nome científico: Poncirus trifoliata
Família: Rutaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Poncirus trifoliata, sou da família das Rutáceas. Por aqui sou conhecida como pôncirus, laranja amarga ou planta dragão voador.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Ásia, habitando originalmente a China e Coreia.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto principalmente de subtropical. Sou muito resistente à seca e ao frio, sendo bem adequada ao clima daqui de Bagé.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço moderadamente, tenho pequeno porte, atingindo de 3 a 4 metros de altura. Tenho muitos espinhos nos meus ramos e copa arredondada e densa.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são brancas, e muito perfumadas. Meus frutos são amarelos, como pequenas laranjas. São comestíveis, apesar de serem bem amargos. Se quiserem produzir mudas de pôncirus utilizem as minhas sementes.
Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
O ser humano me usa como porta-enxerto. Mas o que é porta-enxerto? O enxerto consiste em unir partes de plantas diferentes, resultando em uma só planta. O enxerto ou garfo dará origem a parte do tronco e da copa. Já o porta-enxerto formará o sistema de raízes. Esse “Frankenstein” é muito útil para a produção de plantas cítricas, como o limoeiro e a laranjeira. Eu sou muito resistente ao frio, a solos pobres em nutrientes, e algumas doenças, fornecendo essas características para as plantas formadas pelas mãos do homem.
Quando estou sem folhas meus ramos lembram um dragão voador. Como tenho muitos espinhos tenho sido usada como cerca viva defensiva.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br (Acesso em julho de 2016)
http://thecitrusguy.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>
 

Guajuvira - Cordia americana

Nome popular: Guajuvira

Nome científico: Cordia americana

Família: Boraginaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Cordia americana, sou da família das Boragináceas. Por aqui sou conhecida como guajuvira, guaiuvira, guaiabira, guajuvira-branca.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai. No Brasil estou presente naturalmente na região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Gosto de viver na Mata Atlântica e no Pampa tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima subtropical. Cresço bem em solos secos e profundos, mas também consigo me desenvolver em solos rasos.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço devagar, mas atinjo um porte médio na maturidade, posso chegar de 10 a 15 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera em cachos, são brancas ou beges, perfumadas e melíferas. Meus frutos são arredondados, e quando maduros se abrem, liberando as sementes, que podem voar pelo mundo, em busca de novos ambientes. Os frutos ficam maduros na primavera e inicio do verão. Se quiserem produzir mudas de guajuvira utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parcialmente minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Além disso, sou plantada em reflorestamentos para recuperar áreas degradadas. Minha madeira dura, mas com boa elasticidade, muito durável, mesmo submersa na água ou enterrada no solo, sendo empregada em construções, moirões, remos, tacos de bilhar e golfe, cabos de ferramentas, entre outros usos.

Existe alguma curiosidade sobre a guajuvira que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que os primeiros habitantes das terras brasileiras, os indígenas, me utilizam há centena de anos? A etnia Guarani Mbya me considera sagrada.  Atualmente, aqui no Rio Grande do Sul, eles vivem principalmente na região da Laguna dos Patos. Para eles, a casa tradicional deve ser construída com o cerne da guajuvira, porque ela protege o espírito e defende o homem de guerras, catástrofes naturais e outros infortúnios. Além disso, a madeira da minha espécie é usada para a confecção do cachimbo guarani, elemento importante de socialização - como o chimarrão - e utilizado em rituais cerimoniais.
Os Kaingangs, outra etnia indígena que habita no Rio Grande do Sul, na região Noroeste, também utilizavam minha madeira para a confecção de arcos, por ser dura, mas ao mesmo tempo elástica.  Eu sou semelhante aos povos Guarani Mbya e Kaingangs, pois nossa essência é forte e resistente, e ao mesmo tempo maleável, permitindo que nós continuemos a viver nestes novos tempos, sem perder a identidade.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARVALHO, P. E. R. Guajuvira. Circular Técnica Embrapa, v. 97, pp. 1-10. 2004.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
LAPPE, E. Natureza e territorialidade: um estudo sobre os Kaingang das terras indígenas linha Glória/Estrela, por Fi Gâ/São Leopoldo e Foxá/ Lajeado. Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura em História, UNIVATES. 2012.
SILVA, B. Petyngua – Símbolo da vida guarani.  Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura Intercultural Índigena do Sul da Mata Atlântica, UFSC. 2015
SILVA, G. F.; PENNA, R.; CARNEIRO, L. C. C. RS índio : cartografias sobre a produção do conhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009. 300 p.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Espinilho - Vachellia caven

Nome popular: Espinilho

Nome científico: Vachellia caven

Família: Fabaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Vachellia caven, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como espinilho.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. No Brasil sou encontrada naturalmente no Mato Grosso do Sul, mas principalmente no Rio Grande do Sul, nos Pampas tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 7 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são como pequenos pompons amarelos, enchendo o inverno com seu perfume. Meus frutos são cápsulas duras e escuras quando maduros, com sementes também duras, de difícil germinação. Se quiserem produzir mudas de espinilho utilizem as minhas sementes

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Contudo, como sou tenho muitos espinhos não é recomendado meu plantio em calçadas. A minha madeira é muito resistente e durável, usada para fazer moirões, dormentes, carvão. Minhas flores têm sido usadas na perfumaria e como inseticidas. Já as minhas raízes, folhas e casca tem aplicação medicinal.

Existe alguma curiosidade sobre o espinilho que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Você sabia que aqui no Rio Grande do Sul existe um parque chamado de Parque Estadual do Espinilho? O Parque fica em Barra do Quaraí, município no extremo sudoeste do Brasil, e faz fronteira com Argentina e Uruguai. A fisionomia deste local é única no Brasil, sendo chamada de estepe parque, caracterizada pela vegetação de campo associada com algumas espécies arbóreas. Além da ilustre presença da minha espécie há outras espécies arbóreas, como algarrobo, inhanduvai, quebracho-blanco, cina-cina, entre outras. Além disso, há muitos animais, como cervos, graxains, lontras, capinchos, e aves, muitas delas restritas apenas a esta região, como o cardeal amarelo. No parque também há formigueiros gigantes. Infelizmente o parque não é aberto à visitação, apenas os homens da ciência, curiosos por desvendar os segredos da natureza, podem conhecer o local.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FRANCO, E. T. H.; FELTRIN, I. J. Quebra de dormência de sementes de espinilho (Acacia caven Mol.). Ciência Rural, v. 24, n.2, p. 303-305. 1994.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
https://es.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.jb.fzb.rs.gov.br(Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>